Regência Verbal e Nominal: Aprenda a acertar todas as questões de prova!

Neste artigo, estudaremos sobre “regência verbal e nominal”, que é um dos assuntos mais cobrados em provas e concursos.

Olá, meus amigos!

Meu nome é Décio Terror e sou professor de Português para concursos!

Hoje vamos falar de um conteúdo muito importante, pois cai muito em concursos: a Regência verbal e nominal.

1) Regência Verbal e Nominal: Conceitos Básicos

A regência verbal e nominal têm relação com a transitividade, isto é, tratam da exigência ou não de uma preposição por um verbo ou nome. Em outras palavras, regência verbal e nominal é uma relação de complementação que se estabelece entre termos de uma oração.

2) Regência Verbal

A regência verbal identifica o verbo que exige ou não complemento. O verbo que exige complemento é chamado de transitivo e o que não a exige é chamado de intransitivo.

2.1) Verbo Transitivo Direto

O verbo transitivo direto é aquele que exige complemento SEM preposição, como os exemplos abaixo:

O candidato realizou a prova.

Ele estudou a matéria.

 

Note que os termos “a prova” e “a matéria” são complementos diretos do verbo e são chamados de objetos diretos. Normalmente, indica-se o reconhecimento do objeto direto com a pergunta “o quê?” ao verbo:

O candidato realizou o quê? (resposta: a prova)

Ele estudou o quê? (resposta: a matéria)

2.2) Verbo Transitivo Indireto

Os verbos transitivos indiretos exigem complemento verbal COM preposição. Veja os exemplos:

O candidato duvidou do gabarito da prova.

Ele gosta de Matemática.

 

Note que os termos “do gabarito da prova” e “de Matemática” são complementos indiretos do verbo e são chamados de objetos indiretos.
Normalmente, indica-se o reconhecimento do objeto indireto com a pergunta “de/com/em/a quê?” ao verbo:

O candidato duvidou de quê? (resposta: do gabarito da prova)

Ele gosta de quê? (resposta: de Matemática)

2.3) Verbo Intransitivo

Os verbos intransitivos não exigem complementos verbais (objetos direto ou indireto), mas podem exigir circunstâncias adverbiais, como de lugar, modo, tempo etc:

Os problemas ocorreram.

Os problemas ocorreram naquela época na empresa.

Viajei para São Paulo.

Vim da Bahia ontem.

 

Na oração “Os problemas ocorreram.“, há o sujeito “Os problemas” e o verbo intransitivo “ocorreram”.

Na oração “Os problemas ocorreram naquela época na empresa.“, há o sujeito “Os problemas”, o verbo intransitivo “ocorreram”, o adjunto adverbial de tempo “naquela época” e o adjunto adverbial de lugar “na empresa”.

Na oração “Viajei para São Paulo“, há o verbo intransitivo “Viajei” e “para São Paulo” é o adjunto adverbial de lugar .

Por fim, na oração “Vim da Bahia ontem.“, o verbo “Vim” é intransitivo, “da Bahia” é o adjunto adverbial de lugar e “ontem” é o adjunto adverbial de tempo.

 

2.4) Como reconhecer a circunstância adverbial?

Normalmente, indica-se o reconhecimento da circunstância adverbial com perguntas ao verbo, como as seguintes: “quando?” (para saber o tempo), “onde?”, “aonde?”, “para onde?”, “de onde?” (para saber o lugar), “como?” (para saber o modo), “por quê?” (para saber a causa):

Os problemas ocorreram quando? Onde? (respostas: naquela épocana empresa)

 

Viajou para onde? (resposta: para São Paulo)

Veio de onde? (resposta: da Bahia)

 

2.5) Transitividade e Contexto

É preciso também entender que a transitividade de um verbo sempre dependerá do contexto. Devido a isso não podemos estudar regência decorando simplesmente a transitividade, mas o emprego do verbo no contexto.

Vejamos o verbo “estudar”!

Tal verbo normalmente é transitivo direto, isto é, exige complemento verbal direto. Veja os exemplos abaixo:

Estudo Matemática todos os dias.

Eu estudo todos os dias

Note que, na primeira oração, “Estudo” exige o complemento direto “Matemática”, o qual tem o nome sintático de objeto direto. Além disso, é seguido do adjunto adverbial de tempo “todos os dias”.

Mas, na oração “Eu estudo todos os dias“, o autor entendeu não ser necessário nenhum complemento, isto é, não é necessário demonstrar o que é estudado, mas quando é estudado.

Assim, nesta última oração (“Estudo todos os dias“), o verbo é apenas intransitivo.

 

3) Regência Nominal

A regência nominal ocorre quando um nome (substantivo abstrato, adjetivo ou advérbio) é transitivo e, por conseguinte, exige um complemento.

Vejamos os exemplos abaixo:

O acesso ao estudo é a chave do desenvolvimento do país.

A sociedade é obediente às leis.

Moro longe de você.

Na primeira oração, note que o substantivo “acesso” exigiu o complemento nominal “ao estudo”.

Na segunda oração, o adjetivo “obediente” exigiu o complemento nominal “às leis” .

Na terceira oração, o advérbio “longe” exigiu o complemento nominal “de você”.

Assim, podemos dizer que os nomes “acesso”, “obediente” e “longe” são nomes transitivos, os quais exigem o termo complemento nominal.

Mas tome cuidado, pois não é sempre que um substantivo é seguido de complemento nominal.

 

4) Listas de Regência Verbal e Nominal

Dando prosseguimento em nosso estudo de regência verbal e nominal, apresentarei a seguir duas listas: uma lista de regência nominal e outra lista de regência nominal. Use-as como material de consulta, retornando a esse artigo sempre que for necessário.

4.1) Lista de Regência Nominal

A regência nominal é bem variável, pois os nomes admitem muitas preposições, mas segue abaixo uma lista dos principais:

acostumado a, com curioso de
afável com, para desgostoso com, de
afeiçoado a, por desprezo a, de, por
aflito com, por devoção a, por, para, com
alheio a, de devoto a, de
ambicioso de dúvida em, sobre, acerca de
amizade a, por, com empenho de, em, por
amor a, por falta a, com, para
ansioso de, para, por imbuído de, em
apaixonado de, por imune a, de
apto a, para inclinação a, para, por
atencioso com, para incompatível com
aversão a, por junto a, de
ávido de, por preferível a
conforme a propenso a, para
constante de, em próximo a, de
constituído com, de, por respeito a, com, de, por, para
contemporâneo a, de situado a, em, entre
contente com, de, em, por último a, de, em
cruel com, para único a, em, entre, sobre

 

4.2) Lista de Regência Verbal

A transitividade é muito ampla e não se esgota naqueles verbos listados nas gramáticas tampouco aqui neste artigo, mas vemos que os concursos se baseiam nestes verbos mais comuns, os quais são listados a seguir.

Agora, vamos para uma lista de verbos que mais caem em concursos para depois treinarmos com questões:

a) Agradar: transitivo direto, com o sentido de “fazer agrado”, “fazer carinho”.

Ela agradou o filho.

Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “ser agradável”.

O assunto não agradou ao homem.

 

b) Ajudar, satisfazer, presidir, preceder: transitivos diretos ou indiretos, com a preposição a.

Satisfiz as exigências.                      ou                   Satisfiz às exigências.

 

 

c) Amar, estimar, abençoar, louvar, parabenizar, detestar, odiar, adorar, visitar: transitivos diretos.

Estimo o colega.                   Adoro meu filho.

 

 

d) Aspirar: transitivo direto quando significa “sorver”, “inspirar”, “levar o ar aos pulmões”: Aspiramos o ar frio da manhã.

Transitivo indireto, com a preposição a, quando significa “desejar”, “almejar”:

Ele aspira ao cargo.

 

e) Assistir: é transitivo direto no sentido de “dar assistência”, “amparar”.

O médico assistiu o paciente.

Mas também é aceito como transitivo indireto, com a preposição a, neste mesmo sentido: O médico assistiu ao paciente.

Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “ver”, “presenciar”.

Meu filho assistiu ao jogo.

Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “caber”, “competir”.

Esse direito assiste ao réu.

Intransitivo, com a preposição em, com o sentido de “morar”.

Seu tio assistia em um sítio. (o termo “em um sítio” é o adjunto adverbial de lugar)

Neste sentido, admite o pronome relativo “onde”: Este é o local onde assisto (onde moro).

 

f) Avisar, informar, prevenir, certificar, cientificar:

São normalmente transitivos diretos e indiretos, admitindo duas construções.

Avisei o gerente do problema.

Avisei-o do problema.

Avisei ao gerente o problema.

Avisei-lhe o problema.

Avisei o gerente de que havia um problema.

Avisei ao gerente que havia um problema.

Cuidado! Veja que tanto o objeto direto quanto o indireto podem ser expressos também por pronomes oblíquos átonos ou orações subordinadas substantivas.

 

g) Atender: é transitivo direto, podendo ser também transitivo indireto no sentido de dar atenção a, receber alguém, seguir, acatar:

Não costuma atender os meus conselhos.

O ministro atendeu os funcionários que o aguardavam.

Não atendeu à observação que lhe fizeram.

Transitivo indireto no sentido de responder, prestar auxílio a:

Os bombeiros atenderam a muitos chamados.

O médico atendeu aos afogados na praia.

 

h) Chegar: É intransitivo, no sentido de movimento a um destino, exigindo a preposição “a”. Com ideia de movimento de um lugar origem, usa-se a preposição “de”. Deve-se evitar a preposição “em”, muito usada na linguagem coloquial, mas não é admitida na norma culta.

 

Cheguei a Fortaleza.                                   Cheguei de Fortaleza.

Esse verbo admite o advérbio “aonde” ou a locução “para onde”, não admitindo apenas “onde”.

 

Note que, nas orações anteriores, os termos “a Fortaleza” e “de Fortaleza” são adjuntos adverbiais de lugar.

Transitivo indireto, quando transmite valor de limite:

Seu estudo chegou ao extremo do entendimento.

 

i) Chamar: é transitivo direto com o sentido de “convocar”.

Chamei-o aqui.

Transitivo direto ou indireto, indiferentemente, com o sentido de “qualificar”, “apelidar”; nesse caso, terá um predicativo do objeto (direto ou indireto), introduzido ou não pela preposição de.

                        Chamei-o louco.                               Chamei-o de louco.

                        Chamei-lhe louco.                            Chamei-lhe de louco. 

 

A palavra louco, nos dois primeiros exemplos, é predicativo do objeto direto; nos dois últimos, predicativo do objeto indireto.

 

j) Custar: é intransitivo, quando indica preço, valor.

Os óculos custaram oitocentos reais.

Obs.: adjunto adverbial de preço ou valor: oitocentos reais.

Transitivo indireto, com a preposição a, significando “ser custoso”, “ser difícil”; com esse sentido, normalmente estará seguido de um infinitivo:

Custou ao aluno entender a explicação do professor.

Obs: A expressão “entender a explicação do professor” é sujeito oracional e “ao aluno” é o objeto indireto. (Isso custou ao aluno)

 

k) Esquecer, lembrar, recordar: são transitivos diretos, sem os pronomes oblíquos átonos (me, te, se, nos, vos):

Ele esqueceu o livro.             Lembrou a situação.                  Recordou o fato.

Transitivos indiretos com pronomes oblíquos átonos, exigindo preposição de.

Ele se esqueceu do livro.     Lembrou-se da situação.    Recordou-se do fato.

 

No sentido figurado, há ainda a possibilidade de o sujeito do verbo “esquecer” não ser uma pessoa, mas uma coisa:

Esqueceram-me as palavras de elogio.

Esqueceu-se verificar o número da placa.

Essa mesma regência vale para “lembrar”, isto é, há na língua o registro de frases como “Não me lembrou esperá-la”, em que “lembrar” significa “vir à lembrança”. O sujeito de “lembrou” é “esperá-la”, ou seja, esse fato (o ato de esperá-la) não me veio à lembrança.

 

Os verbos Lembrar recordar também podem ser transitivos diretos e indiretos:

Lembrei ao aluno o dia do teste.

 

l) Implicar: é transitivo direto quando significa “pressupor”, “acarretar”.

Seu estudo implicará aprovação.

 

Transitivo direto e indireto, com a preposição em, quando significa “envolver”.

Implicaram o servidor no processo.

 

Transitivo indireto, com a preposição com, quando significa “demonstrar antipatia”, “perturbar”.

Sempre implicava com o vizinho.

 

m) Morar, residir, situar-se, estabelecer-se pedem adjuntos adverbiais com a preposição em, e não a:

Morava na Rua Onofre da Silva.

 

Cabe aqui observar que o vocábulo “onde” não pode receber preposição com este verbo. A estrutura “aonde moro” está errada gramaticalmente, o correto é: onde moro.

n) Namorar: transitivo direto:

Ela namorou aquele artista.

 

o) Obedecer e desobedecer: transitivos indiretos, com a preposição a.

Obedeço ao comando.                    Não desobedeçamos à lei.

 

p) Pedir, implorar, suplicar: transitivos diretos e indiretos, com a preposição (mais raramente, para):

Pediu ao dirigente uma solução.

Só admitem a preposição para quando existe a palavra licença (ou sinônimos), clara ou oculta.

            Ele pediu para sair. (ou seja: pediu licença para)

 

q) Perdoar e pagar: são transitivos diretos, se o complemento é coisa.

Perdoei o equívoco. Paguei o apartamento

Transitivos indiretos, com a preposição a, se o complemento é pessoa.

Perdoei ao amigo.    Paguei ao empregado.

Podem aparecer os dois complementos, sendo o verbo transitivo direto e indireto:

O Brasil pagou a dívida ao FMI.

O FMI perdoará a dívida aos países pobres.

Note que, se no último exemplo retirássemos a preposição “a” e inseríssemos a preposição de, o verbo passa a ser apenas transitivo direto e o termo preposicionado passa a ser o adjunto adnominal que caracteriza o núcleo deste termo. Veja:

O FMI perdoará a dívida dos países pobres.

Observação: “perdoará” é verbo transitivo direto, o termo “a dívida dos países pobres” é o objeto direto, cujo núcleo é “dívida” e “dos países pobres” é o adjunto adnominal.

 

r) Preferir: é transitivo direto: Prefiro biscoitos.

Transitivo direto e indireto, com a preposição aPrefiro vinho a leite.

Cuidado, pois o verbo “preferir” não aceita palavras ou expressões de intensidade, nem do que ou que. Assim, está errada a construção como “Prefiro mais vinho do que leite”.

 

s) Presidir: transitivo direto ou indireto:

O chefe presidiu a cerimônia.                    O chefe presidiu à cerimônia.

 

t) Querer: é transitivo direto, significando “desejar, ter intenção de, ordenar, fazer o favor de”:

Ele quer a verdade.

 

Transitivo indireto, significando “gostar, ter afeição a alguém ou a alguma coisa”. É normal o advérbio “bem” ficar subentendido ou explícito. Assim, é exigida a preposição a:

A mãe quer muito ao filho. (…quer bem ao filho)

 

u) Responder: é transitivo direto, em relação à própria resposta dada.

Responderam que estavam bem.

Transitivo indireto, em relação à coisa ou pessoa que recebe a resposta.

Respondi ao telegrama.

Às vezes, aparece como transitivo direto e indireto:

Respondemos aos parentes que iríamos.

 

v) Visar: é transitivo direto quando significa “pôr o visto”, “rubricar”:

Ela visou as folhas.

Transitivo direto quando significa “mirar”:

Visavam um ponto na parede.

Transitivo indireto, com a preposição a, quando significa “pretender”, “almejar”:

Visava à felicidade de todos.

 

Aqui não é aceito o pronome “lhe” como complemento, empregando-se, assim, as formas “a ele” e “a ela”.

Algumas gramáticas aceitam a regência deste verbo na acepção de “pretender, almejar” como verbo transitivo direto, quando logo após houver um verbo no infinitivo:

O programa visa facilitar o acesso ao ensino gratuito.”

 

Vejam, a seguir, um vídeo com questões comentadas de regência verbal e nominal.

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Então é isso por hoje, meus amigos! Regência verbal e nominal não será mais uma pedra no seu sapato!! 🙂

Um grande abraço!

Décio Terror

A origem do adjetivo “Descartável”: Uma jornada do jogo à sustentabilidade

Na sociedade contemporânea, o adjetivo “descartável” tornou-se comum, especialmente em debates sobre sustentabilidade e consumo.

Como substituir o copo descartável na empresa: dicas de ouro

Mas você já se perguntou de onde vem esse adjetivo tão presente no nosso dia a dia? Surpreendentemente, sua origem remonta ao mundo dos jogos de cartas.

O adjetivo "descartável" tem origem no substantivo "cartas"

A palavra “descartável” deriva do verbo “descartar”, que, por sua vez, tem suas raízes no substantivo “carta”. No jogo de cartas, descartar significa se desfazer de uma carta que não é útil para a estratégia do jogador. O verbo francês “écarter”, que significa “afastar” ou “rejeitar”, também influenciou a formação deste termo.

 

Com o tempo, o uso do termo evoluiu para além do contexto lúdico. “Descartar” passou a significar a ação de rejeitar ou remover algo considerado desnecessário ou sem valor em diversos contextos. Assim, o adjetivo “descartável” emergiu, inicialmente se referindo a objetos que eram usados uma única vez e depois descartados.

 

No século XX, a popularização de produtos descartáveis trouxe conveniência, mas também desafios ambientais significativos. Materiais como plástico e papel, amplamente usados em produtos descartáveis, contribuem para a poluição e os problemas de gestão de resíduos. A consciência crescente sobre esses impactos tem levado a uma reflexão sobre o uso e a produção de itens descartáveis.

 

O adjetivo “descartável”, embora simples em sua formação, carrega consigo uma história rica e uma relevância contemporânea significativa. De uma palavra usada em jogos de cartas a um termo que define um grande desafio ambiental, “descartável” reflete a evolução da linguagem, que neste caso foi do jogo à sustentabilidade.

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Grande abraço!

Professor Décio Terror

 

 

 

Regência nominal

A regência nominal é um aspecto fundamental da gramática portuguesa, que trata da relação de dependência entre substantivos, adjetivos ou advérbios e suas respectivas preposições.

O Que é Regência Nominal?

A regência nominal ocorre quando um nome (seja ele um substantivo, adjetivo ou advérbio) necessita de uma preposição específica para se relacionar com outro termo da oração. Essa relação é fixa e muitas vezes decorre do significado intrínseco do nome em questão.

Principais Nomes e Suas Preposições

Abaixo estão alguns dos exemplos mais comuns de regência nominal, com os nomes seguidos pelas preposições que comumente os acompanham:

Regência nominal

Confira as preposições relacionadas a alguns nomes:

 

Ab-rogação de:

A ab-rogação de leis antigas é necessária para a modernização do sistema jurídico.

Abstraído de, em:

Ele estava abstraído de suas obrigações habituais.

Ele estava abstraído em seus pensamentos, distante do mundo real.

Abundante de, em:

É uma área abundante de milho.

A selva é abundante em biodiversidade.

Abuso de, contra:

O abuso de poder é uma infração grave contra a ética profissional.

Há um abuso contra os direitos humanos naquela região.

Acareação de, com, entre:

A acareação das testemunhas foi decisiva.

A acareação com o suspeito trouxe novas evidências.

A acareação entre as testemunhas revelou a verdade do caso.

Acatado de, por, em:

As decisões do conselho são acatadas por todos na empresa.

O regulamento foi acatado em todas as filiais da empresa.

Acautelado contra:

É importante estar acautelado contra fraudes online.

Acessível a:

O novo museu é acessível a pessoas com mobilidade reduzida.

Acostumado a, com:

Estou acostumado com o clima quente da região.

Estou acostumado com a rotina agitada da cidade.

Adesão a:

Há uma crescente adesão à prática de exercícios físicos para a saúde.

Afável com, para com:

O professor é sempre afável com seus alunos.

Ele era sempre afável para com os convidados.

Aflito com, por:

Ele estava aflito com a notícia da doença do amigo.

Ele estava aflito por notícias da família.

Alheio a, de:

Muitas pessoas permanecem alheias às questões ambientais.

Mantenha-se alheio de fofocas e rumores.

Aliado a, com:

O país aliou-se a seus vizinhos para fortalecer a economia regional.

O país está aliado com nações vizinhas para promover o comércio.

Alusão a:

O autor faz alusão a obras clássicas em seu livro.

Ambicioso de:

Ele é ambicioso de sucesso e reconhecimento.

Análogo a:

Essa situação é análoga à que vivenciamos no passado.

Ansioso de, para, por:

Estava ansioso de encontrar uma solução.

Estou ansioso para o início das férias.

Estava ansioso por sua visita.

Aparentado com:

Ele é aparentado com uma família nobre.

Apologia de:

A apologia da violência é inaceitável em qualquer contexto.

Aproximação de, a, com, entre:

A aproximação de culturas diferentes é enriquecedora.

A aproximação à natureza traz benefícios para a saúde.

Há uma aproximação com novas tecnologias no ensino.

A aproximação entre as culturas é enriquecedora.

Apto a, para:

Ele está apto a assumir a liderança do projeto.

Ele está apto para a função que lhe foi designada.

Arguição a, de:

A arguição aos réus foi intensa.

A arguição dos alunos foi um momento de grande aprendizado.

Assíduo a, em:

Ele é assíduo aos treinos de futebol.

Ela é assídua em suas obrigações.

Atenção a, para:

Devemos prestar atenção à qualidade dos produtos que consumimos.

Ele chamou a atenção para o caso.

Atencioso (para) com

O médico é sempre atencioso com seus pacientes.

O atendente foi extremamente atencioso para com os clientes.

Atento a, em, para:

É preciso estar atento aos detalhes do contrato.

Estava atento no que poderia ganhar.

Está atento para o que pode acontecer.

Aversão a, por:

Tenho aversão a lugares muito movimentados.

Ele tem aversão por espaços fechados.

Ávido de, por:

O jovem é ávido de novas experiências.

Ela era ávida por conhecimento e aventuras.

 

Benéfico a:

Uma dieta balanceada é benéfica à saúde.

Benefício a:

O projeto trará benefícios à comunidade local.

Bom para:

Exercícios são bons para a saúde mental.

 

Capacidade de, para:

Ela tem capacidade de liderar grandes equipes.

A cisterna tem capacidade para 1.000 litros.

Capaz de, para:

É capaz de realizar tarefas complexas com facilidade.

A empresa é capaz para trabalhar com projetos.

Certeza de:

Tenho certeza de que fizemos a escolha certa.

Coerente com:

Seu argumento é coerente com os fatos apresentados.

Compatível com:

Este software é compatível com todos os sistemas operacionais.

Cuidadoso com:

Seja cuidadoso com suas palavras em situações delicadas.

Compaixão de, para com, por:

Ele tem compaixão dos pobres.

Sua compaixão para com os animais é admirável.

Mostrou grande compaixão pelos necessitados.

Compatível com:

Seu estilo de vida é compatível com suas crenças.

Concordância a, com, de, entre:

A concordância à proposta foi unânime.

Minhas ideias estão em concordância com as suas.

A concordância de opiniões é rara.

Existe uma concordância geral entre os especialistas sobre esse assunto.

Conforme a, com:

Eu quero uma sociedade mais conforme aos valores morais.

Suas ações são conformes com seus valores.

Constituído com, de, por:

O comitê é constituído com membros de diversas áreas.

O comitê é constituído de membros de diversas áreas.

A equipe foi constituída por profissionais qualificados.

Constante de, em:

Sua presença é constante de dedicação e esforço.

Ele é constante na luta por seus objetivos.

Contemporâneo de:

Picasso foi contemporâneo de Salvador Dalí.

Contente com, de, em, por:

Estou contente com os resultados do exame.

Estou contente de ter participado do evento.

Estava contente por ter ajudado.

Estou contente em ter me manifestado no momento oportuno.

Contíguo a:

O edifício é contíguo ao parque municipal.

Cruel (para) com, para, em:

É inadmissível ser cruel com animais.

É inadmissível ser cruel para com animais.

Eram cruéis para os que os amavam.

Era cruel no ajuizar.

Cuidadoso com:

Ela é muito cuidadosa com suas finanças pessoais.

Cúmplice de, em:

Eles são cúmplices dos crimes cometidos.

Ele foi cúmplice em um esquema de corrupção.

Curioso de:

Sou curioso de histórias sobre viagens.

 

Desacostumado a, com: Estou desacostumado com o clima frio.

Desatento a:

Foi desatento às instruções do professor.

Descontente com:

Ele está descontente com as mudanças na empresa.

Desejoso de:

Estou desejoso de novas oportunidades de carreira.

Desfavorável a:

O clima é desfavorável à prática de esportes ao ar livre.

Desgostoso com, de: Ela está desgostosa com a situação atual.

Desleal a:

Foi desleal aos princípios da equipe.

Desprezo a, de, por: Ele demonstrou desprezo pelas regras do jogo.

Desrespeito a:

O desrespeito ao meio ambiente é uma questão urgente.

Devoção a, por, para, com: Sua devoção à família é admirável.

Devoto a, de: Ele é devoto de São Francisco.

Diferente de:

Sua opinião é diferente da minha.

Dificuldade com, de, em, para: Tenho dificuldade para entender matemática avançada.

Digno de:

Seu esforço é digno de reconhecimento.

Discordância com, de, sobre: Há uma grande discordância sobre os métodos utilizados.

Disposição para:

Ele tem disposição para aprender coisas novas.

Dotado de:

O artista é dotado de um talento incrível.

Dúvida de, sobre, em, acerca de:

Tenho dúvidas de regência.

Tenho dúvida sobre a eficácia desse método.

Ele não teve dúvida em dizer não.

Há dúvidas acerca da veracidade dos fatos.

 

Empenho de, em, por: Seu empenho no trabalho é exemplar.

Escasso de:

A região é escassa de recursos hídricos.

Estranho a:

Ele se sente estranho a esses costumes.

Essencial para:

Água é essencial para a vida.

 

Facilidade de, em, para: Ele tem facilidade em aprender idiomas.

Falho de, em: O sistema é falho em segurança.

Farto de:

Estou farto de promessas vazias.

Favorável a:

O clima é favorável ao cultivo de uvas.

Fiel a:

Ela é fiel a seus princípios.

 

Grato a:

Sou grato aos meus pais por tudo.

 

Hábil em:

Ela é hábil em negociações.

Habituado a:

Estou habituado a levantar cedo.

Hostil a, contra, para com: O ambiente era hostil aos novos funcionários.

 

Imbuído de, em: O escritor estava imbuído de inspiração para sua nova obra.

Impossibilidade de, em: Há uma impossibilidade de conciliar os dois compromissos.

Impotente para, contra: Sentiu-se impotente para resolver o problema.

Impróprio para:

Este filme é impróprio para menores.

Imune a, de: Ela é imune a esse tipo de crítica.

Inábil para:

Ele é inábil para lidar com conflitos.

Inacessível a:

A trilha é inacessível a veículos.

Incapacidade/incapaz de, para: Ele demonstrou incapacidade de compreender o projeto.

Inclinação a, para, por: Há uma inclinação dos jovens pela música eletrônica.

Incompatível com:

Seu estilo de vida é incompatível com o meu.

Indeciso em:

Ele está indeciso em escolher uma carreira.

Indiferente a:

Muitos estão indiferentes às questões ambientais.

Indulgente com, para com: A professora é indulgente com os erros dos alunos.

Inerente a:

A incerteza é inerente à vida.

Inofensivo a, para: O produto é inofensivo para o meio ambiente.

Inútil para:

Esse objeto é inútil para mim agora.

Isento de:

O produto é isento de impostos.

Invasão de:

Houve uma invasão de privacidade nesse caso.

Junto a, de: A escola fica junto ao parque.

 

Leal a:

Ele sempre foi leal a seus amigos.

 

Maior de:

Ele é o maior de todos.

Medo de, a: Tenho medo de altura.

 

Natural de:

Sou natural de São Paulo.

Necessário a:

A vacinação é necessária à saúde pública.

Necessidade de: Há uma necessidade de mudanças sociais.

Nocivo a:

O cigarro é nocivo à saúde.

 

Ódio a ou contra: Ele sente ódio contra a injustiça.

Odioso a ou para: A atitude dele foi odiosa para todos.

 

Posterior a:

O evento será posterior à reunião.

Preferência a, por: Tenho preferência por chocolates amargos.

Preferível a:

É preferível caminhar a usar o carro para curtas distâncias.

Propenso a, para: Alguns são propensos a alergias.

Propício a:

O clima é propício à prática de esportes ao ar livre.

Próprio de, para: A timidez é própria de algumas pessoas.

Próximo a, de: Minha casa é próxima ao supermercado.

 

Receio de:

Tenho receio de falar em público.

Recurso da, contra a decisão: Foi feito um recurso contra a decisão do tribunal.

Relação a, com, de, por, para com: Mantemos uma boa relação com os vizinhos.

Relacionado com:

O tema está relacionado com a economia global.

Respeito a, com, de, por, para: Tenho grande respeito pelos meus professores.

 

Satisfeito com, de, em, por: Estou satisfeito com meu novo emprego.

Sensível a: Ele é sensível a mudanças climáticas.

 

Único a, em, entre, sobre: Ele é o único especialista em neurociência na região.

Útil a, para: Este guia é útil para turistas.

 

Vazio de:

O apartamento está vazio de móveis.

Versado em:

Ela é versada em literatura clássica.

Visível a:

O cometa era visível a olho nu.

 

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Terraplenagem ou Terraplanagem?

“Terraplenagem” e “terraplanagem” são palavras que apresentam o mesmo significado e referem-se ao conjunto de técnicas empregadas para modelar o terreno, geralmente em obras de engenharia civil.

Você já se deparou com a dúvida:

Terraplenagem ou Terraplanagem?

Terraplanar ou terraplenar?

Terraplena ou terrapleno

 

A Língua Portuguesa é rica em suas nuances, e uma questão que frequentemente gera dúvidas diz respeito à grafia dessas palavras.

No contexto da construção civil, as palavras “terraplenagem” e “terraplanagem” são frequentemente utilizadas, suscitando questionamentos sobre sua correta escrita.

Neste artigo, esclarecemos que ambas as formas são aceitas, representando uma variação gráfica que não exige a correção do termo.

 

Entendendo a variação gráfica:

“Terraplenagem” e “terraplanagem” são palavras que apresentam o mesmo significado e referem-se ao conjunto de técnicas empregadas para modelar o terreno, geralmente em obras de engenharia civil.

A variação gráfica dessas palavras não altera o seu significado, sendo, portanto, uma questão de preferência no momento da escrita.

 

Aceitação na Língua Portuguesa:

Ambas as formas são corretas e aceitas nos mais respeitáveis ​​dicionários da Língua Portuguesa e no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP). Há apenas variação gráfica.

 

Uso comum nos meios técnicos:

Profissionais da área e especialistas em construção civil frequentemente utilizam ambas as formas indistintamente.

Assim, a escolha entre “terraplenagem” e “terraplanagem” é apenas de uma preferência pessoal.

 

Qual a origem das palavras “terraplanagem” e “terraplenagem”?

Segundo o Dicionário Aurélio, as palavras “terraplanagem” e “terraplenagem” têm mesma origem (do italiano terrapieno). Ocorre apenas a variação gráfica e é acrescentado o sufixo “-agem”.

Ambas as palavras estão relacionadas às práticas de modificação do terreno, com o objetivo de adequá-lo a determinados usos, como construção de estradas, edificações, entre outros.

 

Definindo:

Consultando os mais respeitáveis dicionários, observa-se o significado das palavras abaixo:

Terraplenagem ou Terraplanagem: S.F.: processo de nivelamento e ajuste do terreno, muitas vezes envolvendo movimentação de terra para criar uma superfície mais plana e adequada para a construção.

Terraplanar ou terraplenar: V.T.D: executar a terraplenagem (variação: terraplanagem).

Terraplena ou terrapleno: S.F.: terreno resultante da terraplanagem. Terreno aplainado.

 

Conclusão:

Em resumo, a dúvida entre “terraplenagem” e “terraplanagem” é uma questão de variação gráfica e não representa um erro gráfico.

Ambas as formas são corretas, amplamente aceitas e utilizadas em meios técnicos. A escolha entre elas fica à escolha do redator, que pode optar por considerar mais adequado à sua preferência pessoal.

Portanto, ao redigir textos relacionados à engenharia civil, fique à vontade para utilizar “terraplenagem” ou “terraplanagem” conforme sua conveniência.

 

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Semana Nacional de Redação – Material

16/10 – Aula 1

Material: Baixe aqui!

https://www.youtube.com/watch?v=d58TVYQjCgs

 

 

17/10 – Aula 2

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18/10 – Aula 3

Vícios de linguagem cobrados pela banca FGV: Pleonasmo e ambiguidade

Neste artigo vamos observar como os vícios de linguagem são cobrados pela banca FGV.

Primeiramente, vamos entender o que são os vícios de linguagem.

Conceito de vícios de linguagem

Vícios de linguagem são erros recorrentes ou inadequações na forma de se expressar por meio da linguagem.

Esses vícios podem ocorrer tanto na escrita quanto na fala e são considerados desvios das normas gramaticais e estilísticas que podem comprometer a clareza, a precisão e a correção da comunicação.

Os vícios de linguagem podem ser causados ​​pela falta de conhecimento das regras gramaticais, descuido na revisão do texto, influência de formas regionais de seleção, entre outros fatores.

Alguns exemplos de vícios de linguagem incluem cacofonia, ambiguidade, pleonasmo vicioso, solecismo, coloquialismo inadequado e uso inadequado de estrangeirsmos.

Mas nosso foco neste artigo são os vícios de linguagem cobrados pela banca FGV.

A banca normalmente cobra os seguintes:

Pleonasmo vicioso (redundância)

O pleonasmo vicioso é o uso desnecessário e redundante de palavras que não acrescentam nenhum valor adicional ao sentido já expresso no contexto, repetindo informações já contidas na frase.

Um exemplo de pleonasmo vicioso:

“Subir para cima”. Nesse caso, a expressão “para cima” é redundante, pois o verbo “subir” já indica a ideia de movimento na direção orientada à gravidade.

O pleonasmo vicioso pode ocorrer por diversos motivos, como hábitos linguísticos regionais, busca por ênfase exagerada, desconhecimento das regras gramaticais ou influência de construções coloquiais. Ele deve ser evitado em textos informativos, pois eles exigem a clareza e a elegância da comunicação.

Ambiguidade

Ambiguidade é uma situação linguística em que uma frase, expressão ou estrutura gramatical podem ser interpretadas de diferentes maneiras, resultando em mais de um significado possível.

Essa falta de clareza na interpretação pode gerar confusão e dificultar a compreensão do contexto.

Veja uxemplo de ambiguidade:

“Vi o homem com o telescópio.”

Nesse exemplo, a ambiguidade ocorre devido à falta de clareza sobre quem está usando o telescópio. Pode-se interpretar a frase de duas maneiras distintas:

  1. “Vi o homem que estava usando o telescópio.” (O homem estava usando o telescópio.)
  2. “Vi o homem através do telescópio.” (O observador estava usando o telescópio para enxergar o homem.)

A ausência de informações suficientes para determinar a interpretação correta torna essa frase ambígua, pois não é claro se o telescópio estava sendo usado pelo homem ou pelo observador.

Aula gratuita

Material da aula

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Verbos Causativos e Sensitivos

Verbos Causativos e Sensitivos: Compreendendo suas Funções e Uso

Os verbos causativos e sensitivos são estruturas linguísticas que desempenham papéis importantes na comunicação, permitindo expressar ação, influência ou sensação.
No mundo dos concursos públicos, dominar a língua portuguesa é essencial para obter um bom desempenho nas provas. Dentre os diversos aspectos gramaticais, os verbos causativos e sensítivos merecem destaque. Neste artigo, vamos explicar de forma didática o que são esses verbos e como sua compreensão pode ser um diferencial na hora de enfrentar os desafios linguísticos nas avaliações.

 

Verbos Causativos:

Os verbos causativos são aqueles que expressam a ideia de causar ou provocar uma ação em outra pessoa ou coisa. Eles indicam que alguém ou algo é responsável por fazer com que algo aconteça. Podem transmitir a noção de obrigatoriedade, permissão ou capacidade de fazer algo acontecer.

Exemplos de verbos causativos incluem: fazer, deixar, obrigar, permitir, induzir, convencer, entre outros.

Vejamos alguns exemplos de como esses verbos são utilizados:

  • Ele fez o trabalho de casa.
  • A professora deixou os alunos saírem mais cedo.
  • O pai obrigou o filho a estudar.
  • Ela permitiu que eu usasse seu carro.
  • O treinador induziu a equipe a se esforçar mais.

Observe que, nos exemplos acima, os verbos causativos indicam uma influência externa sobre a ação, seja por meio de uma ordem, autorização, persuasão ou imposição. Eles transferem a responsabilidade de uma ação para outra pessoa ou objeto.

 

Verbos Sensitivos:


Os verbos sensitivos, por sua vez, expressam sensações, percepções ou estados mentais de uma pessoa em relação a algo ou alguém. Eles envolvem a capacidade de perceber, sentir, experimentar ou julgar algo através dos sentidos ou do pensamento.

Exemplos de verbos sensitivos incluem: ver, ouvir, sentir, notar, perceber, imaginar, pensar, entre outros.

 

Vamos conferir alguns exemplos de como esses verbos são usados:

  • Ele viu um pássaro no jardim.
  • Ela ouviu uma música bonita.
  • Sentimos o cheiro de comida deliciosa.
  • Notei que você estava triste.
  • Imagino que ela vá se sair bem na prova.

Nos exemplos acima, os verbos sensitivos transmitem a capacidade de perceber ou experimentar algo através dos sentidos ou do pensamento. Eles são responsáveis por expressar sensações, observações, percepções ou até mesmo suposições.

 

Uso e Considerações Finais:

 

Tanto os verbos causativos quanto os sensitivos são utilizados para transmitir informações mais detalhadas e precisas em um texto ou discurso. Eles contribuem para a criação de significados mais completos e enriquecem a comunicação.

É importante ter em mente que o uso correto desses verbos depende do contexto e da intenção do falante. É necessário compreender o significado de cada verbo e como ele se relaciona com as demais palavras da frase.

Ao utilizar verbos causativos e sensitivos, é essencial prestar atenção às regras gramaticais, como conjugação verbal, concordância e colocação pronominal. Esses aspectos garantem a clareza e a precisão da mensagem transmitida.

Em suma, os verbos causativos e sensitivos desempenham papéis fundamentais na comunicação, permitindo expressar ação, influência, sensação e percepção. Compreender sua função e uso adequado contribui para uma melhor expressão verbal e escrita, enriquecendo a linguagem e tornando a comunicação mais efetiva e precisa.

 

No mundo dos concursos públicos, dominar a língua portuguesa é essencial para obter um bom desempenho nas provas. Dentre os diversos aspectos gramaticais, os verbos causativos e sensíveis merecem destaque.

