Hoje vou falar de Recurso TRT MG 2022 Português.
A banca FUMARC aplicou as provas do TRT MG nos níveis analista e técnico e abaixo eu vou inserir três vídeos em que explico os recursos contra algumas questões.
Vamos primeiro à prova de nível técnico.
Recursos prova TRT MG 2022 Técnico Judiciário
Para isso, baixe a prova aqui!
Oriento recurso contra as seguintes questões abaixo expostas:
1. Sobre o gênero do texto, trata-se de
(A) um artigo de opinião.
(B) um editorial.
(C) um relato pessoal.
(D) um texto dissertativo-argumentativo.
(E) uma crônica.
Gabarito preliminar: C
Recurso: O conteúdo programático do edital não previa o tema “Gêneros textuais”, conforme pede a questão.
Observe-se o conteúdo do edital:
Compreensão e interpretação de textos: informações literais e inferências possíveis. Articulação textual: expressões referenciais, nexos, operadores sequenciais, coerência e coesão. Significação contextual de palavras e expressões. Conhecimentos de norma-padrão: a) emprego de crase; b) emprego de tempos e modos verbais; c) emprego e colocação de pronomes; d) regência nominal e verbal; e) concordância verbal e nominal; f) pontuação. Linguística: variação linguística, norma linguística.
O que está previsto é a Compreensão e interpretação de textos: informações literais e inferências possíveis, o que de maneira alguma se confunde com o tema “Gêneros textuais”. Assim, a banca extrapolou o conteúdo programático e se deve contestar, solicitando a anulação da questão.
7. Há linguagem figurada, EXCETO em:
(A) “Aí, sim, aflorou um turbilhão de sentimentos misturados – medos, inseguranças, incertezas.”
(B) “E nesse cenário fui demarcando o meu território.”
(C) “Ele consegue ser um espelho para vários homens.”
(D) “Mas a convivência intensiva também foi boa, produtiva, e me fez melhor.”
(E) “Na geração dos meus pais, como diz o filme, mãe era peito e o progenitor, bolso.”
Gabarito preliminar: D
Recurso: O conteúdo programático do edital não previa o tema “Linguagem figurada”, conforme pede a questão.
Observe-se o conteúdo do edital:
Compreensão e interpretação de textos: informações literais e inferências possíveis. Articulação textual: expressões referenciais, nexos, operadores sequenciais, coerência e coesão. Significação contextual de palavras e expressões. Conhecimentos de norma-padrão: a) emprego de crase; b) emprego de tempos e modos verbais; c) emprego e colocação de pronomes; d) regência nominal e verbal; e) concordância verbal e nominal; f) pontuação. Linguística: variação linguística, norma linguística.
O que está previsto é a Significação contextual de palavras e expressões, o que de maneira alguma se confunde com o tema “Linguagem figurada”.
Assim, a banca extrapolou o conteúdo programático e se deve contestar, solicitando a anulação da questão.
13. A colocação do pronome oblíquo é facultativa em:
(A) “Cheguei a me afastar de amigos, uma vez que nossas realidades passaram a seguir cursos tão diferentes.”
(B) “Em Papai É Pop, identifico-me com meu personagem Tom porque vejo nele um genuíno desejo de ser bom pai.”
(C) “Mas a convivência intensiva também foi boa, produtiva, e me fez melhor.”
(D) “Nunca havia lido o livro no qual se baseia o roteiro, obra que levanta uma ampla reflexão para nós, homens, sobre paternidade.”
(E) “Ser pai de menina era um admirável mundo que se abria.”
Gabarito preliminar: A
Recurso: Na alternativa (A), realmente o infinitivo solto “afastar” admite o posicionamento do pronome átono antes ou depois:
“Cheguei a me afastar de amigos, uma vez que nossas realidades passaram a seguir cursos tão diferentes.”
“Cheguei a afastar-me de amigos, uma vez que nossas realidades passaram a seguir cursos tão diferentes.”
Porém, também a alternativa (C) não apresenta motivos gramaticais de imposição do pronome átono proclítico. A única possibilidade seria de o advérbio “também” estar subentendido após a conjunção “e”, o que atrairia o pronome átono “me”. Porém, tal advérbio não é obrigatoriamente subentendido, pois se pode interpretar que “a convivência intensiva também foi boa, produtiva, e (essa convivência intensiva) me fez melhor (ou fez-me melhor).
Assim, admitem-se as construções enclíticas ou proclíticas:
“Mas a convivência intensiva também foi boa, produtiva, e me fez melhor.”
“Mas a convivência intensiva também foi boa, produtiva, e fez-me melhor.”
Sendo assim, solicita-se anulação da questão por haver duas alternativas com colocação pronominal facultativa.
