Edital TJ TO publicado! Remuneração de até 12,5 mil!

Foi publicado o edital para o concurso do  Tribunal de Justiça de Tocantins (TJ TO)! Para o certame, estão abertas 05 vagas para o cargo de Contador/Distribuidor e 58 vagas para o cargo de Técnico Judiciário, totalizando 67 vagas imediatas, além de abertura para Cadastro Reserva. A remuneração inicial pode chegar a quase 7,5 mil reais para o cargo Técnico e a quase 12,5 mil para o de Contador!

 

A banca organizadora do certame será Fundação Getúlio Vargas (FGV).

 

No mais, a taxa de inscrição é de R$ 100,00 (Nível Médio) e R$ 150,00 (Nível Superior) que deverá ser paga até o dia 03 de maio deste ano.

 

Confira neste post sobre o que estudar em Português para gabaritar!

 

 

Das Etapas e Provas para TJ TO 2022

Para ambos os cargos, o concurso terá duas etapas de caráter eliminatório e classificatório: as Provas Escrita Objetiva de múltipla escolha e Escrita Discursiva. A de múltipla escolha contará com 80 questões no total, sendo estas divididas:

 

  • Para o cargo de Contador: Língua Portuguesa (24 questões); Legislação Específica (06 questões); Noções do Direito (10 questões) e Conhecimentos Específicos (40 questões).
  • Para o cargo de Técnico Judiciário na Especialidade Apoio Judiciário e Administrativo: Língua Portuguesa (10 questões); Legislação Específica (05 questões); e Conhecimentos Específicos (65 questões).
  • Para o cargo de Técnico Judiciário na Especialidade Informática: Língua Portuguesa (24 questões); Legislação Específica (06 questões); Matemática (10 questões) e Conhecimentos Específicos (40 questões).

 

Prepare-se: o módulo de Língua Portuguesa é a disciplina de Conhecimento Básico com mais pontos na Prova Escrita Objetiva, além de ser crucial para a Prova Escrita Discursiva!

 

 

Do conteúdo programático para TJ TO 2022

Confira o que cairá na Prova Escrita Objetiva, comum a todos os cargos:

 

CONHECIMENTOS BÁSICOS

LÍNGUA PORTUGUESA

1 – Compreensão e interpretação de textos.

2 – Formas textuais: descrição, narração, exposição, argumentação e injunção.

3 – Marcas gerais de textualidade.

4 – Marcas específicas de cada gênero textual.

5 – Níveis de linguagem e sua adequação.

6 – Estruturação das frases em componentes: operações de substituição, deslocamento e modificação.

7 – Estrutura e formação de palavras.

8 – As classes de palavras e seu desempenho textual.

9 – A relação entre vocábulos: antônimos, sinônimos, homônimos, parônimos, hiperônimos, hipônimos.

10 – A correção na linguagem: aspectos morfológicos, sintáticos e semânticos.

11 – Ortografia.

12 – Tipos de discurso.

13 – Linguagem figurada.

14 – A pontuação e os sinais gráficos.

 


CONCURSO TJ TO 2022

Concurso: Tribunal de Justiça de Tocantins.

Situação: Edital publicado.

 Vagas: 63 vagas imediatas + CR.

Remuneração inicial: até R$12.243,37.

Confira o edital do TJ TO 2022 clicando aqui!


Prepare-se para o concurso do TJ TO 2022 com a gente!

 

Como sabe, o concurso será realizado pela banca FGV. Sendo assim, fizemos um curso especificamente para o seu certame! Confira:

Para que você saiba exatamente como a banca cobra e exercite bastante, separamos aqui algumas questões do nossos sistema de questões. Clique aqui!

Recurso Português CGU Técnico 2022

Recurso contra a questão 9 de Português CGU Técnico 2022

Olá, pessoal!

Vamos a uma questão da prova de Português da CGU, nível técnico, 2022, a qual cobrou o paralelismo sintático.

Baixe a prova, clicando aqui!

Vejamos:

  1. (FGV / CGU Técnico Federal de Finanças e Controle 2022)

Uma das qualidades estruturais das frases que escrevemos é o respeito pelo paralelismo sintático.

A frase abaixo que emprega corretamente essa estratégia é:

(A)  Ela não só trabalha na fábrica como também é enfermeira;

(B)  Trata-se de uma lei que é dura e que pode dar jeito no setor;

(C)  Os deputados negaram estarem as comissões atrasadas em seus trabalhos e que eles tudo têm feito para um melhor desempenho;

(D)  Não se trata mais de verificar a seriedade das pesquisas ou que os jornais as tenham feito de forma apressada;

(E)  Foi solicitado o cancelamento de um jornalista e empresário conhecido, que tem dois dias para apresentar sua defesa.

Gabarito preliminar: D

Comentário: A banca disponibilizou o gabarito preliminar como se a alternativa correta fosse a (D), porém há de se ressaltar que a conjunção coordenativa “ou” liga duas orações de bases diferentes, isto é: a oração “verificar a seriedade das pesquisas” é reduzida de infinitivo; já a oração “que os jornais as tenham feito de forma apressada” é desenvolvida.

Assim, não ocorre paralelismo nesta alternativa.

A alternativa (B) é uma possível resposta, haja vista que une duas orações subordinadas adjetivas restritivas e desenvolvidas: “que é dura” e “que pode dar jeito no setor”.

Assim, pede-se a mudança de gabarito: da alternativa (D) para (B), ou anulação da questão.

Esta prova está comentada na íntegra no vídeo abaixo:

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Grande abraço!

Décio Terror

Concurso UFRJ: com edital publicado, inscrições se iniciam hoje!

 

Fique ligado, concurseiro(a)!

 

Com edital para o concurso da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) publicado, as inscrições se iniciam hoje (21)! Para o certame voltado à área de apoio, estão abertas 103 vagas a nível médio ou técnico, além de 162 vagas para Cadastro Reserva! A remuneração inicial do cargo é de R$2.904,96, tendo incluso o auxílio alimentação.

 

A banca organizadora do certame será a PR-4 Concursos, da própria instituição.

 

No mais, a taxa de inscrição é de R$ 90,00 e deverá ser paga até o dia 25 de abril.

 

Confira neste post sobre o que estudar em Português para gabaritar!

 

 

Das Etapas e Provas para UFRJ 2022

Para o cargo a nível técnico, o concurso terá duas etapas de caráter eliminatório e classificatório: as provas objetiva e prática. Por outro lado, a nível médio contará com apenas a prova objetiva, também de caráter eliminatório e classificatório.

 

Para todos os cargos, a prova objetiva terá o seguinte conteúdo programático:

  • Língua Portuguesa (20 pontos); e
  • Legislação (10 pontos).

 

Para o de Assistente de Administração, terá os conhecimentos básicos de:

  • Raciocínio Lógico (10 pontos); e
  • Conhecimento de informática (10 pontos).

 

As provas irão ocorrer no dia 22 de maio!

 

Prepare-se: uma maior nota no módulo de Língua Portuguesa, além de ser uma das preferências do certame para desempate, é também uma das disciplinas com mais pontos da prova objetiva para todos os cargos!

 

 

Do conteúdo programático para UFRJ 2022

Confira o que cairá na Prova Objetiva, comum a todos os cargos do concurso:

 

CONHECIMENTOS BÁSICOS

LÍNGUA PORTUGUESA

1 – Compreensão e interpretação de textos verbais e não verbais.

2 – Análise de discursos no plano das relações entre Linguagem, Comunicação e Sociedade.

3 – Produção e recepção textuais nas práticas sociais.

4 – Usos da linguagem.

5 – Reconhecimento crítico das linguagens como elementos integradores dos sistemas e processos de comunicação.

6 – Elementos da Comunicação.

7 – Variedades linguísticas.

8 – Gêneros e Tipologia textuais e seus elementos constituintes.

9 – Coesão e coerência textuais.

10 – Equivalência e transformação de estruturas.

11 – Relações de sinonímia e antonímia.

12 – Classe e emprego de palavras.

13 – Frase, oração e período.

14 – Período composto (coordenação e subordinação).

15 – Regência nominal e verbal.

16 – Concordância nominal e verbal.

17 – Colocação pronominal.

18 – Ortografia, acentuação gráfica e pontuação.


CONCURSO UFRJ 2022

Concurso: Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Situação: Edital publicado e inscrições abertas.

 Vagas: 103 vagas imediatas + 170 CR.

Remuneração inicial: de R$2.446,96.

Confira o edital do UFRJ 2022 clicando aqui!


Prepare-se para o concurso da UFRJ 2022 com a gente!

Como sabe, o concurso será realizado pela banca da própria Universidade Federal do Rio de Janeiro. Sendo assim, fizemos um curso especificamente para o seu certame! Confira:

Para que você saiba exatamente como a banca cobra e exercite bastante, separamos aqui algumas questões do nossos sistema de questões. Clique aqui!

Recurso Português TCU questão 7

Olá, pessoal! Proponho aqui recurso contra o gabarito preliminar da questão 7 da prova de Português TCU.

Vamos à questão:

  1. (FGV / TCU Auditor de Controle Externo 2022)

Muitas vezes, quando raciocinamos, cometemos erros, as chamadas falácias argumentativas, que podem ser produzidas a partir de premissas ou proposições falsas, conclusões inadequadas ou falhas lógicas.

Em todos os textos abaixo ocorrem falácias; o texto em que essa falácia está identificada de forma INCORRETA é:

(A) “Não há dúvida de que os mais jovens não respeitam, atualmente, os mais velhos como deveriam; hoje mesmo observei um grupo de rapazes e moças que empurravam pessoas de mais idade para que pudessem entrar antes na sala de projeção” / trata-se de uma generalização exagerada, pois se fundamenta em um só caso de experiência pessoal;

(B) “Esta semana o presidente da empresa recebeu ataques que o acusavam de mau administrador e corrupto; na verdade, porém, esses ataques partiam daqueles que foram derrotados na assembleia de acionistas e não se haviam conformado com a derrota” / trata-se da tentativa de evitar a discussão central da acusação, desviando o foco para as pessoas responsáveis pelos ataques;

(C) “Os restaurantes nas pequenas cidades turísticas estão passando grandes dificuldades, pois o número de clientes diminuiu bastante, o preço dos alimentos subiu exageradamente, os salários dos funcionários recebem aumentos constantes… em poucas palavras: ou as prefeituras desses locais criam mecanismos de ajuda ou os estabelecimentos fecham as portas” / trata-se de um raciocínio que só enxerga soluções extremadas, sem considerar possibilidades intermediárias;

(D) “Segundo as notícias, mais de três quartos da população daquele país passa fome; mas, como esse mal ainda não atinge a população como um todo, não devemos classificar o país como pobre” / trata-se de uma conclusão inadequada, pois não se segue às premissas ou proposições de que parte;

(E) “O funcionário Ricardo é o melhor candidato a chefe de seção porque de todos os que se apresentaram para a votação é claramente o mais adequado” / trata-se de algo que ocorre quando, no curso de uma argumentação, se dá algo por certo, sem necessidade de demonstração.

Gabarito preliminar: E

Recurso pedindo anulação

 

Não vou comentar aqui toda a questão, mas é importante observar que a alternativa (D) também apresenta erro na identificação da falácia argumentativa.

Vimos na aula de Lógia Argumentativa que uma argumentação se sustenta por duas ou mais premissas (afirmações a respeito de algo) que levam a uma conclusão.

Exemplo 1:

O mercúrio não é sólido. (premissa maior)

O mercúrio é um metal. (premissa menor)

Logo, algum metal não é sólido. (conclusão)

A argumentação acima é composta de três proposições em que a última, a conclusão, deriva logicamente das duas anteriores, chamadas premissas.

Apenas as proposições podem ser identificadas como verdadeiras ou falsas.

Uma proposição é verdadeira quando corresponde ao fato que expressa: por exemplo a proposição “Todos os homens são louros” é falsa.

Apenas os argumentos podem ser considerados válidos ou inválidos (e não verdadeiros ou falsos).

Um argumento é válido quando sua conclusão é consequência lógica de suas premissas.

Analisando a alternativa (D), afirmou-se que a conclusão é inadequada, pois não se segue às (erro de digitação) premissas ou proposições de que parte.

Vamos então às premissas:

  • “mais de três quartos da população daquele país passa fome” (literal)
  • esse mal deve atingir a população como um todo para o país ser classificado como pobre (subentendida)

Com base nessas premissas, chegou-se à conclusão lógica de que “não devemos classificar o país como pobre”.

Assim, tal conclusão é, sim, válida (adequada) com base nas premissas, sendo que a segunda sugere falsidade. Para um país ser classificado como pobre, não precisa constituir-se da população total como pobre.

Assim, o erro de argumentação não está na conclusão, mas na segunda premissa, que é falsa.

Assim, solicite anulação desta questão.

Vou comentar essa prova de maneira global no link abaixo. Já deixe seu like:

Baixe a prova aqui para acompanhar o comentário!

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Concurso TJ MS: edital foi publicado! Banca é a FGV!

 

Boas novas, concurseiro(a)! O edital para o novo concurso do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (TJ MS) foi publicado! Nele, estão abertas 250 vagas para Cadastro Reserva no cargo de Analista Judiciário. A remuneração inicial do cargo é de R$ 6.808,22 + R$ 1.300,00 de Auxílio Alimentação.

 

Além disso, a banca organizadora do certame será a Fundação Getúlio Vargas (FGV)!

 

Por fim, a taxa de inscrição é de R$ 130,00.

 

Então confira neste post sobre o que estudar em Português para gabaritar!

 

 

Das Etapas e Provas para TJ MS 2022

 

Para o cargo de Analista Judiciário, terá apenas 1 (uma) etapa de caráter eliminatório e classificatório: a Prova Escrita Objetiva.

 

Confira mais sobre a única etapa:

 

A Prova Escrita Objetiva terá 2 (dois) módulos: o de Conhecimentos Básicos, que cobrará Português e Noções de Legislação, e o de Conhecimentos Específicos. A parte de Língua Portuguesa terá 15 questões e Noções de Legislação 05 questões, contabilizando 20 questões no total.

 

Prepare-se: uma maior nota no módulo de Conhecimentos Básicos é uma das preferências do certame para desempate!

 

Do conteúdo programático para TJ MS 2022

Confira o que cairá na Prova de Conhecimentos Básicos para o cargo de Analista Judiciário:

CONHECIMENTOS BÁSICOS

LÍNGUA PORTUGUESA

1 – Compreensão e interpretação de textos.

2 – Formas textuais: descrição, narração, exposição, argumentação e injunção.

3 – Marcas gerais de textualidade.

4 – Marcas específicas de cada gênero textual.

5 – Níveis de linguagem e sua adequação.

6 – Estruturação das frases em componentes: operações de substituição, deslocamento e modificação.

7 – Estrutura e formação de palavras.

8 – As classes de palavras e seu desempenho textual.

9 – A relação entre vocábulos: antônimos, sinônimos, homônimos, parônimos, hiperônimos, hipônimos.

10 – A correção na linguagem: aspectos morfológicos, sintáticos e semânticos.

11 – Ortografia.

12 – Tipos de discurso.

13 – Linguagem figurada.

14 – A pontuação e os sinais gráficos.

 

TJ MS 2022

Concurso: Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul.

Situação: Edital publicado.

 Vagas: 250 vagas para CR.

Remuneração inicial: de R$6.808,22 + R$ 1.300,00 de Auxílio Alimentação.

Confira o edital do TJ MS 2022 clicando aqui!

 


Prepare-se para o concurso do TJ MS 2022 com a gente!

Como sabe, o concurso será realizado pela banca FGV. Sendo assim, fizemos um curso especificamente para o seu certame! Confira:

Para que você saiba exatamente como a banca cobra e exercite bastante, separamos aqui algumas questões do nossos sistema de questões. Clique aqui!



Confira os outros cursos disponíveis para Banca FGV:

Além disso, separamos abaixo outros cursos disponíveis para este concurso. Escolha o que for mais interessante para a sua aprovação:

 

Grande abraço!

Edital Polícia Penal DF saiu! São mais de MIL VAGAS!

Boas novas sobre o concurso para Polícia Penal do Distrito Federal, concurseiro(a)!

 

O edital para o concurso da Polícia Penal do Distrito Federal (PP DF) foi publicado! Nele, são ofertadas 1.179 vagas para o cargo de Polícia Penal, a nível Superior.

 

Além disso, a remuneração inicial é de quase 6 mil reais! Para se inscrever no concurso, a taxa será de R$175,00.

 

Por fim, concurseiro(a), um dos pontos mais importante: a banca organizadora do certame será o Instituto AOCP!

 

Então confira neste post sobre o que estudar em Português para gabaritar a prova da Polícia Penal DF, cuja banca é o AOCP!

 

Do cargo e das vagas para o certame

Para o concurso da Polícia Penal do Distrito Federal 2022, o edital dispõe suas 1.179 vagas para o cargo de Polícia Penal.

 

São 400 vagas imediatas, além de 779 vagas para formação de Cadastro Reserva!

 

Das Etapas e Provas

O Concurso para Polícia Penal DF terá 5 fases:

 

  • 1ª fase: Prova Objetiva, de caráter eliminatório e classificatório;
  • 2ª fase: Teste de Aptidão Física, de caráter eliminatório e classificatório;
  • 3ª fase: Prova de Aptidão Psicológica, de caráter eliminatório e classificatório;
  • 4ª fase: Sindicância da Vida Pregressa, de caráter eliminatório e classificatório; e
  • 5ª fase: Curso de Formação Profissional, de caráter eliminatório e classificatório.

 

Na parte de Conhecimentos Básicos da Prova Objetiva, as disciplinas trabalhadas serão:

  • Língua Portuguesa e Redação Oficial, com 25 questões;
  • Noções de História e Geografia do Distrito Federal, com 05 questões;
  • Noções de Informática, com 10 questões; e
  • Noções de Raciocínio Lógico, com 10 questões.

 

O maior número de itens na parte de Conhecimentos Básicos é de Língua Portuguesa e Redação Oficial, então, se prepare!

 

Do conteúdo programático para o concurso Polícia Penal DF 2022

Confira o que cairá na Prova de Conhecimentos Gerais de Português e Redação Oficial para o cargo de Polícia Penal:

 

CONHECIMENTOS BÁSICOS DE LÍNGUA PORTUGUESA

1 – Compreensão e interpretação de texto.

2 – Tipologia e gêneros textuais.

3 – Figuras de linguagem.

4 – Significação de palavras e expressões.

5 -Relações de sinonímia e de antonímia.

6 – Ortografia.

7 – Acentuação gráfica.

8 – Uso da crase.

9 – Morfologia: classes de palavras variáveis e invariáveis e seus empregos no texto.

10 – Locuções verbais (perífrases verbais).

11 – Funções do “que” e do “se”.

12 – Elementos de comunicação e funções da linguagem.

13 –Domínio dos mecanismos de coesão textual: emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição, de conectores e de outros elementos de sequenciação textual; emprego de tempos e modos verbais.

14 – Domínio dos mecanismos de coerência textual.

15 –Reescrita de frases e parágrafos do texto: significação das palavras; substituição de palavras ou de trechos de texto; reorganização da estrutura de orações e de períodos do texto; reescrita de textos de diferentes gêneros e níveis de formalidade.

16 – Sintaxe: relações sintático-semânticas estabelecidas na oração e entre orações, períodos ou parágrafos (período simples e período composto por coordenação e subordinação).

17 – Concordância verbal e nominal.

18 – Regência verbal e nominal.

19 – Colocação pronominal.

20 – Emprego dos sinais de pontuação e sua função no texto.

21 – Função textual dos vocábulos.

22 – Variação linguística.

23 – Redação Oficial.

 

CONCURSO Polícia Penal DF 2022

Concurso: Polícia Penal do Distrito Federal.

Situação: Edital publicado.

 Vagas: 400 imediatas + 779 CR.

Remuneração inicial: de R$ 5.445,00.

Confira o edital do concurso Polícia Penal 2022 clicando aqui!

 


 

Prepare-se para o concurso da PP DF com a gente!

Como vocês já sabem, o concurso será realizado pela banca AOCP, sendo assim, separamos abaixo alguns cursos disponíveis para este concurso. Confira:

Para que você saiba exatamente como a banca cobra e exercite bastante, separamos aqui algumas questões do nossos sistema de questões. Clique aqui!

 


Não perca a minha 1ª aula sobre o Concurso da Polícia Penal do Distrito Federal!

Revisão TCU: o que vai cair na sua prova de Português TCU

Você sabe o que vai cair na sua prova TCU? Veja a Revisão TCU: o que vai cair na sua prova de Português TCU.

Olá, pessoal!

Eu sou o professor Décio Terror e estou passando aqui para dar um alô sobre o que realmente vai cair na sua prova de Português TCU.

Venho trabalhando as provas da banca FGV e, fazendo um simples levantamento, entendemos que sua cobrança se baseia na textualidade.

Mas você já viu os vários conteúdos programáticos da banca FGV nos seus diversos concursos?

Nos editais, a quantidade de conteúdo previsto de gramaticalidade é imensa e há pouquíssima menção à textualidade. Mas a quantidade de questões efetivamente cobradas nas provas é proporcionalmente inversa: o que mais cai em prova é textualidade.

Você que vem me acompanhando nas aulas de comentário de provas de Português FGV percebeu que a banca prevê muita gramaticalidade nos editais, mas o que realmente é cobrado tem relação direta com o texto.

Veja a minha análise raio-x de uma prova da FGV:

Veja esta outra análise raio-x de uma prova da FGV:

Agora, veja o conteúdo programático do TCU:

LÍNGUA PORTUGUESA:

1 Interpretação de texto: decodificação dos diversos tipos de mensagem. 2 Compreensão de texto: observação dos processos que constroem os significados textuais. 3 A linguagem e a lógica. 4 As estruturas linguísticas no processo de construção de mensagens adequadas. 5 A pragmática na linguagem: o significado contextual. 6 A semântica vocabular: antônimos, sinônimos, homônimos, parônimos e heterônimos. 7 Os modos de organização discursiva: a descrição, a narração, a exposição informativa e a exposição argumentativa. 8 A organização das frases nas situações comunicativas: a colaboração e a relevância; os atos de fala. 9 A linguagem lógica e a figurada. 10 Os diversos níveis de linguagem. 11 Os tipos de discurso: direto, indireto e indireto livre. 12 As funções da linguagem.

Diferentemente de tudo que a banca vinha prevendo nos editais de 2017 até 2021, o que está previsto especificamente no conteúdo programático do TCU, como você vê acima, é tudo que envolve texto. Simples assim!

Então, se você vinha estudando conteúdo gramatical, saiba que a prova vai cobrar muito texto.

Note que somente o item 4 apresenta possibilidade de cobrança gramatical. O resto é só textualidade! Então você duvida de que a banca vai cobrar texto na sua prova?

Vamos a cada conteúdo previsto:

Interpretação de texto: decodificação dos diversos tipos de mensagem. Compreensão de texto: observação dos processos que constroem os significados textuais.

Os assuntos 1 e 2 (1 Interpretação de texto: decodificação dos diversos tipos de mensagem. 2 Compreensão de texto: observação dos processos que constroem os significados textuais.) dizem respeito à interpretação propriamente dita. A banca insere textos pequenos e o que importa é eliminar alternativas grosseiramente erradas e naturalmente sobra a alternativa correta. Mas é lógico que a banca FGV não vai deixar tudo tranquilo. Normalmente podemos ficar em dúvida em uma ou outra alternativa.

Então, vamos a um macete de interpretação:

a) Leia o texto, no mínimo, duas vezes.

b) Na primeira leitura, observe qual é a ideia principal defendida, atente ao título, quando houver.

c) Na segunda leitura, aprofunde no modo como o autor aborda o tema: verifique os argumentos que fundamentam a opinião defendida por ele.

d) Ao término da segunda leitura, observe se você realmente entendeu o título: ele vai dar a você a ideia principal do texto.

e) Num texto, temos ideias explícitas (o que literalmente se vê escrito no texto) e implícitas (o que se abstrai, subentende, nas entrelinhas do texto). Procure sempre, ao tentar resolver a interpretação, marcar o que está explícito no texto que confirme a sua resposta. O que está implícito é marcado por vestígios: não se fala diretamente, mas se sugere uma interpretação. Ex: Eu posso indicar que alguém é estressado não dizendo claramente essa palavra, mas citando os atos dela, a forma agitada diante dos problemas na vida etc. Isso nos leva a “ler as entrelinhas”.

Vamos fazer um teste?

  1. (FGV / Prefeitura Municipal do Salvador – BA Engenharia Civil)

Uma redação apresentou o seguinte fragmento de texto:

“Solidariedade não faz bem apenas para quem ajuda, mas também para quem a pratica. E isso, agora, está comprovado cientificamente: um estudo realizado nos EUA por um neurocientista brasileiro revela que a boa ação ativa uma região cerebral que proporciona uma sensação de prazer e bem-estar comparada aos atos de comer chocolate, ganhar dinheiro e fazer sexo.”

Sobre esse fragmento textual, assinale a afirmativa incorreta.

(A) O assunto do texto é a solidariedade.

(B) O ponto de vista sob o qual é tratado o assunto se refere a benefícios trazidos pela prática da solidariedade.

(C) A tese apresentada é a de que a prática da solidariedade auxilia quem a realiza e quem a recebe.

(D) Um argumento apresentado é de base científica, apoiado em estudo de um neurocientista.

(E) Um argumento é de caráter pessoal, ao expressar bem-estar no ato de comer, ganhar dinheiro e fazer sexo.

Comentário: A alternativa (A) está correta, pois o início do texto menciona que o tema é solidariedade. Observe: “Solidariedade não faz bem apenas para quem ajuda, mas também para quem a pratica. E isso, agora, está comprovado cientificamente”.

A alternativa (B) está correta, pois o texto explica que ser solidário é bom tanto para quem pratica quanto para quem recebe esse ato de carinho, trazendo a informação de que isso é comprovado cientificamente.

A alternativa (C) está correta, pois a solidariedade faz bem tanto para quem a pratica quanto para quem a recebe. Encontramos essa informação literalmente no texto: “Solidariedade não faz bem apenas para quem ajuda, mas também para quem a pratica.

A alternativa (D) está correta, pois encontramos essa informação literalmente no texto: “um estudo realizado nos EUA por um neurocientista brasileiro revela que a boa ação ativa uma região cerebral que proporciona uma sensação de prazer”.

A alternativa (E) é errada, pois o texto exemplifica o argumento de que ser solidário proporciona a mesma sensação de prazer proporcionada pelo ato de comer chocolate, ganhar dinheiro e fazer sexo. Esses exemplos são de caráter universal e não particular, uma vez que também são comprovações científicas.

Gabarito: E

  1. (FGV / Prefeitura Municipal do Salvador – BA Engenharia Civil)

“O Papa Francisco lamentou neste domingo que ‘os poucos ricos’ aproveitam aquilo que ‘em justiça, pertence a todos’. Ele afirmou que cristãos não podem permanecer indiferentes ao crescimento de preocupações com os explorados e os indigentes, incluindo imigrantes.

O Papa chamou atenção para a causa dos idosos abandonados e para ‘o grito de todos aqueles levados a deixar suas casas e sua terra natal por um futuro incerto’. Ele acrescentou: ‘é o grito de populações inteiras, privadas inclusive de todos os recursos naturais a sua disposição.’”

Tribuna da Bahia, 19/11/2018.

O discurso do Papa Francisco tem caráter predominantemente

(A) político-religioso.

(B) socioeconômico.

(C) político-social.

(D) religioso-social.

(E) religioso-econômico.

Comentário: O Papa Francisco se pronunciou sobre a desigualdade social entre ricos e pobres e para os idosos abandonados. Logo, há um caráter social no discurso do pontífice.

Além disso, ele falou sobre os refugiados, analisando um caráter político da sociedade.

Portanto, a alternativa (C) é a correta, pois o discurso do Papa Francisco tem caráter predominantemente político-social.

Gabarito: C

A linguagem e a lógica

O item 3 “A linguagem e a lógica” tem relação direta com a argumentação.

Vamos a algumas ideias importantes:

Tradicionalmente, consideramos os seguintes tipos de argumentos: a dedução, a indução e a analogia.

Dedução:

É o raciocínio que parte de pelo menos uma proposição geral e cuja conclusão pode ser uma proposição geral ou uma proposição particular.

No exemplo válido a seguir, a primeira dedução parte de premissas gerais (Todo brasileiro é sul-americano; Todo paulista é brasileiro) e chega a uma conclusão também geral (Todo paulista é sul-americano):

Todo brasileiro é sul-americano.

Todo paulista é brasileiro.

Todo paulista é sul-americano.

Indução:

A indução por enumeração é uma argumentação pela qual, a partir de diversos dados singulares constatados, chegamos a proposições universais:

“Esta porção de água ferve a cem graus, e esta outra, e esta outra…; logo, a água ferve a cem graus.”

Enquanto na dedução as premissas constituem razão suficiente para se derivar a conclusão, na indução, ao contrário, chega-se à conclusão a partir de evidências parciais.

Analogia:

Analogia (ou raciocínio por semelhança) é uma indução parcial ou imperfeita. Por meio da analogia, passamos de um ou de alguns fatos singulares para uma outra enunciação singular ou particular. Da comparação entre objetos ou fenômenos diferentes, inferimos pontos de semelhança:

Paulo sarou de suas dores de cabeça com este remédio. Logo, João há de sarar de suas dores de cabeça com este mesmo remédio”;

O macaco foi curado da tuberculose com tal soro; logo, os seres humanos serão curados da tuberculose com o mesmo soro”.

  1. (FGV / Câmara Municipal Aracaju Técnico em Taquigrafia 2021)

“O livro de Laurentino Gomes sobre a escravidão é de dimensão agradável e de preço acessível, por isso deve vender bastante.”

A conclusão desse raciocínio:

(A) se apoia num processo dedutivo;

(B) deriva de uma premissa falsa;

(C) surge a partir de uma generalização;

(D) estrutura-se a partir de uma indução;

(E) mostra-se como fruto de um testemunho de autoridade.

Comentário: A ideia no texto é que um determinado livro deve vender bastante. Para isso, o autor parte de especificidades do livro, como “dimensão agradável” e “preço acessível”, o que o faz chegar a um resultado geral, que é a possibilidade do grande número de vendas.

Assim, houve indução, pois o autor partiu de algo específico e chegou a um resultado geral, e a alternativa (D) é a correta.

Gabarito: D

  1. (FGV / PCERJ Perito Criminal 2021)

Os raciocínios dos textos argumentativos ora se apoiam no método indutivo – do particular para o geral – ora no método dedutivo – do geral para o particular.

A frase que exemplifica o método indutivo é:

(A)  Os jogos do Campeonato Brasileiro já deveriam ser abertos ao público, pois, assim, haveria mais emoção e incentivo; o Atlético Mineiro, por exemplo, obteria ainda melhor resultado ontem, se a torcida estivesse na arquibancada;

(B)   O hospital Getúlio Vargas atendeu ontem um número excessivo de emergências e enfrentou as dificuldades oriundas da falta de pessoal, mas, na verdade, os hospitais públicos, em todas as grandes cidades, estão passando por isso;

(C)  As livrarias estão fechando as portas em muitos lugares, em função da substituição dos livros pela mídia digital; a livraria de um shopping no centro da cidade resiste ainda porque, espertamente, abriu um café dentro da loja;

(D)  O circo deixou de existir, pelo menos nos grandes centros, já que não encontra mais espaço nem nos terrenos nem no coração das pessoas; um pequeno circo ainda está presente no subúrbio de Realengo, onde as crianças se divertem com o palhaço Cascão;

(E)   Nem todos os divertimentos eletrônicos custam caro, já que há pequenos produtores que investem em games mais simples e mais baratos, como no caso do Pequena Batalha.

Comentário: Como a questão já afirmou, o método indutivo parte do particular para o geral, o que ocorre na alternativa (B), pois se partiu de um hospital específico (“hospital Getúlio Vargas”) e se chegou a vários hospitais, de maneira geral (hospitais públicos).

O hospital Getúlio Vargas atendeu ontem um número excessivo de emergências e enfrentou as dificuldades oriundas da falta de pessoal, mas, na verdade, os hospitais públicos, em todas as grandes cidades, estão passando por isso;

Note que, nas demais alternativas, parte-se do geral, marcado em cor azul de sublinhado, e se chega ao particular, marcado em cor verde.

Os jogos do Campeonato Brasileiro já deveriam ser abertos ao público, pois, assim, haveria mais emoção e incentivo; o Atlético Mineiro, por exemplo, obteria ainda melhor resultado ontem, se a torcida estivesse na arquibancada;

As livrarias estão fechando as portas em muitos lugares, em função da substituição dos livros pela mídia digital; a livraria de um shopping no centro da cidade resiste ainda porque, espertamente, abriu um café dentro da loja;

O circo deixou de existir, pelo menos nos grandes centros, já que não encontra mais espaço nem nos terrenos nem no coração das pessoas; um pequeno circo ainda está presente no subúrbio de Realengo, onde as crianças se divertem com o palhaço Cascão;

Nem todos os divertimentos eletrônicos custam caro, já que há pequenos produtores que investem em games mais simples e mais baratos, como no caso do Pequena Batalha.

Gabarito: B

Resolva questões da revisão prova Português TCU

As estruturas linguísticas no processo de construção de mensagens adequadas.

O item 4 é o único que faz menção à parte gramatical e aqui é importante iniciarmos as conjunções coordenativas:

Conjunções coordenativas:

1) Aditivas:

As conjunções aditivas servem para somar termos, encadear enumeração dentro de uma lógica:

e, nem, tampouco, não só…mas também, não só…como também, senão também, tanto…como, tanto…quanto.

Ele caminha e corre todos os dias.

Ele não caminha nem corre.

Josefina não trabalha, tampouco estuda.

Ele não só ajuda financeiramente, mas também aconselha os amigos.

2) Adversativas:

As conjunções adversativas exprimem contraste, oposição, ressalva, compensação. As principais são:

mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, senão, ao passo que, antes (=pelo contrário), , não obstante, apesar disso, em todo caso.

Estudou muito, mas não passou.

Ele teve aumento salarial, porém não quis continuar na empresa.

Estude bastante o conteúdo específico, todavia não se desligue dos conhecimentos básicos.

Não desmatar é importante, no entanto não é a única solução para a sustentabilidade do planeta.

O rico esbanja gastos desnecessários, o pobre só quer sobreviver.

3) Alternativas:

Principais conjunções:

ou, ou…ou, ora…ora, já…já, quer…quer.

Ex.: Faça sua parte, ou procure outro trabalho.

Inclusão:

João ou Pedro são bons candidatos. (valor de inclusão)

Exclusão:

João ou Pedro ganhará a presidência do clube. (valor de exclusão)

4) Conclusivas:

logo, portanto, por conseguinte, pois (colocada depois do verbo), por isso, então, assim, em vista disso.

Ele se manteve organizado, logo teve êxito nas tarefas.

O Brasil vem exportando muito, portanto está crescendo economicamente.

Joaquim trabalhou duro; terminou, pois, sua casa própria.

Realizamos muitos exercícios, por conseguinte a prova foi fácil.

Estudou, então passou.

5) Explicativas:

As principais conjunções são:

porque, pois (anteposto ao verbo), porquanto, que.

Estude, porque a prova está chegando!

Choveu muito, pois as ruas estão alagadas.

 

Agora, vamos às subordinadas adverbiais:

Conjunções subordinadas adverbiais

  1. Causais: porque, pois, que, como (quando a oração adverbial estiver antecipada), já que, visto que, desde que, uma vez que, porquanto, na medida em que, que, etc:

Estudo porque necessito.

Como fazia frio, fechou as janelas.

Já que estou cansado, vou descansar.

Uma vez que estudou muito, foi aprovado.

Se o estudo é o princípio do concurseiro, é imprescindível a organização de seu material de estudo.

  1. Consecutivas:

I – conjunção que precedida de tal, tão, tanto, tamanho:

Trabalharam tanto que suas mãos ficaram inchadas.

Tal foi o problema na empresa que todos foram demitidos.

Nesta estrutura, os intensificadores tal, tamanho, tão, tanto podem ficar subentendidos.

Bebia que caía pelas ruas. (bebia tanto…)

II – locuções conjuntivas de maneira que, de jeito que, de ordem que, de sorte que, de modo que, etc:

Motivamos a classe empresarial, de sorte que o Brasil aumentou o nível de empregos regulares.

“As notícias de casa eram boas, de maneira que pude prolongar minha viagem.”

  1. Condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que (=se não), a não ser que, a menos que, dado que, uma vez que.

            Se o candidato estudar bastante, passará no concurso.

            Se o candidato estudasse bastante, passaria no concurso.

            Caso o candidato estude bastante, passará no concurso.

Caminharei com você desde que não chova.

            Não terminará a matéria, sem que se dedique muito.

Poderão ganhar o campeonato, salvo se acontecer algum imprevisto.

É encontrada também a forma reduzida:

            Conhecendo os alunos, o professor não os teria punido. (reduzida de gerúndio)

  1. Concessivas: embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda quando, mesmo quando, posto que, por mais que, por muito que, por menos que, se bem que, em que (pese), nem que, dado que, sem que (=embora não)

Gostava de Matemática, embora tivesse dificuldades com cálculos.

Por incrível que pareça, eles não conheciam ‘pen-drive’.

            Em que pese à autoridade deste cientista, não podemos aceitar suas afirmações.

            Dado que soubesse, não dirigia à noite.

            Por mais que gritasse, não me ouviram.

            Nem que a gente quisesse, conseguiria esquecer.

            Embora chegasse cedo, não conseguiu lugar para sentar-se.

            Mesmo chegando cedo, não conseguiu lugar para sentar-se.

            Apesar de chegar cedo, não conseguiu lugar para sentar-se.

  1. Comparativas: como, (tal) qual, tal e qual, assim como, (tal) como, (tão ou tanto) como, (mais) que ou do que, (menos) que ou do que, tanto quanto, que nem, feito (=como, do mesmo modo que), o mesmo que (=como)

            A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o ferro.

            Como a flor se abre ao sol, assim minha alma se abriu à luz daquele olhar.

            A praia é tal qual você descreveu. (tal como)

  1. Conformativas: como, conforme, segundo, consoante

Como disse o prefeito, o IPTU vai subir 5% este ano.

            “Digo essas coisas por alto, segundo as ouvi contar.” (Machado de Assis)

            Conforme prevê o artigo 37 da CF, o serviço público é impessoal.

            Consoante opinam alguns, a história se repete.

  1. Proporcionais: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais … tanto mais, quanto mais … tanto menos, quanto menos … tanto menos, quanto menos … tanto mais, quanto mais … mais, quanto menos … menos, tanto … quanto (como).

            Os alunos respondiam, à medida que eram chamados.

            À proporção que subiam a montanha, o ar ia ficando rarefeito.

            O valor do salário, ao passo que os preços sobem, vai diminuindo.

            Tanto gostava de um quanto aborrecia o outro.

  1. Finais: para que, a fim de que, que (= para que), porque (= para que):

                        Afastou-se depressa, para que não o víssemos.

                        Viemos aqui a fim de que realizássemos um acordo.

                        “Fiz-lhe sinal que se calasse.” (Machado de Assis)

“Fez tudo porque eu não obtivesse bons resultados.”

Muito utilizada é a forma reduzida de infinitivo:

                        Suportou todo tipo de humilhação para obter o visto americano.

  1. Temporais: quando, enquanto, logo que, mal (= logo que), sempre que, assim que, desde que, antes que, depois que, até que, agora que, ao mesmo tempo que, toda vez que.

            Não fale enquanto come.

            Mal você saiu, ela chegou.

            Só voltou a jogar quando se sentiu bem.

            Assim que chegou, foi para a cozinha.

A forma reduzida também é muito utilizada:

            Terminada a festa, todos foram embora.

 

Bora praticar

 

  1. (FGV / TJ-SC Analista Administrativo)

“Inteligência e sabedoria não são a mesma coisa. Entretanto, na linguagem cotidiana, usamos os dois termos indistintamente”.

Nesse segmento do texto, o conector “entretanto” só NÃO pode ser substituído de forma semanticamente adequada por:

A) contudo;

B) todavia;

C) conquanto;

D) no entanto;

E) porém.

Comentário: A conjunção “entretanto” é adversativa, por isso pode ser substituída por outros conectivos adversativos, como “contudo”, “todavia”, “no entanto” e “porém”.

Portanto, não cabe “conquanto”, que é uma conjunção concessiva, e a alternativa (C) é a errada.

Gabarito: C

  1. (FGV / MPE-AL Técnico do Ministério Público)

“A crise não trouxe apenas danos sociais e econômicos. Mostrou também danos morais”.

Assinale a opção que indica o conectivo adequado que deve ser empregado na união dos dois períodos desse segmento do texto.

A) e

B) pois

C) logo

D) visto que

E) Mas

Comentário: Observe que a segunda oração está explicando por que a crise não trouxe apenas danos sociais e econômicos. Portanto, cabe um conectivo explicativo.

Por isso, a alternativa (A) está errada, pois a conjunção “e” é aditiva.

A alternaitva (B) é a correta, pois a conjunção “pois” é explicativa.

A alternaitva (C) está errada, pois a conjunção “logo” é conclusiva.

A alternaitva (D) está errada, pois a locução conjuntiva “visto que” é causal.

A alternaitva (E) está errada, pois a conjunção “mas” é adversativa.

Gabarito: B

 

  1.  (FGV / MP RJ Técnico do Ministério Público)

Sou contra essa visão utilitária, mas é assim que funciona.

Essa frase pode ser reescrita de vários modos; a única forma que altera o seu sentido original é:

(A) Mesmo sendo contra essa visão utilitária, é assim que funciona;

(B) Apesar de ser contra essa visão utilitária, é assim que funciona;

(C) É assim que funciona a despeito de eu ser contra essa visão utilitária;

(D) Ainda que eu seja contra essa visão utilitária, é assim que funciona;

(E) É assim que funciona a menos que eu seja contra essa visão utilitária.

Comentário: Há uma relação de contraste entre “ Sou contra essa visão utilitária” e “ mas é assim que funciona” tendo em vista o emprego da conjunção coordenativa adversativa “mas”.

Assim, ao substituir a estrutura, deve permanecer o valor de contraste.

A alternativa (A) está correta, pois a oração “ Mesmo sendo contra essa visão utilitária” é subordinada adverbial concessiva reduzida de gerúndio, a qual mantém com a oração principal “é assim que funciona” um valor de contraste.

A alternativa (B) está correta, pois a oração “Apesar de ser contra essa visão utilitária “ é subordinada adverbial concessiva reduzida de infinitivo, a qual mantém com a oração principal “é assim que funciona” um valor de contraste.

A alternativa (C) está correta, pois a oração “a despeito de eu ser contra essa visão utilitária “ é subordinada adverbial concessiva reduzida de infinitivo, a qual mantém com a oração principal “é assim que funciona” um valor de contraste.

A alternativa (D) está correta, pois a oração “Ainda que eu seja contra essa visão utilitária” é subordinada adverbial concessiva, a qual mantém com a oração principal “é assim que funciona” um valor de contraste.

A alternativa (E) é a que deve ser marcada, pois a oração “a menos que eu seja contra essa visão utilitária” é subordinada adverbial condicional, em relação à oração principal “é assim que funciona“.

Gabarito: E

  1. (FGV / Pref. Municipal de Salvador- BA Analista Arquitetura)

“Ao longo dos últimos anos, a participação de pessoas com idade superior aos 60 anos vem aumentando na força de trabalho do país. Além do envelhecimento da população, os idosos estão adiando a saída do mercado. E para protegê-los, o Estatuto do Idoso, que completou 15 anos no dia 1º de outubro, também trata de direitos relativos a trabalho e renda. Entretanto, alguns ainda não saíram do papel”.

Tribuna da Bahia, 18/11/2018.

Assinale a opção que indica como o segmento “Além do envelhecimento da população, os idosos estão adiando a saída do mercado” poderia ser mais claramente expresso.

(A) Apesar do envelhecimento da população, os idosos estão adiando a saído do mercado.

(B) Com o envelhecimento da população, os idosos estão adiando a saída do mercado.

(C) Mesmo com o envelhecimento da população, os idosos estão adiando a saída do mercado.

(D) Os idosos estão adiando a saída do mercado e o envelhecimento da população é fato natural.

(E) Os idosos estão adiando a saída do mercado já que está ocorrendo o envelhecimento da população.

Comentário: Note que a locução prepositiva “Além do” transmite valor de inclusão. Assim, a relação entre “Além do envelhecimento da população” e “os idosos estão adiando a saída do mercado” poderia ser mais claramente expresso” é de adição e a única alternativa correta é a (D), pois apresenta a conjunção coordenativa aditiva “e”.

Na alternativa (A), “Apesar do envelhecimento da população” é um adjunto adverbial concessivo.

Na alternativa (B), “Com o envelhecimento da população” é um adjunto adverbial de causa.

Na alternativa (C), “Mesmo com o envelhecimento da população” é um adjunto adverbial concessivo.

Na alternativa (E), a oração “já que está ocorrendo o envelhecimento da população” é subordinada adverbial causal.

Gabarito: D

 

A pragmática na linguagem: o significado contextual. A semântica vocabular: antônimos, sinônimos, homônimos, parônimos e heterônimos.

Os itens 5 e 6 trabalham o significado de palavras, então não há muita teoria aqui não. O que importa é perceber o sentido pelo contexto. Bora treinar:

  1. (FGV / AL-RO Analista Legislativo Taquigrafia)

“W.E.Collinson, baseado em um artigo de G. Devoto, mostra as seguintes diferenças entre sinônimos: um termo mais geral que outro, um termo mais intenso que outro, um termo mais emotivo que outro, um termo que implica aprovação ou censura, um termo é mais profissional que outro, um termo é mais literário que outro, um termo é mais coloquial que outro, um termo é mais local ou dialetal que outro, um dos sinônimos pertence à fala infantil; algumas dessas categorias trazem subdivisões.

O par abaixo que mostra um termo sinônimo de conteúdo mais geral que o anterior é:

A) companheiro/amigo.

B) rico/milionário.

C) martelo/ferramenta.

D) sentimento/amor.

E) demência/loucura.

Comentário: A questão pede a alternativa em que a segunda palavra tenha um sentido mais amplo/geral do que a primeira.

Dessa forma, a alternativa (A) está errada, pois “companheiro” tem valor mais geral (hiperônimo), enquanto “amigo” tem valor mais específico.

A alternativa (B) está errada, pois “rico” tem valor mais geral (hiperônimo), enquanto “milionário” tem valor mais específico.

A alternativa (C) é a correta, pois a palavra “martelo” tem valor mais específico e a palavra “ferramenta” tem valor mais geral, sendo um hiperônimo.

A alternativa (D) está errada, pois “sentimento” tem valor mais geral (hiperônimo), enquanto “amor” tem valor mais específico.

A alternativa (E) está errada, pois “demência” tem valor mais geral (hiperônimo), enquanto “loucura” tem valor mais específico.

Gabarito: C

  1. (FGV / SSP AM Assistente Operacional)

“Numa esquina perigosa, conhecida por sua sinalização e pelas batidas que lá ocorrem, há um acidente de automóvel. Como o motorista de um dos carros está visivelmente errado, o guarda a ele se dirige propondo abertamente esquecer o caso por uma boa propina.”

Nesse segmento do texto 1 os termos sublinhados NÃO podem ser considerados antônimos; o mesmo ocorre na frase abaixo:

(A) Uma boa fiscalização reprime a conduta de motoristas.

(B) Uma sinalização não indica uma boa administração.

(C) Uma conduta é sempre seguida de uma boa repreensão.

(D) Um bom motorista não dá maus exemplos.

(E) Um bom automóvel não pode ter maus freios.

Comentário: No pedido da questão, a palavra “má” indica a qualidade ruim da sinalização. A palavra “boa” significa grande quantidade. Assim como neste contexto não ocorrem antônimos (sentidos opostos), devemos achar uma alternativa que também não haja esse sentido oposto.

Na alternativa (A), “boa” e “má” transmitem sentidos opostos. O primeiro com valor positivo e o segundo negativo. Assim também percebemos nas alternativas (B), (D) e (E).

Porém, na alternativa (C), o adjetivo “má” transmite uma ideia de característica negativa, enquanto “boa” transmite uma intensificação, isto é, uma repreensão exemplar, profunda. Assim, não são antônimos.

Gabarito: C

  1. (FGV / TJ RJ Analista Judiciário)

“A realidade não é bela nem feia, nem justa nem injusta, nem exultante nem deprimente, não há maniqueísmo.”

O par de palavras abaixo que obedece ao mesmo padrão dos adjetivos (bela/feia, justa/injusta, exultante/deprimente) no segmento destacado é:

a) transferido/mantido;

b) inédito/desconhecido;

c) impávido/orgulhoso;

d) eficaz/eficiente;

e) habitual/inóspito.

Comentário: Os pares marcam uma relação antônima, isto é, de sentidos contrários.

Assim, a alternativa (A) é a correta, pois “transferido” transmite uma ideia de mudança; já “mantido” uma ideia de estagnação. Assim, há antônimo, oposição!

Na alternativa (B), “inédito” tem sentido daquilo que é original, incomum; já “desconhecido” significa aquilo que não é conhecido. Não são palavras sinônimas, nem antônimas.

Na alternativa (C), “impávido” tem sentido de destemido; já “orgulhoso” é aquele que é altivo, vaidoso. Não são palavras sinônimas, nem antônimas.

Na alternativa (D), de certa forma “eficaz” e “eficiente” têm aproximação semântica. Em determinadas áreas profissionais, há diferença de aplicação. Mesmo assim, os dicionários as caracterizam como sinônimas.

Na alternativa (E), “inóspito” é o lugar de difícil acesso, em que não se consegue viver; já “habitual” é aquilo que é comum, rotineiro. Não são palavras sinônimas, nem antônimas.

Gabarito: A

Resolva questões

 

Os modos de organização discursiva: a descrição, a narração, a exposição informativa e a exposição argumentativa.

O item 7 (Os modos de organização discursiva: a descrição, a narração, a exposição informativa e a exposição argumentativa) cai muito em prova.

A organização básica do texto encontra-se em três tipos: descritivo, narrativo e dissertativo.

Descritivo

O texto descritivo enfatiza o estático, é um retrato, um recorte de uma paisagem, uma ação, um costume. O texto descritivo vai induzindo o leitor a imaginar o espaço, o tempo, o costume, isto é, tudo que ambienta a história, a informação.

“Luzes de tons pálidos incidem sobre o cinza dos prédios. Nos bares, bocas cansadas conversam, mastigam e bebem em volta das mesas. Nas ruas, pedestres apressados se atropelam. O trânsito caminha lento e nervoso. Eis São Paulo às sete da noite.”

(em Platão e Fiorin)

Podemos notar no texto muitos adjetivos, juntamente com a enumeração de substantivos e verbos. Não há interpretação de movimento neste texto. Tudo é recorte de instantes, por isso poderíamos pintar um quadro com base na imagem que ele nos sugere.

Assim, descrever é enumerar características, ações e elementos que produzem uma imagem “congelada” do instante ou da rotina.

INSTRUÇÕES

Verifique se este caderno:

– corresponde a sua opção de cargo.

– contém 70 questões, numeradas de 1 a 70.

– contém a proposta e o espaço para o rascunho da Prova Discursiva. Caso contrário, reclame ao fiscal da sala outro caderno.

Não serão aceitas reclamações posteriores.

– Para cada questão existe apenas UMA resposta certa.

– Leia cuidadosamente cada uma das questões e escolha a resposta certa.

– Essa resposta deve ser marcada na FOLHADE RESPOSTAS que você recebeu.

Capa de uma prova de concurso

 

Dentre a variedade de textos descritivos, ressaltam-se os textos instrucionais, injuntivos. Veja um exemplo:

As questões objetivas têm cinco alternativas de resposta (A, B, C, D, E) e somente uma delas está correta
 Verifique se seu caderno está completo, sem repetição de questões ou falhas. Caso contrário, notifique imediatamente o fiscal da sala, para que sejam tomadas as devidas providências
 Confira seus dados pessoais, especialmente nome, número de inscrição e documento de identidade, e leia atentamente as instruções para preencher a folha de respostas
 Use somente caneta esferográfica, fabricada em material transparente, com tinta preta ou azul
 Assine seu nome apenas no(s) espaço(s) reservado(s)
 Confira a cor e o tipo do seu caderno de provas. Caso tenha recebido caderno de cor ou tipo diferente do impresso em sua folha de respostas, o fiscal deve ser obrigatoriamente informado para o devido registro na ata da sala

  

            Esse texto é uma capa de prova de concurso. Nele se observa uma ordenação lógica, uma interlocução direta com o leitor (o candidato ao cargo). Assim, a característica fundamental do texto instrucional é levar o receptor a modificar comportamento, a agir de acordo com os preceitos emanados do texto, seguir a sequência. Este tipo de texto é também chamado de injuntivo ou prescritivo. Apresenta em sua estrutura procedimentos a serem seguidos.

Portanto, o texto descritivo pode se manifestar por meio de vários gêneros textuais, como manual de instrução, bula, capa de uma prova de concurso, fragmentos enumerativos de um edital, receita, os quais serão vistos adiante.

A organização básica do texto encontra-se em três tipos: descritivo, narrativo e dissertativo.

Narrativo

Diferentemente do texto descritivo, o narrativo é aquele que trabalha o movimento, as ações se prolongam no tempo, sendo esta a característica principal. Narrar é contar uma história, baseando-se na ótica do narrador (aquele que conta), sobre uma ou mais ações de um personagem(ns), numa sequência temporal, em determinado lugar. A história pode ser imaginária (ficção) ou real (fato). Pode ser contada por alguém que é o pivô da história (narrador-personagem), ou por alguém que está testemunhando as ações (narrador-observador). Quando há o narrador-personagem, há verbos e/ou pronomes em primeira pessoa do singular. Quando há narrador-observador, há verbos e/ou pronomes em terceira pessoa.

Muitas vezes, quando o autor de um texto quer considerar um problema relevante na sociedade, parte de um fato (narra uma pequena história real) e a partir dela tece suas considerações. Assim, pode-se dizer que a primeira parte do texto é narrativa e a segunda é dissertativa, a qual será vista adiante.

Eis, a seguir, um bom exemplo deste tipo de texto encontrado na prova da banca CESPE (médico perito INSS -2009), em que os elementos da narrativa se fazem presentes.

A Revolta da Vacina

O Rio de Janeiro, na passagem do século XIX para o século XX, era ainda uma cidade de ruas estreitas e sujas, saneamento precário e foco de doenças como febre amarela, varíola, tuberculose e peste. Os navios estrangeiros faziam questão de anunciar que não parariam no porto carioca e os imigrantes recém-chegados da Europa morriam às dezenas de doenças infecciosas.

Ao assumir a presidência da República, Francisco de Paula Rodrigues Alves instituiu como meta governamental o saneamento e reurbanização da capital da República. Para assumir a frente das reformas, nomeou Francisco Pereira Passos para o governo municipal. Este, por sua vez, chamou os engenheiros Francisco Bicalho para a reforma do porto e Paulo de Frontin para as reformas no centro. Rodrigues Alves nomeou ainda o médico Oswaldo Cruz para o saneamento.

O Rio de Janeiro passou a sofrer profundas mudanças, com a derrubada de casarões e cortiços e o consequente despejo de seus moradores. A população apelidou o movimento de o “bota-abaixo”. O objetivo era a abertura de grandes bulevares, largas e modernas avenidas com prédios de cinco ou seis andares.

Ao mesmo tempo, iniciava-se o programa de saneamento de Oswaldo Cruz. Para combater a peste, ele criou brigadas sanitárias que cruzavam a cidade espalhando raticidas, mandando remover o lixo e comprando ratos. Em seguida o alvo foram os mosquitos transmissores da febre amarela.

Finalmente, restava o combate à varíola. Autoritariamente, foi instituída a lei de vacinação obrigatória. A população, humilhada pelo poder público autoritário e violento, não acreditava na eficácia da vacina. Os pais de família rejeitavam a exposição das partes do corpo a agentes sanitários do governo.

A vacinação obrigatória foi o estopim para que o povo, já profundamente insatisfeito com o “bota-abaixo” e insuflado pela imprensa, se revoltasse. Durante uma semana, enfrentou as forças da polícia e do exército até ser reprimido com violência. O episódio transformou, no período de 10 a 16 de novembro de 1904, a recém-reconstruída cidade do Rio de Janeiro em uma praça de guerra, onde foram erguidas barricadas e ocorreram confrontos generalizados.

Internet: <www.ccs.saude.gov.br> (com adaptações).

            Observe os traços temporais que marcam a evolução dos acontecimentos, ao mesmo tempo em que as ações vão sendo desenvolvidas num cenário (Rio de Janeiro). Veja os elementos temporais: “na passagem do século XIX para o século XX”; “Ao assumir a presidência da República”; “Ao mesmo tempo”; “Em seguida”; “Finalmente”; “Durante uma semana”; “no período de 10 a 16 de novembro de 1904”.

Com isso, observa-se que há uma história sendo contada por alguém que não participou dela (narrador-observador). Ele não tem necessidade de se posicionar diante de alguma situação, o que se pretende com o texto é narrar um fato que ocorreu no Rio de Janeiro.

Dissertativo

Dissertar é um processo em que o emissor transmite conhecimento, relata, expõe ideias, discorre sobre determinado assunto, argumenta. De certa maneira, o texto mostra o ponto de vista que o autor tem de determinado assunto, fundamentado em argumentos e raciocínios baseados em sua vivência, conhecimento, posturas.

É certo dizer que ele engloba um conjunto de juízos. É próprio de temas abstratos e usado em textos críticos, teses, exposição, explanação e argumentação.

Dependendo do ponto de vista, da organização e do conteúdo, a dissertação pode simplesmente relatar saberes científicos, dados estatísticos, etc ou pode também buscar defender um princípio, uma visão parcial ou não de um assunto, apresentando argumentos precisos, exemplos, contradições, comparações, causas etc, para defender suas ideias. Sua estrutura normalmente é a seguinte:

            1) Introdução: é o parágrafo que abre a discussão ou simplesmente expõe a informação principal, da qual se partirá nos próximos parágrafos à exemplificação, explicação, etc. Neste parágrafo normalmente se encontra o tópico frasal, o qual também é entendido como tese, cuja função é transmitir a opinião do autor, o centro da informação.

            2) Desenvolvimento: pode ser composto de um ou mais parágrafos, os quais servem para ampliar e analisar o conteúdo informado na introdução. Nele, encontramos os procedimentos argumentativos, que podem conter a relação de causa e consequência, exemplificações, contrastes, citações de autoridades no assunto. Enfim, é o debate ou simplesmente o mergulho nas implicações do tema.

            3) Conclusão: é o fechamento da informação, seja ela crítica ou não. Muitas vezes iniciadas por elementos como “Portanto”, “Em suma”, “Enfim”, etc. Nela há normalmente a ratificação, confirmação da tese, tomando por base os argumentos dos parágrafos de desenvolvimento.

Com base nisso, a dissertação se divide basicamente em dois tipos:

  1. a) Dissertativo-expositivo: quando o autor apenas transmite os saberes de uma comunidade (como em livros didáticos, enciclopédias etc), não colocando sua opinião sobre o assunto, mas apenas os dados objetivos.

Ferramenta que devolve spam ao emissor já é realidade

            Uma nova ferramenta para combater a praga do spam foi recentemente desenvolvida. O sistema é capaz de devolver os e-mails inconvenientes às pessoas que os enviaram, e está estruturado em torno de uma grande base de dados que contém os números de identificação dos computadores que enviam spam. Depois de identificar os endereços de onde procedem, o sistema reenvia o e-mail ao remetente.

            A empresa que desenvolveu o sistema assinalou que essa ferramenta minimiza o risco de ataques de phishing, a prática que se refere ao envio maciço de e-mails que fingem ser oficiais, normalmente de uma entidade bancária, e que buscam roubar informação como dados relativos a cartões de crédito ou senhas.

Internet: <http://informatica.terra.com.br>. Acesso em mar./2005 (com adaptações).

(Prova: ANS / 2005 / superior)

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

        I – a soberania;

        II – a cidadania

        III – a dignidade da pessoa humana;

        IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

        V – o pluralismo político.

Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

(Excerto da CF/88. In: http://www.planalto.gov.br)

Não se nota em nenhum dos dois textos a intervenção do autor, sinalizando sua opinião. Houve apenas a exposição de fato (no primeiro) e de dado conceitual (no segundo). A base deles foi a transmissão do saber, a informação. Por isso são textos dissertativo-expositivos.

  1. b) Dissertativo-argumentativo ou opinativo: quando o autor transmite sua opinião dentro do texto. Geralmente é o cobrado nos concursos, tanto em interpretação de textos quanto na elaboração de redações.

Veja alguns exemplos de texto dissertativo-argumentativo:

Existe, por certo, um abismo muito largo e profundo entre a cosmovisão dos médicos em geral (fundada em sua leitura dos fenômenos biológicos) e as concepções de vida da vasta maioria da população. Salta à vista, na abordagem do assunto (a ética e a verdade do paciente), que se fica, mais uma vez, diante da pergunta feita por Pôncio Pilatos a Jesus Cristo, encarando, como estava, um homem pleno de sua verdade, “O que é a verdade?” E é evidente que um e outro se cingiam a verdades díspares.

Dalgimar Beserra de Menezes. A ética médica e a verdade do paciente. In: Desafios éticos, p. 212-5 (com adaptações). (Prova: ANS / 2005 / superior)

Com pouco mais de meio século de atividade da indústria automobilística no Brasil, de acordo com registros, foram vendidos 2,5 milhões de carros. Contraposto aos sucessivos recordes de congestionamentos nas grandes cidades brasileiras, esse resultado expõe as fragilidades de um modelo de desenvolvimento e urbanização que privilegia o transporte motorizado individual, prejudica a mobilidade e até a produtividade das pessoas. O carro, no entanto, não é o único vilão. A solução para o problema da mobilidade passa pela criação de alternativas ao uso do transporte individual.

            “Como as opções alternativas ao transporte individual são pouco eficientes, pela falta de conforto, segurança ou rapidez, as pessoas continuam optando pelos automóveis, motocicletas ou mesmo táxis, ainda que permaneçam presas no trânsito”, afirma S. G., profissional da área de desenvolvimento sustentável. Contudo, restringir o uso do carro não resolve o problema. De acordo com consultores em transportes, a tecnologia é uma das ferramentas para equacionar o problema do trânsito, desde que escolhida e implementada com competência.

Enfrentamento do problema da mobilidade determinará futuro das grandes metrópoles. In: Revista Ideia Socioambiental. São Paulo. Internet: <www.ideiasocioambiental.com.br>. (com adaptações).

(Prova: DETRAN 2010 Médio)

Observação

Vivemos tão apressados que estamos perdendo a habilidade de observar detalhadamente o que nos cerca. Por outro lado, somos tão bombardeados por imagens e por estímulos visuais que, para nos proteger do excesso, aprendemos a não perceber o que está em volta, aprendemos a nos proteger. Por isso, a propaganda fica cada vez mais agressiva. Os produtos precisam, a qualquer custo, chamar a atenção do possível comprador, até que sejamos capazes de “ver sem olhar”. Ou seja, mesmo sem estarmos interessados, não podemos escapar de perceber uma imagem de propaganda.

Isso nos tem levado à autoproteção ou a uma atitude passiva, já que não é preciso fazer nenhum esforço, pois a propaganda e as imagens se encarregam de nos invadir.

Entretanto, para apreciar a arte e saber ler imagens, uma primeira habilidade que precisamos renovar, estimular e desenvolver é a observação. Ela deve deixar de ser passiva para tornar-se ativa, voluntária: observo o que quero, porque quero, como quero, da forma que quero, quando quero observar.

Se pedirmos a um amigo que descreva alguém, ele pode dizer genericamente: alto, magro, de meia-idade: ou então ser bem específico: tem aproximadamente 1 metro e oitenta, é magro, está vestido com uma calça azul, camisa branca, tênis, jaqueta de couro marrom, tem cabelos escuros, encaracolados, curtos, olhos azuis, usa costeletas, tem um sinal escuro do lado direito do rosto e cerca de 40 anos.

Essa segunda descrição é mais detalhada e demonstra mais observação. Naturalmente, se eu estiver procurando tal pessoa, a partir dessa descrição detalhada, posso encontrá-la com mais facilidade.

OLIVEIRA, J. e GARCEZ, L. Explicando a Arte. Ed. Nova Fronteira. 2001.

  1. (FGV / Analista Legislativo Administração 2018)

 O penúltimo parágrafo do texto traz exemplos de textos descritivos. A característica determinante desse modo de organização textual é

(A) o fornecimento de informações.

(B) a apresentação de diferentes pontos de vista.

(C) o relato de fatos em sucessão cronológica.

(D) a tentativa de convencimento do leitor.

(E) a indicação de dados de um objetivo.

Comentário: O texto descritivo enumera elementos, trazendo o máximo de informações possível dentro da ideia de descrição.

Na alternativa (A), o fornecimento de informações caracteriza melhor um texto dissertativo expositivo.

Na alternativa (B), a apresentação de diferentes pontos de vista é realizada em um dissertativo argumentativo.

Na alternativa (C), o relato de fatos em sucessão cronológica é típico de um texto narrativo.

Na alternativa (D), a tentativa de convencimento do leitor é característica de um texto dissertativo argumentativo.

Portanto, a alternativa correta é a (E), pois a indicação de dados de um objetivo caracteriza um texto descritivo.

Gabarito: E

  1. (FGV / Analista Legislativo Administração 2018)

Uma das classes de palavras mais frequentes em descrições é a dos adjetivos que podem indicar estados, características, qualidades ou relações.

Os adjetivos predominantes nos segmentos descritivos são os indicadores de

(A) qualidade.

(B) estado.

(C) traço psicológico.

(D) característica.

(E) relação.

Comentário: Na alternativa (A), “qualidade” é o atributo numa escala de valores: bom ou ruim (homem elegante, perverso.)

Na alternativa (B), “estado” é a situação em um momento dado: casa arruinada, laranjeira florida.

Na alternativa (C), traço psicológico é transmitido quando se está feliz, triste, enojado, comprometido, por exemplo.

A alternativa (D) é a correta, pois as características transitem a individualidade do ser, aquilo que o distingue do outro, uma particularidade, uma tipicidade: mulher morena, alta.

Na alternativa (E), esses adjetivos apresentam relação a tempo, espaço, como nota mensal, vinho português.

Gabarito: D

A organização das frases nas situações comunicativas: a colaboração e a relevância; os atos de fala.

Para que uma comunicação seja bem sucedida, foram propostas, por Grice, as máximas conversacionais:

▪Máxima da Qualidade

▪Máxima da Quantidade

▪Máxima da Relevância

▪Máxima do Modo

Máxima da qualidade ou da veracidade

Tem como princípio que se faça uma contribuição conversacional tanto quanto possível verdadeira, em particular, não afirme o que acredita ser falso e não afirme aquilo para o que não dispõe de dados suficientes. Tomemos para exemplo a sequência seguinte:

A – Brasília é a capital do Brasil?

B – Sim.

Constituiriam enunciados desviantes, de acordo com a máxima da qualidade, os seguintes:

Não sei.

Claro que não.

Depende.

Máxima da quantidade

Tem como princípio que se produza uma contribuição nem mais nem menos informativa do que aquilo que é requerido pelos objetivos da conversa.

Por exemplo, amigos que se reencontram 10 anos após a faculdade em cidade diversa de onde eles se conheceram:

A – Onde você está morando?

B – No Rio de Janeiro.

Como respostas que desrespeitam essa máxima poderiam surgir as seguintes:

No Brasil.

Numa cobertura de 400m², na Barra da Tijuca, rua Ildebrando Muniz, esquina com a avenida Monsenhor Gustavo, número 450, cobertura A.

Máxima da relevância (ou relação)

Implica que as contribuições discursivas revelem uma relação de pertinência com o objetivo da conversa; deve haver, por exemplo, uma relação de pertinência entre a informação fornecida por B e uma pergunta ou pedido/convite formulado anteriormente por A.

Essa máxima traz a simplicidade como princípio básico e preconiza que o produtor do texto deve primar pela relevância, ou seja, deve dizer o que está relacionado ao tópico conversado ou, caso contrário, pode provocar problemas de coerência numa produção textual:

A – Está um belo dia de sol. Vou à praia.

B – Ainda não acabei os relatórios dos seminários.

Implicatura: (B) não vai à praia.

Máxima do Modo

Entendida como não relacionada ao que é dito, mas, antes, como o que é dito deve ser dito:

Seja claro: evite a obscuridade da expressão, evite ambiguidade.

Seja breve (evite a prolixidade desnecessária).

Seja metódico, ordenado.

  1. (FGV / PCERJ Auxiliar Policial de Necropsia 2022)

Num passeio, alguém pergunta a um dos acompanhantes:

– Que horas são?

A resposta mais relevante para essa pergunta é:

(A) Não sei, mas estou com uma fome danada;

(B) Deve ser tarde porque o sol já está se pondo;

(C) Ali na esquina, vamos ver no relógio da torre;

(D) Hora de voltar, pois já estou cansado;

(E) Para que ficar preocupado com a hora?

Comentário: A questão explora a máxima de quantidade, pois pede o horário exato de algo, mas as respostas das alternativas não correspondem exatamente.

Assim, as respostas desviantes das alternativas (A), (B), (D) e (E) violam a máxima da quantidade. A alternativa (C), apesar de não responder diretamente, é a única que se compromete adiante a responder diretamente a esse pedido: Ali na esquina, vamos ver no relógio da torre.

Assim, a alternativa (C) é a correta.

Gabarito: C

  1. (FGV / TJ RO Analista Judiciário 2021)

Observe o seguinte diálogo entre mãe e filha, quando esta volta do cabeleireiro:

Mãe: “O que é que houve? Você acabou não indo?”

A recomendação sobre a língua escrita que foi seguida nessa pergunta feita pela mãe é que sua fala:

(A) seja o mais informativa que requeira o propósito da conversação;

(B) seja a expressão da verdade;

(C) seja relevante;

(D) seja breve;

(E) evite a obscuridade.

Comentário: Esta questão explora a máxima conversacional de modo, pois ela prima pela clareza, objetividade (seja breve) e a ordenação lógica das ideias:

Seja claro: evite a obscuridade da expressão, evite ambiguidade.

Seja breve (evite a prolixidade desnecessária).

Seja metódico, ordenado.

Na conversa, a mãe possivelmente não gostou do cabelo ou não percebeu mudança no visual do cabelo da filha, por isso ela pergunta se ela realmente foi ao cabeleireiro. Assim, em vez de dar aquele sermão mostrando que não gostou ou explicando por que não gostou, simplesmente ela pergunta e a filha, por conhecer os hábitos da mãe, entende que a mãe possivelmente não gostou. Isso demonstra concisão, brevidade de palavras. Assim, a alternativa (D) é a correta.

Gabarito: D

 

A linguagem lógica e a figurada.

As palavras podem ser empregadas em sentido literal ou figurativo. Por esse motivo, elas são divididas em dois grupos: denotativo e conotativo.

Denotação é o sentido literal da palavra. Por exemplo, podemos dizer:

A onça é uma fera.

O vocábulo “fera” significa “animal bravio e carnívoro”. Esse é o seu sentido literal. Mas, por associação, visto que as feras têm muita astúcia, agilidade, agressividade, esse vocábulo ganha uma dimensão além do literal. É o que chamamos de conotação. Este sentido normalmente aparece nos dicionários com a abreviatura “fig.”.

Por associação à ideia de agilidade, podemos dizer:

Ele é uma fera no computador.

Podemos, também, associá-lo à braveza:

O meu chefe está uma fera comigo.

Vamos a mais alguns exemplos de denotação, agora com a palavra “joia”:

Essa joia em seu pescoço está há várias gerações em nossa família.

            O rubi é uma joia que encanta meus olhos.

            Aquele vaso, provavelmente chinês, é uma joia de raro acabamento.

 

Vamos comparar com o sentido conotativo:

Ela é uma joia de menina.

Que joia esse cachorrinho!

Minha irmã se tornou uma joia muito especial.

 

Os diversos níveis de linguagem.

Para nosso estudo, devemos entender que temos uma norma que rege a língua escrita, que é a gramática. No entanto, a fala não trata de uma convenção, mas do modo como cada um utiliza esse acordo. Portanto, a língua falada é mais desprendida de regras, e, portanto, mais espontânea. Por esse motivo, está suscetível a transformações, diariamente. A mudança na escrita começa sempre a partir da língua falada, por isso, esta é tão importante quanto a língua escrita. Contudo, não é toda alteração na fala que é reconhecida na escrita, mas somente aquelas que têm significação relevante à sociedade.

O que determinará o nível de linguagem empregado é o meio social no qual o indivíduo se encontra. Portanto, para cada ambiente sociocultural há uma medida de vocabulário, um modo de se falar, uma entonação empregada, uma maneira de se fazer a combinação das palavras, e assim por diante.

Com base nessas considerações, não se deve pensar a comunicabilidade pelas noções de certo e errado, mas pelos conceitos de adequado e inadequado, segundo determinado contexto. Assim, não se obriga que um adolescente, reunido a outros em uma lanchonete, assim se expresse: “Vamos ao shopping assistir a um filme” (linguagem culta), mas admite-se: “Vamos no shopping assistir um filme” (linguagem coloquial).

Com base nisso, vamos aos principais níveis de linguagem:

A linguagem culta ou padrão

É aquela ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências que se apresentam com terminologia especial. É usada pelas pessoas instruídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obediência às normas gramaticais. Mais comumente usada na linguagem escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial, mais estável, menos sujeita a variações. Está presente nas aulas, conferências, sermões, discursos políticos, comunicações científicas, noticiários de TV, programas culturais etc.

A linguagem culta pode ser formal ou informal. Isso depende da intenção comunicativa e do meio utilizado para tal. Pode haver comunicação de acordo com a norma culta como no exemplo:

Prefeito, como pode uma ciclovia à beira-mar se esfacelar como papel, após uma onda mais alta. Será que você e sua prefeitura realmente pensaram na segurança?”

Veja que todas as palavras estão de acordo com a norma culta, mesmo percebendo que o pronome “você”, relacionando-se a uma personalidade política, não seria o ideal.

Mas não podemos dizer que esse emprego estaria incorreto gramaticalmente, pois, fora do contexto político, formal, cabe o direcionamento a esta pessoa como “você”, como num bate-papo entre amigos políticos, familiares do prefeito, por exemplo. O contexto não requer o tratamento cerimonioso.

Muitas vezes essa informalidade é vista nas crônicas, em jornais, revistas, textos literários, cartas pessoais e comunicações não oficiais. Isso dá ao texto um desprendimento do rito, da formalidade, o qual a linguagem jornalística muitas vezes procura implementar.

Claro que um crítico político não usaria o pronome “você” direcionando-se a um prefeito, pois o contexto não permite; mas cabe numa crônica livre, humorística, por exemplo.

Assim, a mesma comunicação acima agora realizada de maneira formal seria assim:

Senhor Prefeito, como pode uma ciclovia à beira-mar se esfacelar como papel, após uma onda mais alta. Será que Vossa Excelência e sua prefeitura realmente pensaram na segurança?”

A linguagem popular ou coloquial

É aquela usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase sempre rebelde à norma gramatical e é carregada de vícios de linguagem (desvios de regência e concordância; desvios de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; cacofonia; pleonasmo), expressões vulgares, gírias.

A linguagem popular está presente nas mais diversas situações: conversas familiares ou entre amigos, anedotas, irradiação de esportes, programas de TV (sobretudo os de auditório), novelas, expressão dos estados emocionais etc.

Gíria

Relaciona-se ao cotidiano de grupos sociais “estudantes, esportistas, prostitutas, ladrões”. Esses grupos utilizam a gíria como meio de expressão do cotidiano, para que as mensagens sejam decodificadas apenas pelo próprio grupo; mas, muitas vezes, o palavreado ganha gosto da comunidade em geral, é veiculado pela mídia e assim se espalha rapidamente. Veja:

Primeiro, ela pinta como quem não quer nada. Chega na moral, dando uma de Migué, e acaba caindo na boca do povo. Depois desta ratina, vira lero-lero, sai de fininho e some. Mas, às vezes, volta arrebentando, sem o menor aviso. Afinal, qual é a da gíria?” (Cássio Schubsky, Superinteressante)

Jargão

Assim como ocorre com a gíria, o jargão é vocabulário típico de um grupo e neste caso o grupo está relacionado com uma especialidade profissional. São expressões que aproximam as ideias veiculadas rotineiramente no trabalho. Um exemplo de jargão na economia, por exemplo, é a expressão “desaquecimento da demanda”, isto é, situação em que se compra menos. É jargão porque tal expressão normalmente é de uso do público interno, isto é, daqueles voltados especificamente à área da economia e um leigo normalmente teria dificuldades de entendimento.

Outro exemplo é o verbo “peticionar”, que na área jurídica, significa entrar com uma ação na justiça.

Mais um exemplo é o verbo “(e)startar”, que vem do inglês “start”, o qual significa início, expressão muito utilizada no meio corporativo.

Os jargões também são conhecidos como bordões, pois são linguagens técnicas voltadas a uma área profissional.

Estrangeirismo

O estrangeirismo são termos estrangeiros incorporados à nossa língua, muito utilizados nos jargões, vistos anteriormente, por serem termos técnicos, mas também no uso quotidiano.

Por exemplo, “spread” é usado como taxa de risco que se paga sobre um empréstimo; “software” faz referência a programas do computador; “’shampoo” é utilizado pelas empresas que vendem cosméticos, a fim de valorizar o produto, mesmo já havendo o vocábulo português “xampu”.

Neologismo

O neologismo é uma palavra recentemente criada e que não está registrada no vocabulário ortográfico da língua portuguesa, como “televisar” (transmitir pela televisão), “principismo” (atitude de intransigência na defesa de princípios), “informatizar” (submeter a tratamento informático).

Linguagem vulgar

Existe uma linguagem vulgar “ligada aos grupos extremamente incultos, aos analfabetos”, aos que têm pouco ou nenhum contato com centros civilizados. Na linguagem vulgar multiplicam-se estruturas com “nóis vai, ele fica”, “eu di um beijo nela”, “Vamo i no mercado”.

Linguagem regional

Regionalismos ou falares locais são variações geográficas do uso da língua padrão, quanto às construções gramaticais, empregos de certas palavras e expressões e do ponto de vista fonológico. Há, no Brasil, por exemplo, falares amazônico, nordestino, baiano, fluminense, mineiro, sulino. Veja bem, linguagem regional é aquela característica de certa região e não necessariamente fere os preceitos gramaticais. Há linguagem regional que emprega os padrões gramaticais; há outras que não obedecem a esse padrão.

 

  1. (FGV / TJRS Oficial de Justiça 2020)

É claro que somos livres para falar ou escrever como quisermos, como soubermos, como pudermos. Mas é também evidente que devemos adequar o uso da língua à situação, o que contribui efetivamente para a maior eficiência comunicativa.

Considerando o pensamento do texto e tendo conhecimento das atribuições de um oficial de justiça, chegamos à conclusão de que, nessa atividade, a língua escrita, o nível, o uso ou o registro do idioma deve ser predominantemente:

A) formal, de acordo com os princípios da gramática normativa;

B) informal, em busca de mais ampla compreensão da mensagem;

C) regional, adequando-o ao local onde ocorre a comunicação;

D) popular, tendo em vista que as mensagens são lidas por todos;

E) ultraformal, selecionando vocabulário erudito e construções elaboradas.

Comentário: Sabemos que um cargo na administração pública deve primar pela impessoalidade e pela formalidade, o que se conquista também pela norma culta da linguagem, como se percebe no cargo de oficial de justiça.

Assim, a alternativa (A) é a correta.

Gabarito: A

  1. (FGV / TCE-PI Auditor de Controle Externo 2021)

O texto 4 está expresso em linguagem culta, com obediência às normas gramaticais; o segmento em que ocorre um exemplo de linguagem popular é:

A) “É claro que o modelo direto é pouco adotado, já que o orçamento municipal costuma ser apertado e há outras áreas que as prefeituras devem suprir (saúde e educação, por exemplo)”;

B) “A saída mais comum é contratar empresas para desempenhar essa função”;

C) “Para fazer isso, é preciso realizar uma licitação, procedimento padrão para que uma empresa desempenhe um serviço público”;

D) “O responsável primário pelo transporte público urbano é o poder público municipal”;

E) “É isso que prevê o inciso V do artigo 30 da Constituição Federal”.

Comentário: A expressão “costuma ser apertado”, numa linguagem objetiva e formal, não se referiria a um orçamento municipal. O que fica apertado é um sapato, uma blusa etc. Assim, não há conveniência semântica lógica, conforme exige a formalidade da língua. Isso é fruto da liberdade linguística da linguagem informal. Assim, a alternativa (A) é a correta.

Note que as demais alternativas não apresentam linguagem informal, mas formal e culta.

Gabarito: A

 

Os tipos de discurso: direto, indireto e indireto livre.

Discurso direto

É a reprodução das palavras de alguém nos termos exatos em que elas foram ditas. Possui algumas características marcantes:

a) Emprego de verbos chamados dicendi ou “de elocução”, do tipo: afirmar, negar, perguntar, responder, entre outros;

b) Usam-se os seguintes sinais de pontuação:

b1.) dois-pontos, com travessão na outra linha:

 O juiz disse:

 ─ O réu é inocente.

b2.) dois-pontos, seguido de aspas:

O juiz disse: “O réu é inocente”.

b3.) travessão:

“O réu é inocente” ─ disse o juiz

b4.) vírgula:

“O réu é inocente”, disse o juiz

Discurso indireto

É a reprodução da fala de alguém com as palavras do narrador. Ele fala no lugar do personagem:

No discurso indireto, eliminamos os sinais de pontuação e usamos conjunções: que (para afirmação, certificação), se (expressar dúvida, pergunta indireta), como (modo), etc.  Exemplos:

O réu contou como ocorrera o fato. (modo)

O promotor perguntou se o réu poderia explicar melhor. (pergunta indireta)

O juiz disse que o réu era inocente. (afirmação)

 

As funções da linguagem.

Esse tema tem relação com o texto e isso deve ser bem observado durante a realização da prova. Como sempre falamos, não decore nada. Devemos entender os fundamentos, as estruturas.

Devemos entender que cada texto que fazemos, cada gráfico, cada imagem, cada som tem uma finalidade, tem um objetivo a ser alcançado em relação ao seu receptor.

Um pássaro canta para realçar algum comportamento seu em relação à natureza, alguém buzina para alertar alguém, alguém faz um desenho ou uma pintura para demonstrar sua percepção de mundo ou para chamar a atenção sobre algo.

Quando contamos um caso, temos a intenção comunicativa de informar, fazer rir, impressionar etc.

Assim, qualquer texto tem uma intenção comunicativa.

Mesmo quando não estamos com a menor vontade de conversar pela manhã, cansado ainda da noite passada e, no ônibus, quando sentamos, alguém nos cumprimenta e diz “Lindo dia, não?!”. Nossa resposta “seca” e direta “Sim, lindo dia!” demonstra algo para o emissor da mensagem: que não estamos para conversa!

Assim, confirmamos que todo e qualquer texto tem uma intenção, um objetivo na comunicação!

Para melhor compreensão das funções de linguagem, torna-se necessário o estudo dos elementos da comunicação.

Elementos da comunicação

Mas o que são os elementos da comunicação?

Para que tenhamos entendimento sobre a emissão de uma mensagem, precisamos de elementos que o compõem. Veja:

O emissor é aquele que emite, que codifica a mensagem.

O receptor é aquele que recebe, que decodifica a mensagem.

A mensagem é a forma como a mensagem é transmitida pelo emissor. Não é o conteúdo, mas como o emissor transmitiu a informação.

O código é o conjunto de signos usados na transmissão e recepção da mensagem.

O referente é o contexto, o conteúdo, a informação veiculada na mensagem.

O canal é o meio pelo qual circula a mensagem.

Obs.: as atitudes e reações dos comunicantes são também referentes e exercem influência sobre a comunicação.

Com base na centralização e da predominância dos elementos de comunicação acima, temos a intenção discursiva, a intenção comunicativa do autor. Assim, passar a ter as funções de linguagem.

Funções da linguagem

A Função emotiva (ou expressiva) centraliza- se no emissor, revelando sua opinião, sua emoção, a sua impressão sobre algo. Nela prevalece a 1ª pessoa do singular, interjeições e exclamações. É a linguagem das biografias, memórias, poesias líricas e cartas de amor. Dizemos que esta é uma linguagem altamente subjetiva, pois parte da visão parcial da primeira pessoa do singular.

Veja um exemplo dessa função:

(Eu) Sentia um medo horrível e ao mesmo tempo desejava que um grito me anunciasse qualquer acontecimento extraordinário. Aquele silêncio, aqueles rumores comuns, espantavam-me. Seria tudo ilusão? Findei a tarefa, erguime, desci os degraus e fui espalhar no quintal os fios da gravata. Seria tudo ilusão?… Estava doente, ia piorar, e isto me alegrava. Deitar-me, dormir, o pensamento embaralhar-se longe daquelas porcarias. Senti uma sede horrível… Quis ver-me no espelho. Tive preguiça, fiquei pregado à janela, olhando as pernas dos transeuntes.”

(Graciliano Ramos)

            Observe o predomínio da primeira pessoa do singular nos termos grifados acima. Note que o texto parte da impressão, da emoção de alguém. Por dizemos que essa é uma função emotiva ou expressiva ou até subjetiva.

 

Função referencial (ou denotativa) centraliza-se no referente, quando o emissor procura oferecer informações da realidade. É uma linguagem objetiva, direta, denotativa, prevalecendo a 3ª pessoa do singular. Linguagem usada nas notícias de jornal e livros científicos.

Veja um exemplo dessa função:

“O risco maior que as instituições republicanas hoje correm não é o de se romperem, ou serem rompidas, mas o de não funcionarem e de desmoralizarem de vez, paralisadas pela sem-vergonhice, pelo hábito covarde de acomodação e da complacência. Diante do povo, diante do mundo e diante de nós mesmos, o que é preciso agora é fazer funcionar corajosamente as instituições para lhes devolver a credibilidade desgastada. O que é preciso (e já não há como voltar atrás sem avacalhar e emporcalhar ainda mais o conceito que o Brasil faz de si mesmo) é apurar tudo o que houver a ser apurado, doa a quem doer.”

(O Estado de São Paulo)

            Este é um texto informativo, centrado no argumento, no racional, sem vacilações em emoções ou em linguagem figurada.

Função apelativa (ou conativa) centraliza-se no receptor; o emissor procura influenciar o comportamento do receptor. Como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso de tu e você, ou o nome da pessoa, além dos vocativos e imperativo. Usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao consumidor.

Veja um exemplo dessa função:

Exemplo da função de linguagem conativa para revisão prova Português TCU

Disponível em: http://www.clickmarket.com.br

            Aqui fica clara a intenção de modificar o comportamento do interlocutor, do receptor da mensagem.

 

Função fática centraliza-se no canal, tendo como objetivo prolongar ou não o contato com o receptor, ou testar a eficiência do canal. Linguagem das falas telefônicas, saudações e similares.

Exemplo da função de linguagem fática para revisão prova Português TCU

O canal é a linha com as latinhas, simulando uma ligação telefônica. O emissor apenas testou o canal. Como percebeu que quem atendeu não era a pessoa com quem queria falar, finalizou a comunicação.

 

Função poética centraliza-se na mensagem (na forma como é veiculada), revelando recursos imaginativos criados pelo emissor. Afetiva, sugestiva, conotativa, ela é metafórica. Valorizam-se as palavras, suas combinações. É a linguagem figurada apresentada em obras literárias, letras de música, em algumas propagandas etc.

O verbo infinitivo

Ser criado, gerar-se, transformar

O amor em carne e a carne em amor; nascer

Respirar, e chorar, e adormecer

E se nutrir para poder chorar

 

Para poder nutrir-se; e despertar

Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir

E começar a amar e então ouvir

E então sorrir para poder chorar.

 

E crescer, e saber, e ser, e haver

E perder, e sofrer, e ter horror

De ser e amar, e se sentir maldito

 

E esquecer tudo ao vir um novo amor

E viver esse amor até morrer

E ir conjugar o verbo no infinito… (Vinícius de Morais)

Note o cuidado com a forma! Um poema é um exemplo clássico da função poética, pois a escolha das estrofes, dos versos, da rima, da métrica em cada verso, tudo isso mostra claramente o envolvimento com escolha das palavras. Além disso, há demonstração de emoção, de imagens sugestivas, etc.

 

Função metalinguística centraliza-se no código, usando a linguagem para falar dela mesma. A poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto. Principalmente os dicionários são repositórios de metalinguagem.

Exemplo da função de linguagem metalinguística para revisão prova Português TCU

Normalmente uma placa tem a intenção comunicativa de informar. Assim, tem função predominantemente referencial. Porém, nesta placa a informação encontra-se num trecho bem pequeno: “E tenha cuidado com a ponte à frente”.

A primeira informação é basicamente para explicar um problema da placa, o que gera a ideia de que o código (a placa) fala dele mesmo (as bodas da placa). Assim, há metalinguagem. Isso ocorre também quando um autor explica seu próprio processo criativo, ou quando o autor mostra ao leitor como conseguir extrair do livro o melhor de sua técnica.

Bom! Agora que vimos os elementos de comunicação e as funções de linguagem, devemos entender que, em um mesmo texto, podem aparecer várias funções da linguagem. O importante é saber qual a função predominante no texto, para então o definir.

(FGV / Prefeitura de Salvador – BA Analista 2017)

“Posso falar de arte e artistas outra vez? Espero que, em algum lugar aí no Brasil, haja leitores e leitoras, mesmo poucos, que se interessem pela figura tão singular e tão fundamental do artista”.

Nesses períodos prevalece a função de linguagem denominada

A) metalinguística.

B) conativa ou apelativa.

C) emotiva ou expressiva.

D) poética.

E) referencial.

Comentário: Note a pergunta feita ao interlocutor e a menção ao lugar onde se encontra a pessoa com quem se fala: “Posso falar de arte e artistas outra vez? Espero que, em algum lugar no Brasil”. Isso marca a função conativa, isto é, o foco está no destinatário. Dessa forma, a alternativa (B) é a correta.

É claro que você poderia ter ficado na dúvida sobre a possibilidade de a alternativa (C) também estar correta, pois a primeira pessoa do singular está expressa: “Posso”, “Espero”.

Mas note que o mais importante no texto não é a expressividade ou o julgamento do autor, mas a resposta do destinatário, entende? Assim, a função conativa ou apelativa é a mais forte no texto.

Gabarito: B

 

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Saiu edital Eletrobras 2022. Saiba o que estudar em Português!

 

 

Mais uma notícia boa: Saiu, hoje, o edital para o novo concurso da Eletrobras. Nele, estão abertas 137 vagas para Eletronuclear, além de Cadastro Reserva (CR). Os cargos serão para Profissional de nível Médio Operacional (PMO) e de nível Superior (PS).

 

A banca organizadora do certame será a Fundação CESGRANRIO com a ELETRONUCLEAR!

 

Então confira neste post sobre o que estudar em Português para gabaritar!

 

Dos cargos para Eletrobras 2022

Para o concurso da Eletrobras 2022, o edital dispõe suas vagas para os seguintes cargos:

A nível Médio, com remuneração inicial de R$3.653,06 (Angra dos Reis) e R$3.740,73 (Rio de Janeiro), aos cargos de

  • Especialista em Proteção Radiológica;
  • Especialista em Segurança de Área Protegida Nuclear;
  • Técnico em Segurança do Trabalho;
  • Técnico Eletricista;
  • Técnico em Construção Civil;
  • Técnico em Eletromecânica;
  • Técnico em Eletrônica;
  • Técnico em Eletrotécnica;
  • Técnico em Meio Ambiente; e
  • Técnico em Química.

A nível Superior, com remuneração inicial de R$ 7.209,26 (Angra dos Reis) e R$ 7.382,28 (Rio de Janeiro), aos cargos de

  • Administrador;
  • Advogado;
  • Arquivista;
  • Analista Comunicação Social;
  • Analista em Produção Radiológica;
  • Analista de Sistemas — Aplicações e Segurança de TIC;
  • Analista de Sistemas — Gestão e Governança de TIC;
  • Assistente Social;
  • Biólogo;
  • Contador;
  • Designer;
  • Economista;
  • Engenheiro Ambiental;
  • Engenheiro Auditor;
  • Engenheiro Civil;
  • Engenheiro de Produção;
  • Engenheiro de Análise Probabilística de Segurança;
  • Engenheiro de Segurança do Trabalho;
  • Engenheiro Telecomunicações;
  • Engenheiro de Treinamento;
  • Engenheiro Eletricista;
  • Engenheiro Eletrônicomecânico;
  • Engenheiro Nuclear;
  • Engenheiro Químico;
  • Físico A;
  • Físico B;
  • Pedagogo; e
  • Químico.

 

Das Etapas e Provas para Eletrobras 2022

A prova de conhecimentos básicos cobrará Português e Inglês.

Português terá 15 questões e Inglês 10 questões.

Confira mais sobre as etapas do certame:

 

Para o cargo de Especialista em Segurança de Área Protegida de Nuclear
  • 1ª etapa: Prova preambular (objetiva) – Conhecimentos básicos (25 questões) e específicos (25 questões): eliminatório e classificatório;
  • 2ª etapa: Exame de Capacitação Física – eliminatório.

 

Para o restante dos cargos
  • Etapa única: Prova preambular (objetiva) – Conhecimentos básicos (25 questões) e específicos (35 questões): eliminatório e classificatório.

 

Se prepare: o maior número de pontos de Língua Portuguesa é uma das preferências do certame para desempate!

Do conteúdo programático para Eletrobras 2022

Confira o que cairá na Prova de Conhecimento Básico para todos os cargos:

CONHECIMENTOS BÁSICOS

LÍNGUA PORTUGUESA I

  1. 1 – Compreensão de texto.
  2. 2 – Significação das palavras.
  3. 3 – Emprego da crase.
  4. 4 – Ortografia oficial.
  5. 5 – Acentuação gráfica.
  6. 6 – Classes e emprego das palavras.
  7. 7 – Pronomes: emprego, colocação dos pronomes oblíquos átonos.
  8. 8 – Verbos: conjugação e vozes, regulares, irregulares e impessoais.
  9. 9 – Concordância verbal. 10 – Concordância nominal.
  10. 11 – Regência verbal.
  11. 12 – Regência nominal.
  12. 13 – Pontuação.
  13. 14 – Sintaxe da oração e do período.
  14. 15 – Linguagem formal e informal.

LÍNGUA INGLESA I

  1. 1 – Compreensão de texto escrito em língua inglesa.
  2. 2 – Itens gramaticais relevantes para a compreensão dos conteúdos semânticos.

 

Eletrobras 2022

Concurso: Eletrobras – Eletronuclear.

Situação: Edital publicado.

 Vagas: 137 vagas + CR.

Remuneração inicial: de R$3.653,06 até R$ 7.382,28.

Confira o edital da Eletrobras 2022 clicando aqui!

 


Prepare-se para a Eletrobras 2022 com a gente

Como vocês já sabem, o concurso será realizado pela banca CESGRANRIO, sendo assim, separamos abaixo alguns cursos disponíveis para este concurso.

Para que você saiba exatamente como a banca cobra e exercite bastante, separamos aqui algumas questões do nossos sistema de questões. Clique aqui!

Edital do concurso SEFAZ BA publicado! Remuneração de 13 mil!

 

Boas novas sobre o concurso SEFAZ BA, concurseiro(a)!

 

O edital para o concurso da Secretária da Fazenda do Estado da Bahia (SEFAZ BA) foi publicado! Nele, são ofertadas 49 vagas para o cargo de Agente de Tributos Estaduais, a nível Superior. A remuneração inicial é de 13 mil reais! A taxa de inscrição é de R$150,00.

 

A banca organizadora do certame será a Fundação Getúlio Vargas (FGV)!

 

Então confira neste post sobre o que estudar em Português para gabaritar.

 

Do cargo e das vagas para o certame

Para o concurso da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia 2022, o edital dispõe suas 49 vagas para o cargo de Agente de Tributos Estaduais.

 

As áreas de atuação são:

  • Administração e Finanças, com 14 vagas totais;
  • Tecnologia da Informação, com 05 vagas totais; e
  • Administração Tributária, com 30 vagas totais.

 

 

Das Etapas e Provas para o certame

O Concurso para SEFAZ-BA terá duas etapas:

 

  • 1ª etapa: Provas objetivas, de caráter eliminatório e classificatório; e
  • 2ª etapa: Prova discursiva, de caráter eliminatório e classificatório.

 

Na parte de Conhecimentos Gerais das Provas Objetivas, as disciplinas trabalhadas para todas as áreas de atuação são:

  • Língua Portuguesa, com 07 questões;
  • Direito Constitucional, com 05 questões;
  • Direito Administrativo, com 05 questões;
  • Direito Tributário, com 05 questões;
  • Contabilidade Geral, com 05 questões;
  • Estatística, com 05 questões; e
  • Noções de Igualdade Racial, com 05 questões.

 

Se prepare: o maior número de questões na parte de Conhecimentos Gerais é de Língua Portuguesa!

 

Do conteúdo programático para o concurso SEFAZ-BA 2022

Confira o que cairá na Prova de Conhecimentos Gerais de Português para todas as áreas:

CONHECIMENTOS BÁSICOS

LÍNGUA PORTUGUESA I

 

Elementos de construção do texto e seu sentido:
  1. 1 –  Gênero do texto (literário e não literário, narrativo, descritivo e argumentativo).
  2. 2 – Interpretação e organização interna.
 Semântica:
  1. 1 – Sentido e emprego dos vocábulos;
  2. 2 – Campos semânticos.
  3. 3 – Emprego de tempos e modos dos verbos em português.
Morfologia:
  1. 1 – Reconhecimento, emprego e sentido das classes gramaticais.
  2. 2 – Processos de formação de palavras.
  3. 3 – Mecanismos de flexão dos nomes e verbos.
Sintaxe:
  1. 1 – Frase, oração e período.
  2. 2 – Termos da oração
  3. 3 – Processos de coordenação e subordinação
  4. 4 – Concordância nominal e verbal.
  5. 5 – Transitividade e regência de nomes e verbos
  6. 6 – Padrões gerais de colocação pronominal no português.
  7. 7 – Mecanismos de coesão textual.
  8. 8 – Ortografia.
  9. 9 – Acentuação gráfica.
  10. 10 – Emprego do sinal indicativo de crase.
  11. 11 – Pontuação.
Reescrita de frases:
  1. 1 – Substituição, deslocamento, paralelismo.
  2. 2 – Variação linguística: norma culta.

 

CONCURSO SEFAZ-BA 2022

Concurso: Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia — SEFAZ-BA.

Situação: Edital publicado.

 Vagas: 49 vagas.

Remuneração inicial: de R$ 13.111,66.

Confira o edital do concurso SEFAZ-BA 2022 clicando aqui!

 


Prepare-se para o concurso SEFAZ-BA 2022 com a gente

Como vocês já sabem, o concurso será realizado pela banca FGV, sendo assim, separamos abaixo alguns cursos disponíveis para este concurso.

Para que você saiba exatamente como a banca cobra e exercite bastante, separamos aqui algumas questões do nossos sistema de questões. Clique aqui!

Reescrita, paráfrase e paralelismo

Vamos falar hoje da reescrita, paráfrase e paralelismo!

 

Reescrita de frases

A reescrita sem alteração de sentido tem o nome de paráfrase. Questões de interpretação com frequência se baseiam nesse conhecimento, nessa técnica.

Neste tema, temos várias frases em que a banca pede para verificar se há respeito à norma culta, e, às vezes, pede qual das alternativas possui atendimento à clareza, à coesão e à coerência. Na realidade, a banca é bem objetiva. Ela quer nos testar quanto ao conhecimento gramatical como um todo.

Uma leitura atenta das alternativas nos ajuda muito.

Vários recursos podem ser utilizados para parafrasear um texto.

1) Emprego de sinônimos

            Embora voltasse cedo, deixava os pais preocupados.

            Conquanto retornasse cedo, deixava os genitores preocupados.

2) Emprego de antônimos, com apoio de uma palavra negativa

Ele era fraco.              Ele não era forte.

3) Utilização de termos anafóricos, isto é, que remetem a outros já citados no texto

Paulo e Antônio já saíram. Paulo foi ao colégio; Antônio, ao cinema.

                        Paulo e Antônio já saíram. Aquele foi ao colégio; este, ao cinema.

aquele = Paulo;          este = Antônio

4) Troca de termo verbal por nominal, e vice-versa.

É necessário que todos colaborem.

                        É necessária a colaboração de todos.

                        Quero o respeito do grupo.

                        Quero que o grupo me respeite.

5) Omissão de termos facilmente subentendidos (elipse)

Nós desejávamos uma missão mais delicada, mais importante.

                        Desejávamos missão mais delicada e importante.

6) Mudança de ordem dos termos no período

Lendo o jornal, cheguei à conclusão de que tudo aquilo seria esquecido após três ou quatro meses de investigação.

            Cheguei à conclusão, lendo o jornal, de que tudo aquilo, após três ou quatro meses de pesquisa, seria esquecido.

7) Mudança de voz verbal

A mulher plantou uma roseira em seu jardim. (voz ativa)

            Uma roseira foi plantada pela mulher em seu jardim. (voz passiva analítica)

Obs.: Se o sujeito for indeterminado (verbo na 3ª pessoa do plural sem o sujeito expresso na frase), haverá duas mudanças possíveis.

Plantaram uma roseira. (voz ativa)

            Uma roseira foi plantada. (voz passiva analítica)

            Plantou-se uma roseira. (voz passiva sintética)

8) Troca de discurso

(discurso direto)

Naquela tarde, Pedro dirigiu-se ao pai dizendo:

            – Cortarei a grama sozinho.                                                 

 

(discurso indireto)

Naquela tarde, Pedro dirigiu-se ao pai dizendo que

cortaria a grama sozinho.

9) Troca de palavras por expressões perifrásticas e vice-versa

Castro Alves visitou Paris naquele ano.

            O poeta dos escravos visitou a cidade luz naquele ano.

Obs.: Perífrase é uma figura de linguagem que emprega várias palavras no lugar de poucas ou de uma só.

“Se lá no assento etéreo onde subiste…” (Camões) (assento etéreo = céu)

            Morei na Veneza brasileira.   (Veneza brasileira = Recife)

            Não provoque o rei dos animais.       (rei dos animais = leão)

10) Troca de locuções por palavras e vice-versa:

O homem da cidade não conhece a linguagem do céu.

            O homem urbano não conhece a linguagem celeste.

Da cidade e do céu são locuções adjetivas e correspondem aos adjetivos urbano e celeste.

Na reescrita de um trecho do texto ou do parágrafo, vários desses recursos podem ser utilizados concomitantemente, além de outros que não foram aqui referidos, mas que a prática nos apresenta. O importante é ler com extrema atenção o trecho e suas possíveis paráfrases. Se perceber mudança de sentido, a reescritura não pode ser considerada uma paráfrase.

Vamos então fazer uma atividade. Leia com atenção o trecho abaixo e anote a alternativa em que não ocorre uma paráfrase.

O homem caminha pela vida muitas vezes desnorteado, por não reconhecer no seu íntimo a importância de todos os instantes, de todas as coisas, simples ou grandiosas.

  1. Frequentemente sem rumo, segue o homem pela vida, por não reconhecer no seu íntimo o valor de todos os instantes, de todas as coisas, sejam simples ou grandiosas.
  2. Não reconhecendo em seu âmago a importância de todos os momentos, de todas as coisas, simples ou grandiosas, o homem caminha pela vida muitas vezes desnorteado.
  3. Como não reconhece no seu íntimo o valor de todos os momentos, de todas as coisas, sejam elas simples ou não, o homem vai pela vida frequentemente desnorteado.
  4. O ser humano segue, com frequência, vida afora, sem rumo, porquanto não reconhece, em seu interior, a importância de todos os instantes, de todas as coisas, simples ou grandiosas.
  5. O homem caminha pela vida sempre desnorteado, por não reconhecer, em seu mundo íntimo, o valor de cada momento, de cada coisa, seja ela simples ou grandiosa.

O trecho foi reescrito cinco vezes. Utilizaram-se vários recursos. Em quatro opções, o sentido é rigorosamente o mesmo. Tal fato não se dá, porém, na letra (E), que é o gabarito. O texto original diz que “o homem caminha pela vida muitas vezes desnorteado…”, contudo a reescrita nos diz “sempre desnorteado”. Ora, muitas vezes é uma coisa, sempre é outra, bem diferente.

 

Observações

a) Tenha cuidado com a mudança de posição dos termos dentro da frase. Palavras ou expressões podem alterar profundamente o sentido de um texto.

Encontrei determinadas pessoas naquela cidade.

            Encontrei pessoas determinadas naquela cidade.

Na primeira frase, determinadas é um pronome indefinido, equivalente a “certas”, “umas”, “algumas”; na segunda, é um adjetivo e significa “decididas”.

b) Cuidado também com a pontuação, que costuma passar despercebida.

A criança agitada corria pelo quintal.

            A criança, agitada, corria pelo quintal.

Na primeira frase, o adjetivo agitada é um adjunto adnominal e indica uma característica restritiva do núcleo “criança”. Assim, determina algo inerente a ela, isto é, trata-se de uma pessoa sempre agitada.

Na segunda, as vírgulas indicam que o adjetivo “agitada” tem valor transitório. É o chamado predicativo do sujeito deslocado e dentro de um predicado verbo-nominal.

A construção normal seria:

A criança corria agitada pelo quintal.

Assim, fica mais fácil perceber que a criança está agitada naquele momento, sem que necessariamente ela o seja no seu dia a dia (característica transitória).

As questões de reescritura (paráfrase) já vêm sendo trabalhadas nas nossas aulas desde o início do curso, principalmente nas aulas de sintaxe.

Como muitas vezes a paráfrase se baseia nos conectivos entre orações, vamos elencar abaixo um resumo das principais conjunções e seus valores semânticos, para que você possa consultar quando tiver dúvida e assim ficar ainda mais tranquilo para a prova.

Principais conjunções e seus valores semânticos (coordenadas)

1) Aditivas:             e, nem, tampouco, não só…mas também, não só…como também, senão também, tanto…como.

Ele não só ajuda financeiramente, mas também aconselha os amigos.

2) Adversativas:          mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto.

Ele teve aumento salarial, porém não quis continuar na empresa.

3) Alternativas:           ou, ou…ou, ora…ora, já…já, quer…quer.

Faça sua parte, ou procure outro trabalho.

4) Conclusivas:         logo, portanto, por conseguinte, pois (colocada depois do verbo), por isso, então, assim, em vista disso.

Realizamos muitos exercícios, por conseguinte a prova foi fácil.

5) Explicativas:            porque, pois(anteposto ao verbo), porquanto, que.

Joana está mesmo cansada, porque pediu desconto em férias.

Principais conjunções e seus valores semânticos (subordinadas)

1) Causais: com as conjunções: porque, pois, que, como (quando a oração adverbial estiver antecipada), já que, visto que, desde que, uma vez que, porquanto, na medida em que, que, etc:

Como fazia frio, fechou as janelas.

2) Consecutivas: I – conjunção que precedida de tal, tão, tanto, tamanho.

II – locuções conjuntivas de maneira que, de jeito que, de ordem que, de sorte que, de modo que, etc:

Tal foi o problema na empresa que todos foram demitidos.

Houve um problema na empresa de modo que todos foram demitidos.

3) Condicionais: Além das conjunções condicionais se e caso, há também as locuções conjuntivas contanto que, desde que, salvo se, sem que (=se não), a não ser que, a menos que, dado que.

Caminharei com você desde que não chova.

4) Concessivas: As conjunções são: embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda quando, mesmo quando, posto que, por mais que, por muito que, por menos que, se bem que, em que (pese), nem que, dado que, sem que (=embora não).

Gostava de Matemática, embora tivesse dificuldades com cálculos.

5) Comparativas: representam o segundo termo de uma comparação e se expressam de três formas, com as conjunções como, (tal) qual, tal e qual, assim como, (tal) como, (tão ou tanto) como, (mais) que ou do que, (menos) que ou do que, tanto quanto, que nem, feito (=como, do mesmo modo que), o mesmo que (=como):

A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o ferro.

6) Conformativas: Suas conjunções são: como, conforme, segundo, consoante.

Como disse o prefeito, o IPTU vai subir 5% este ano.

7) Proporcionais: Suas locuções conjuntivas são: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais … tanto mais, quanto mais … tanto menos, quanto menos … tanto menos, quanto menos … tanto mais, quanto mais … mais, quanto menos … menos, tanto … quanto (como).

            Os alunos respondiam, à medida que eram chamados.

8) Finais: indicam finalidade, objetivo, com as locuções conjuntivas: para que, a fim de que, que (= para que), porque (= para que):

Afastou-se depressa, para que não o víssemos.

9) Temporais: Suas conjunções: quando, enquanto, logo que, mal      (= logo que), sempre que, assim que, desde que, antes que, depois que, até que, agora que, ao mesmo tempo que, toda vez que.

Só voltou a jogar quando se sentiu bem.

 

A fim de aprofundarmos na reescrita, algumas vezes também é pedida nas provas a manutenção do paralelismo.

2 Paralelismo

Paralelismo sintático

Agora, veremos o que é paralelismo!

Você se lembra do que falamos sobre as estruturas coordenadas? Parta do pressuposto de que a justaposição, a enumeração ou a coordenação trazem consigo o valor paralelo. Veja os exemplos para em seguida analisarmos:

  1. Gosto de estudo, de trabalho e de lazer.
  2. Gosto de estudo, trabalho e lazer.

O verbo “Gosto” é transitivo indireto e seu objeto indireto é composto, isto é, seus núcleos estão justapostos, coordenados, paralelos.

Veja que, na primeira frase, optou-se por manter a preposição “de” antes de cada núcleo (de estudo, de trabalho e de lazer). Isso não é obrigatório, mas é um artifício argumentativo para reforçar o paralelismo e manter a clareza de que os núcleos seguintes mantêm referência ao verbo. Tanto assim que podemos reescrever esta frase com a omissão dessas preposições no segundo e terceiro núcleo (“de estudo, trabalho e lazer”).

Esse paralelismo pode se manter também no nível do período composto. Quando orações subordinadas estão coordenadas entre si, naturalmente temos o paralelismo. Veja:

O candidato afirmou que a prova estava difícil e que houve pouco tempo de execução.

Perceba que foram prestadas duas informações: “que a prova estava difícil” e “que houve pouco tempo de execução”. Essas orações são subordinadas substantivas objetivas diretas e coordenadas entre si. Elas são o complemento direto composto do verbo transitivo direto “afirmou”.

O paralelismo é isto: visualizar os termos coordenados, repetindo os conectivos ou mantendo em omissão os que iriam ficar repetidos, como fizemos na frase 2 do primeiro exemplo. Agora faremos o mesmo com o  segundo exemplo:

O candidato afirmou que a prova estava difícil e houve pouco tempo de execução.

Paralelismo semântico

É a junção de ideias de mesmo campo semântico. Veja um caso:

Fiz duas operações: uma em São Paulo e outra no Rio de Janeiro.

A conjunção “e” uniu os adjuntos adverbiais “em São Paulo” e “no Rio de Janeiro”. Assim, há paralelismo sintático e também semântico, pois une dois termos que se referem a lugar.

Agora, veja um erro de paralelismo semântico:

“Fiz duas operações: uma em São Paulo e outra no ouvido.

Note que “em São Paulo” e “no ouvido”, apesar de paralelamente estruturadas, não indicam circunstâncias de lugar correlatas quanto ao valor semântico. Só por descuido (vício de linguagem) ou por humor ou ênfase (estilístico) é que se poderia construir uma frase sem paralelismo semântico.

Veja mais alguns exemplos, agora de Machado de Assis:

Gastei trinta dias para ir do Rocio Grande ao coração de Marcela.”

(local habitável concreto X local inabitável abstrato)

“Marcela amou-me durante quinze dias e onze contos de réis.”

(tempo X dinheiro)

“…encontrei no trem da Central um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu.”

(o modo distante como o conhece X o modo como se veste)

Veja a explicação de tudo o que vimos no vídeo abaixo:

Baixe mais questões aqui!

Reescrita e paralelismo só questões

Agora, veja a resolução no vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=8bVrSgqTrkw

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