 

Neste vídeo falamos mais sobre assunto, confira aqui:

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Nomes dos sons de animais – Vozes dos animais

A língua portuguesa possui uma vasta lista de palavras para descrever os sons emitidos pelos animais, conhecidos como vozes dos animais.

Entre os mamíferos, temos o “latido” dos cachorros, o “ronco” dos porcos, o “miado” dos gatos, o “rugido” dos leões, o “chamado” dos macacos, o “mugido” das vacas, o “grunhido” dos ursos, entre outros. Cada espécie animal possui um som característico que pode ser descrito com uma palavra específica.

As aves também possuem sons marcantes, como o “canto” dos canários, o “cacarejo” das galinhas, o “grasnado” dos gansos e o “trinado” dos bem-te-vis. Os répteis, como as cobras e os crocodilos, emitem sons como o “chiado” e o “rugido”, respectivamente.

No mundo aquático, as baleias são conhecidas por seu “canto”, que é utilizado para se comunicar com outros membros da espécie. Já os golfinhos emitem um “grito” característico e as focas produzem um “ronco” peculiar. Até mesmo os peixes-boi possuem um “chiado” específico.

Os insetos, como as cigarras e os grilos, também possuem sons característicos. A cigarra emite um “canto” estridente e o grilo produz um “chirp” repetitivo e ritmado.

Em resumo, conhecer os nomes para designar os sons emitidos pelos animais é uma informação importante para quem busca elevar o nível do seu vocabulário.

Esses termos podem ser cobrados em provas de português, como aconteceu no concurso 2023 BANESTES – Banco do estado do Espirito Santo, na prova de nível médio para o cargo técnico bancário, banca FGV. 

Veja abaixo a questão:

Um aluno do ensino fundamental decidiu dar voz aos animais que estavam presentes em sua redação.

Assinale a opção em que o verbo utilizado está adequado ao nome do animal:

(A) a galinha balia.
(B) o peru bramia.
(C) o lobo uivava.
(D) a vaca rosnava.
(E) o cavalo silvava.

Resposta: Letra C

Animal Som do animal
Abelha zumbir, zunir, zoar
Abutre crocitar, grasnar, gritar
Águia grasnar, crocitar, piar
Andorinha grinfar, chilrear, gorjear
Anta assobiar
Arara palrar, grasnar, taramelar
Avestruz grasnar, roncar, rugir
Baleia bufar
Beija-flor arrulhar, trissar, gavear
Bem-te-vi cantar, estridular, assobiar
Besouro zoar, zumbir, zunir
Bezerro berrar, mugir
Bode bodejar, balar, balir
Boi / vaca mugir, berrar, bufar
Búfalo bramar, berrar, mugir
Burro zurrar, relinchar, ornejar
Cabra balar, balir, berregar
Cabrito balar, balir, berregar
Cachorro latir, rosnar, ganir
Camelo blaterar, roncar
Camundongo chiar, guinchar
Canário cantar, dobrar, trinar
Capivara assobiar
Carneiro balar, balir, berrar
Cavalo relinchar, rinchar, bufar
Cegonha glotorar, gritar, grasnar
Chacal regougar, latir, uivar
Cigarra cigarrear, cantar, ciciar
Cisne arensar, cantar
Cobra sibilar, silvar, chocalhar
Codorna piar, trilar, cantar
Coelho chiar, guinchar
Condor crocitar
Cordeiro balar, balir, berrar
Coruja corujar, chirriar, piar
Corvo corvejar, crocitar, grasnar
Crocodilo bramir, rugir, chorar
Cuco cucar, cucular, piar
Cutia gargalhar, bufar
Doninha chiar, guinchar
Dromedário blaterar
Elefante barrir, bramir, berrar
Ema grasnar, roncar, gemer
Falcão crocitar, piar, gritar
Gafanhoto chirriar, ziziar, estrilar
Gaivota grasnar, crocitar, chiar
Galinha cacarejar, piar, carcarear
Galinha-d’angola fraquejar
Galo cantar, cocoricar, clarinar
Gambá chiar, guinchar, regougar
Ganso grasnar, gracitar
Garça gazear, chilrear, grasnar
Gato miar, ronronar, resbunar
Gavião guinchar, crocitar, atitar
Girafa assobiar, relinchar, chorar
Gralha gralhar, grasnar, crocitar
Grilo cantar, chirriar, estridular
Hiena gargalhar, rir, uivar
Hipopótamo grunhir, roncar, soprar
Inseto zumbir, chiar, estridular
Jacaré bramir, rugir, chorar
Jaguar bramar, rugir, esturrar
Javali grunhir, roncar, rosnar
Jumento zurrar, ornejar, rebusnar
Lagarto gecar, farfalhar, bramir
Leão rugir urrar, bramar
Lebre assobiar, guinchar, berrar
Leitão grunhir, bacorejar, guinchar
Leopardo rugir urrar, bramar
Lobo uivar, ulular, ladrar
Lontra assobiar, chiar, guinchar
Macaco guinchar, gritar, assobiar
Marreco grasnar, gracitar
Melro assobiar, cantar
Mocho piar, chirriar
Morcego farfalhar, trissar
Mosca zoar, zumbir, zunir
Mosquito zoar, zumbir, zunir
Mula zurrar, relinchar, ornejar
Onça bramar, rugir, esturrar
Ovelha balar, balir, berrar
Pantera rosnar, rugir, roncar
Papagaio parlar, charlar, taramelar
Pardal chilrear, piar, pipilar
Passarinho chilrear, cantar, trinar
Pato grasnar, gracitar
Pavão pupilar, piar
Peixe roncar
Pelicano grasnar, gracitar
Periquito palrar, chalrear
Pernilongo zumbir, zunzunar, cantar
Peru grugulejar, gorgolejar
Pica-pau estridular
Pinto piar, pipilar, pipiar
Pombo arrulhar, arrolar
Porco grunhir, guinchar, roncar
coaxar, grasnar, rouquejar
Raposa regougar, uivar, roncar
Rato chiar, guinchar
Rinoceronte bramir, grunhir, bufar
Rola arrolar, arrulhar, gemer
Rouxinol cantar, gorjear, trinar
Sabiá cantar, gorjear, trinar
Sapo coaxar, grasnar, rouquejar
Serpente sibilar, silvar, chocalhar
Tigre bramir, bramar, rugir
Toupeira chiar
Touro mugir, bufar, urrar
Tucano chalrear, gorjear
Urso bramar, bramir, rugir
Urubu crocitar, corvejar, grasnar
Vaca / boi mugir, berrar
Veado bramar, berrar, rebramar
Vespa zumbir, zunir, zoar
Zebra zurrar, relinchar, rinchar

 

Confira aqui, outras questões comentadas da banca FGV:

 

 

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Entendendo o que é semântica

Semântica: Entenda como essa disciplina pode ser decisiva para sua aprovação!

Se você quer se destacar na prova de Português, precisa ter conhecimento de semântica. Mas afinal, o que é semântica?

Semântica é o estudo do significado das palavras, das frases e dos textos em um determinado contexto.

A semântica pode ser decisiva em concursos que cobram questões sobre interpretação de texto e gramática, já que ela permite compreender o real sentido das palavras e, consequentemente, identificar possíveis erros ou ambiguidades em uma frase.

Um exemplo de questão que pode ser resolvida com base na semântica é:

“O menino entregou a carta para a moça que estava no banco”.

Nesse caso, a palavra “que” pode gerar ambiguidade, já que não fica claro se o menino entregou a carta para a moça que estava no banco ou para a moça que estava no banco entregar a carta para outra pessoa. Ao utilizar a semântica, é possível identificar que o correto seria “O menino entregou a carta à moça que estava no banco”.

Além disso, a semântica também é importante para compreender palavras com múltiplos significados, como “bola”, que pode significar um objeto redondo utilizado em jogos ou também uma festa em que as pessoas dançam com acompanhantes.

Para entender melhor o conceito de semântica, vamos dar alguns exemplos práticos:

  • Homônimos: São palavras que possuem a mesma pronúncia, mas significados diferentes. Por exemplo, “manga” pode ser uma fruta ou uma peça de roupa. Já “cesta” pode ser um objeto para carregar coisas ou uma pontuação no basquete.
  • Sinônimos e antônimos: Sinônimos são palavras que têm o mesmo significado, como “alegre” e “feliz”. Já antônimos são palavras que têm significados opostos, como “amor” e “ódio” ou “grande” e “pequeno”.
  • Denotativo e conotativo: O significado denotativo é o significado literal de uma palavra. Já o significado conotativo é o significado atribuído culturalmente ou por contexto. Por exemplo, a palavra “rosa” denota uma flor, mas pode ter um significado conotativo de amor, paixão ou beleza.

 

Por fim, é importante lembrar que a semântica não se limita apenas à gramática e interpretação de texto. Ela também está presente em outras áreas, como a linguística e a psicologia, e pode ser utilizada para compreender as diferentes formas de comunicação e expressão em nosso dia a dia.

A semântica é uma área fundamental da linguística e da comunicação humana. Ela nos ajuda a entender como os significados das palavras e das frases são construídos e interpretados, garantindo uma comunicação efetiva e clara.

Estudar semântica pode ser fundamental para sua aprovação em um concurso público, já que essa disciplina pode ser decisiva para a resolução de questões de interpretação de texto e gramática. Não deixe de dedicar um tempo aos estudos e compreender as nuances do significado das palavras.

Separamos alguns vídeos que podem te ajudar neste tema:

 

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hiperônimo, hipônimo, merônimo, holônimo

Saiba a diferença entre hiperônimo, hipônimo, merônimo, holônimo e sua aplicação na linguagem.

 

Você sabe a diferença entre hiperônimo, hipônimo, merônimo, holônimo?

 

hiperônimo: palavra constituída do prefixo grego “hiper-”, que significa maior, geral.

hipônimo: palavra constituída do prefixo grego “hipo-”, que significa menor, específico.

holônimos: palavra constituída do radical grego “-holos-”, que significa completo, inteiro, total.

merônimos: palavra constituída do radical grego “-meros-”, que significa parte, porção.

 

Está parecendo que é tudo a mesma coisa, não é mesmo? Então vamos observar cada dupla de palavras para você entender direitinho.

 

Hiperônimo é palavra de sentido geral, mais abrangente. Já hipônimo é palavra de sentido mais específico. Assim, um hipônimo é um tipo, uma classe de um hiperônimo.

 

Vamos tomar como base a palavra fruta.

 

São vários os tipos de fruta, como laranja, abacate, maçã, limão. Assim, a palavra “fruta” tem valor mais abrangente (hiperônimo), e “laranja”, “abacate”, “maçã”, “limão” têm valor mais específico, por isso são hipônimos.

 

Da mesma forma, são vários os tipos de “verdura” (hiperônimo), como “alface”, “couve”, “espinafre”, “cebolinha” (hipônimos).

 

Dessa forma, entendemos que hipônimo é palavra de valor específico, menos abrangente, do que o hiperônimo.

 

Agora, vamos entender holônimo e merônimo:

 

Palavras merônimas são partes constituintes de uma palavra holônima.

 

Vamos nos basear na palavra “casa”. Dentro de uma casa, há quarto, sala, banheiro.

 

Assim, entendemos que quarto, sala, banheiro são elementos constituintes de uma casa. São partes de um todo. Com isso, as palavras quarto, sala, banheiro são merônimos, partes menores de um todo.

 

Vamos partir de outra palavra: fruta

 

Como vimos anteriormente, se falamos os tipos de fruta, como maçã, laranja, banana, goiaba, tais palavras são hipônimos e fruta é o hiperônimo.

 

Porém, se falamos as partes da fruta, como semente, casca, polpa, essas são partes constituintes de uma fruta, por isso são merônimos e fruta é holônimo.

 

Percebeu a diferença?

 

hiperônimo: fruta

hipônimos: maçã, laranja, banana, goiaba

holônimo: fruta

merônimos: semente, casca, polpa

 

hiperônimo: casa

hipônimos: casinha, casebre, mansão, barraco

holônimo: casa

merônimos: quarto, sala, cozinha, banheiro

 

Portanto, hipônimo tem sentido mais específico e é um tipo, uma classe em relação a uma palavra de valor mais abrangente: hiperônimo.

 

merônimo é parte constituinte de um holônimo.

 

Como isso é usado na linguagem?

 

Para evitar a repetição desnecessária de palavra, pode-se empregar os pares hiperônimo, hipônimo ou holônimo, merônimo.

 

Cuidado com o sentido das palavras. Veja a relação “escola” e “sala de aula” abaixo:

 

A escola é o lugar de aprendizagem. Não se evolui cognitivamente, se o aluno não estiver na sala de aula com acesso a livros, a professores, a interação com os outros.

 

A expressão “sala de aula” é merônimo, porque é parte da “escola”, seu holônimo. Veja: sala de aula não é um tipo de escola, por isso não é hipônimo. Ela é parte constituinte da escola, por isso é merônimo.

 

Veja outro exemplo com as palavras “casa” e “teto”:

 

Minha casa é pequenina, não tem jardim, mas é meu teto.

 

A palavra “teto” é merônimo, por ser parte de “casa”, seu holônimo.

 

Agora, vamos ver a aplicação dos hiperônimos e hipônimos:

 

Muitos comem maçã, porque dizem que é bom para a voz. Mas eu gosto da fruta mesmo porque é saborosa.

 

Note que “maçã” é um tipo de fruta, não é parte da fruta. Por isso, maçã é hipônimo de fruta.

 

Vejamos a palavra “sargento”.

 

O sargento percebeu que o problema se aprofundou. Por isso, o militar reagiu rapidamente a fim de conter a situação.

 

O substantivo militar tem caráter abrangente, pois sargento é uma patente de militar, como ocorre com soldado, cabo, subtenente, tenente, capitão, major, coronel.

 

Assim, militar é hiperônimo e sargento é hipônimo.

 

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Quais são os Valores da Palavra Como

Neste artigo, vamos falar sobre os valores da palavra como.

 

Você pode assistir a toda a explicação no vídeo abaixo:

Baixe aqui o material com as questões:

Valores da palavra como

 

 

Advérbio de intensidade:

Será advérbio de intensidade o vocábulo “como”, quando modificar verbo, adjetivo ou outro advérbio e puder ser substituído por “muito”, “bastante”, “demais”:

  Como você fala!

  Caramba! Como estou feliz!

 

Advérbio de modo:

Será advérbio de modo o vocábulo “como”, quando modificar verbo, adjetivo ou outro advérbio e transmitir o modo como algo ocorre:

  Como ele conseguiu vencer?

  Precisamos entender como eles trabalham.

 

 Expressão correlativa de adição:

As expressões correlativas de adição transmitem inclusão e o vocábulo “como” estará sempre com outro vocábulo, como “tanto…como”, “não só…como também”, “bem como”:

  Tanto a moça como o rapaz foram selecionados.

  Tanto estuda como trabalha.

  Não só a moça como o rapaz foram selecionados.

  Não só estuda como trabalha.

 

Pronome relativo:

Será pronome relativo o vocábulo “como” quando precedido da palavra “modo”, “maneira”, “jeito”:

  O modo como ela falou surpreendeu a todos.

 

Palavra denotativa de explicação ou exemplificação:

Será palavra denotativa de explicação ou exemplificação a palavra “como” quando equivaler às expressões a saber, isto é, por exemplo:

  Certas frutas como limão e laranja são ácidas.

 

Preposição acidental:

A palavra “como” será preposição acidental quando equivaler a “na qualidade de”, “na condição de”:

É tido como muito inteligente.

Como representante da turma, peço silêncio.

Discursou como presidente de turma.

 

Conjunção subordinada causal:

A palavra “como” será conjunção causal quando puder ser substituída por “já que”:

  Como estava doente, ficou em casa.

  Já que estava doente, ficou em casa.

  Ela disse que, como estava doente, ficaria em casa.

  Ela disse que, já que estava doente, ficaria em casa.

 Conjunção subordinada conformativa:

A palavra “como” terá valor de conformidade quando fizer subentender a expressão “de acordo com” ou puder ser substituída pela conjunção “conforme”

  Como fora combinado, o encontro será amanhã.

 

 Conjunção subordinada comparativa:

A palavra “como” terá valor de comparação quando fizer subentender o predicado ou a expressão “da mesma forma como”:

  Ele come como uma draga!

Isto é, ele come como uma draga come.

Isto é, ele come da mesma forma como uma draga come.

 

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Diferença entre causa e explicação em 5 dicas

Diferença sintática entre causa e explicação em 5 dicas

 

Sabemos que nem sempre será fácil diferenciar causa de explicação e, cá pra nós, muitas vezes cabem os dois valores mesmo!

Há situações em que a linha entre os dois é tão tênue que não se distinguem.

Mas há situações em que os dois valores não se confundem e nesses você não pode vacilar. São justamente esses que caem em prova!

 

Quando trabalhamos as orações coordenadas explicativas e subordinadas causais, vemos que normalmente as bancas cobram o elementar, por exemplo, se há uma oração iniciada pela conjunção “porque”, a banca deixa nas alternativas causa ou explicação, evitando inserir os dois valores nas alternativas.

 

Mas a gente sabe que banca está aí para dificultar a vida do concurseiro, por isso vou mostrar abaixo, em 5 dicas, a diferença entre causa e explicação:

Você também pode ver esse conteúdo na minha aula específica da diferença entre causa e explicação no vídeo abaixo:

 

 

Dica 1:

 

A explicação ameniza uma ordem anterior ou necessidade, obrigação:

Estudem, pois o dia da prova está próximo.

Devemos estudar, pois o dia da prova está próximo.

É importante estudar, pois o dia da prova está próximo.

Precisamos estudar, pois o dia da prova está próximo.

 

Assim, após um imperativo “Estudem”, é natural inserirmos uma oração coordenada explicativa para amenizar essa ordem, soando agora como motivação, conselho!

Isso se estende também a qualquer processo verbal que transmita a ideia de obrigação, necessidade, dever, como se nota no segundo, terceiro e quarto períodos acima.

 

Esta é uma dica elementar. Se na prova houver a construção acima, só cabe explicação e você já mata a questão.

 

Dica 2:

 

A explicação esclarece um entendimento, uma hipótese, uma opinião anterior. Além disso, sempre se posiciona após outra oração:

Deve ter chovido, pois as ruas estão alagadas.

 

A oração coordenada explicativa sempre se posiciona após a outra oração. Tal oração nunca se antecipa como ocorre com as subordinadas adverbiais. Assim, numa construção que gere dúvida, percebendo que a oração com conectivos, como “porque”, “pois”, “porquanto”, está antecipada, já sabe que é adverbial causal.

Dica 3:

 

A explicação pode não ser iniciada com conjunção e assim ser separada por vírgula, dois-pontos, travessão ou ponto final:

Entendo que a transferência de renda dignifica o necessitado, põe comida na mesa.

Entendo que a transferência de renda dignifica o necessitado: põe comida na mesa.

Entendo que a transferência de renda dignifica o necessitado – põe comida na mesa.

Entendo que a transferência de renda dignifica o necessitado. Põe comida na mesa.

 

Como a explicação vista aqui é coordenativa, é natural que ela possa ser assindética, isto é, sem conjunção. Sendo assim, tal oração pode ser precedida de vírgula, dois-pontos, travessão e ponto final. É a chamada pontuação expressiva.

 

Dica 4:

A causa ocorre temporalmente antes da outra oração:

 

Aquele candidato passou em primeiro lugar, porque estudou muito.

 

A causa é a origem dee um fato. Assim, ela ocorre temporalmente antes.

No exemplo acima, note que, primeiramente, a pessoa estuda. Esse estudo leva à aprovação, que é a consequência.

 

Dica 5:

 

A causa pode ser deslocada para antes da outra oração:

 

Já que voltou a exportar consideravelmente, o Brasil melhorou seu desempenho.

 

Vimos anteriormente que a oração coordenada explicativa não pode se antecipar. Já a adverbial causal sim.

 

Bom, agora que vimos os aspectos principais, é hora de você praticar comigo!

Vou deixar as questões abaixo e você confere no vídeo abaixo a resolução das questões ok?

 

1. (Unesc / Prefeitura de Criciúma – SC Auxiliar em Farmácia 2023)

A atividade física é importante ‘porque não há tratamento curativo para a neurodegeneração’.

A expressão em destaque trata-se de uma oração:

A) Coordenada assindética.

B) Coordenada sindética explicativa.

C) Coordenada sindética conclusiva.

D) Subordinada adjetiva restritiva.

E) Subordinada adverbial temporal.

Gabarito: B

 

2. (Prefeitura de Fortaleza – CE  Professor 2023)

A gramática tradicional sentencia que o elo semântico interoracional da explicação se estabelece por meio da coordenação, entretanto há exemplos em que a explicação e a causa, a qual ocorre, em nível interoracional, pela subordinação, situam-se em pontos limítrofes. Assinale o período em que tal condição limítrofe está contida.

A) Prefira as verdades amargas às mentiras doces, porque estas simulam a realidade.

B) O mundo há de ser um lugar de paz, porque a guerra destruirá a humanidade.

C) Não se devem comprar pessoas, porque tal produto sempre está estragado.

D) Os homens são imperfeitos, porque a perfeição não existe.

Gabarito: D

 

3. (IBADE / TJ-RS Oficial de Justiça Estadual 2022)

Um político francês declarou o seguinte: “Eu respeito o direito de as mulheres terem sua profissão, mas acho que a profissão de mãe de família deve ser remunerada, é uma missão de saúde pública”.

A última oração desse pequeno texto – é uma missão de saúde pública – traz a ideia de uma:

A) hipótese.

B) causa.

C) consequência.

D) finalidade.

E) explicação.

Gabarito: E

 

4. (Consulplan / Câmara de Unaí-MG Consultor Legislativo 2022)

“Percebe-se que o conceito de cidadania está em permanente construção, pois a humanidade se encontra sempre em luta por mais direitos, maior liberdade e melhores garantias individuais e coletivas.” (6º§)

Considerando as relações sintáticas do período anterior, pode-se afirmar que integra sua composição:

A) Oração coordenada conclusiva.

B) Oração coordenada explicativa.

C) Oração subordinada conclusiva.

D) Oração subordinada adverbial causal.

Gabarito: B

 

5. (Aeronáutica / EEAR Sargento 2020)

Assinale a alternativa que apresenta em destaque oração coordenada explicativa.

A) “Gato que brincas na rua/ Como se fosse na cama,/ Invejo a sorte que é tua/ Porque nem sorte se chama.” (Fernando Pessoa)

B) “Fui por ali dentro, sem arder, porque as almas são incombustíveis.” (Machado de Assis)

C) “Ema experimentava uma sensação de vingança. Pois não sofrera já bastante? (Gustave Flaubert)

D) “―— A bênção não senhor, que eu nunca mais lhe tomo a bênção.” (Rachel de Queiroz)

Gabarito: D

 

6. (CEBRASPE / PO-AL Auxiliar de Perícia 2023)

Fragmento do texto: Com efeito, o tom geral daqueles que defendem essas exposições apela para a utilidade educativa de se usarem corpos humanos reais, dissecados e modelados, em posições didáticas, pois essa técnica possibilita o acesso a “espécimes” cuja riqueza de detalhes e de informações era antes acessível apenas aos anatomistas.

Estariam mantidas a coerência e a correção gramatical do texto se, no último período do texto, a conjunção “pois” fosse suprimida e, em seguida, a vírgula empregada após “didáticas” fosse substituída por dois-pontos.

Gabarito: C

 

 

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Professor Décio Terror