Veja o comentário em vídeo desses recursos:
Recursos prova TRT MG 2022 Analista Judiciário
Para isso, baixe a prova aqui!
Oriento recurso contra as seguintes questões abaixo expostas:
1. Sobre o gênero do texto, é CORRETO dizer que se trata de
(A) editorial.
(B) um artigo de opinião.
(C) um relato pessoal.
(D) um texto dissertativo-argumentativo.
(E) uma crônica.
Gabarito preliminar: B
Recurso: O conteúdo programático do edital não previa o tema “Gêneros textuais”, conforme pede a questão.
Observe-se o conteúdo do edital:
Compreensão e interpretação de textos: informações literais e inferências possíveis. Articulação textual: expressões referenciais, nexos, operadores sequenciais, coerência e coesão. Significação contextual de palavras e expressões. Conhecimentos de norma-padrão: a) emprego de crase; b) emprego de tempos e modos verbais; c) emprego e colocação de pronomes; d) regência nominal e verbal; e) concordância verbal e nominal; f) pontuação. Linguística: variação linguística, norma linguística.
O que está previsto é a Compreensão e interpretação de textos: informações literais e inferências possíveis, o que de maneira alguma se confunde com o tema “Gêneros textuais”. Assim, a banca extrapolou o conteúdo programático e se deve contestar, solicitando a anulação da questão.
8. Há linguagem figurada em:
(A) “Algumas mudanças na ética verbal, porém, me parecem contraproducentes.”
(B) “Algumas palavras têm que doer, porque a realidade dói.”
(C) “Em certo momento dos anos 90, “favela” virou “comunidade”.
(D) “Mas o problema, pensei, não tá no termo “índio”, tá no preconceito do branco.”
(E) “O mesmo vale para “morador em situação de rua”.
Gabarito preliminar: B
Recurso: O conteúdo programático do edital não previa o tema “Linguagem figurada”, conforme pede a questão.
Observe-se o conteúdo do edital:
Compreensão e interpretação de textos: informações literais e inferências possíveis. Articulação textual: expressões referenciais, nexos, operadores sequenciais, coerência e coesão. Significação contextual de palavras e expressões. Conhecimentos de norma-padrão: a) emprego de crase; b) emprego de tempos e modos verbais; c) emprego e colocação de pronomes; d) regência nominal e verbal; e) concordância verbal e nominal; f) pontuação. Linguística: variação linguística, norma linguística.
O que está previsto é a Significação contextual de palavras e expressões, o que de maneira alguma se confunde com o tema “Linguagem figurada”.
Assim, a banca extrapolou o conteúdo programático e se deve contestar, solicitando a anulação da questão.
11. A posição do pronome oblíquo é facultativa em:
(A) “Mendigo” é um termo horrível não porque as vogais e consoantes se juntem de forma deselegante.”
(B) “Do contrário, a linguagem deixa de ser uma ferramenta que busca representar a vida como ela é e se torna um tapume nos impedindo de enxergá-la.”
(C) “Não, não estará se não nos indignarmos com a indigência e agirmos.”
(D) “Nosso objetivo deveria ser dar condições de vida decente praquela gente, não nos sentirmos confortáveis ao mencioná-la.”
(E) “Talvez fosse bom deixarmos o incômodo nos tomar toda vez que disséssemos ou ouvíssemos “favela” ou “favelados […].”
Gabarito preliminar: E
Recurso: Na alternativa (E), realmente o infinitivo solto “tomar” admite o posicionamento do pronome átono antes ou depois:
“Talvez fosse bom deixarmos o incômodo nos tomar toda vez que disséssemos ou ouvíssemos “favela” ou “favelados […].”
“Talvez fosse bom deixarmos o incômodo tomar-nos toda vez que disséssemos ou ouvíssemos “favela” ou “favelados […].”
Porém, a alternativa (B) também não apresenta motivos gramaticais de imposição do pronome átono proclítico. A única possibilidade seria de uma palavra atrativa forçar a próclise, pois se sabe que a conjunção coordenativa “e” não força de atração. Também não há qualquer palavra subentendida após a conjunção “e” que pudesse atrair o pronome átono “se”.
Observem-se as estruturas coordenadas: “a linguagem deixa de ser uma ferramenta […] e se torna um tapume nos impedindo de enxergá-la.”
Assim, admitem-se as construções enclíticas ou proclíticas:
“a linguagem deixa de ser uma ferramenta […] e se torna um tapume nos impedindo de enxergá-la”
“a linguagem deixa de ser uma ferramenta […] e torna-se um tapume nos impedindo de enxergá-la”
Sendo assim, solicita-se anulação da questão por haver duas alternativas com colocação pronominal facultativa.
Veja o comentário desses recursos em vídeo:
Veja abaixo o comentário das duas provas: