Parônimos e Homônimos: Descubra as Diferenças e Exemplos para Nunca Mais Errar!

Parônimos e Homônimos: Descubra as Diferenças e Exemplos para Nunca Mais Errar!

Baixe abaixo um extrato da aula gratuita de Parônimos e Homônimos da banca FGV!

Os parônimos e homônimos são dois dos temas mais fascinantes e desafiadores da língua portuguesa. Saber diferenciá-los é essencial não apenas para concursos públicos, mas também para a comunicação escrita e oral no dia a dia. Neste artigo, vamos explorar em detalhes o que são, como identificá-los e os principais exemplos de cada categoria.

Baixe abaixo uma lista dos principais parônimos e homônimos!

O que são Parônimos?

Parônimos são palavras que possuem grafia e/ou pronúncia parecidas, mas com significados diferentes. Essa semelhança pode causar confusões na escrita e na fala. Para memorizar, lembre-se de que parônimos são nomes “parecidos”.

Exemplos de Parônimos:

  • Descrição (ato de descrever) x Discrição (qualidade de ser discreto):
    • A descrição do evento foi precisa.
    • A discrição é uma virtude admirada.
  • Infligir (aplicar, impor) x Infringir (violar, transgredir):
    • O juiz decidiu infligir uma multa severa.
    • Ele foi multado por infringir as regras de trânsito.
  • Ratificar (confirmar) x Retificar (corrigir):
    • O documento foi ratificado pela assembleia.
    • O contrato foi retificado após a revisão.

O que são Homônimos?

Homônimos são palavras que possuem grafia igual, pronúncia igual ou ambas, mas significados diferentes. Esses termos se dividem em três categorias principais: homônimos homófonos, homônimos homógrafos e homônimos perfeitos.

Homônimos Homófonos

Palavras com pronúncia igual, mas grafia e significados diferentes.

Exemplos:

  • Sela (equipamento para cavalos) x Cela (pequeno quarto ou prisão):
    • A sela do cavalo estava desgastada.
    • O prisioneiro foi transferido para uma nova cela.
  • Acender (atear fogo) x Ascender (subir):
    • Ele vai acender a fogueira.
    • A família conseguiu ascender socialmente.

 

Homônimos Homógrafos

Palavras com grafia igual, mas pronúncia e significados diferentes.

Exemplos:

  • Colher (substantivo, utensílio) x Colher (verbo, ato de colher):
    • Pegue a colher para mexer o café.
    • Vamos colher os frutos no sábado.
  • Sede (localidade) x Sede (vontade de beber):
    • A sede da empresa fica no centro.
    • Após a caminhada, estava com muita sede.

 

Homônimos Perfeitos

Palavras com grafia e pronúncia iguais, mas significados diferentes.

Exemplos:

  • Caminho (substantivo, trajeto) x Caminho (verbo, andar):
    • O caminho até a praia é lindo.
    • Eu caminho todos os dias pela manhã.
  • Cedo (advérbio, no início do dia) x Cedo (verbo, conceder):
    • Hoje acordei muito cedo.
    • Sempre cedo o meu lugar aos mais velhos.

Como Evitar Erros com Parônimos e Homônimos

  1. Leia com Atenção: Ao revisar textos, verifique o contexto para garantir o uso correto das palavras.
  2. Amplie o Vocabulário: Pratique com listas de parônimos e homônimos mais comuns.
  3. Consulte um Dicionário: Em caso de dúvida, recorra a fontes confiáveis para confirmar o significado.

Conclusão

Dominar os parônimos e homônimos é uma habilidade crucial para quem busca se destacar na escrita e na fala. Além de enriquecer o vocabulário, esse conhecimento ajuda a evitar erros comuns e demonstra um maior cuidado com a língua portuguesa.

 

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Gabarito Português CNU 2024

Gabarito Português CNU

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Veja o comentário da prova de Português CNU:

 

 

1. C

2. C

3. B  

4. A 

5. E

6. D

7. E

8. A  

9. B

10. C

11. D

12. B

13. A

14. B

15. B

 

Prova comentada Tribunal de Contas do Estado do Pará TCE PA 2024 Auditor de Controle Externo

Prova comentada Tribunal de Contas do Estado do Pará TCE PA 2024 Auditor de Controle Externo

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Após a prova, você encontrará o raio-x e o gabarito.

Em seguida, você encontrará a prova comentada para sanar possíveis dúvidas.

Bom estudo!

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  1. (FGV / TCE PA Auditor de Controle Externo 2024)

Assinale a opção em que os termos estão em paralelismo sintático, ou seja, apresentam segmentos estruturalmente idênticos.

(A) Viajarei pela Europa, conhecerei Paris e voltarei feliz da vida.

(B) Pelas notícias de ontem, o jornal de hoje faz temer as de amanhã.

(C) A imprensa mente, deturpa os fatos e agride o vernáculo.

(D) A conversação não é apenas dizer a coisa certa no momento certo, mas não dizer o que está errado no momento preciso.

(E) O amor é mais precioso que a vida, e a honra é mais preciosa que o dinheiro.

Comentário: O paralelismo sintático apresenta segmentos estruturalmente idênticos, ou seja, apresenta uma coordenação de termos ou orações de mesma base. Vale ressaltar que o fato de não haver paralelismo sintático não significa necessariamente que haverá erro gramatical.

Na alternativa (A), os verbos estão paralelos, pois estão enumerados no mesmo tempo: futuro do presente do indicativo. Porém, quanto à regência, eles não estão paralelos, pois o primeiro é intransitivo e é seguido do adjunto adverbial de lugar “pela Europa”; o segundo é transitivo direto e é seguido do objeto direto “Paris” e o terceiro é intransitivo e é seguido do predicativo do sujeito dentro de um predicado verbo-nominal “feliz”. Confirme:

Viajarei pela Europa, conhecerei Paris e voltarei feliz da vida.

Na alternativa (B), não há paralelismo, por não haver termos coordenados, enumerados. Confirme:

Pelas notícias de ontem, o jornal de hoje faz temer as de amanhã.

Na alternativa (C), os verbos estão paralelos, pois estão enumerados no mesmo tempo: presente do indicativo. Porém, quanto à regência, eles não estão paralelos, pois o primeiro é intransitivo; o segundo é transitivo direto e é seguido do objeto direto “os fatos” e o terceiro é transitivo direto e é seguido do objeto direto “o vernáculo”. Confirme:

A imprensa mente, deturpa os fatos e agride o vernáculo.

Na alternativa (D), o verbo “dizer” é transitivo direto e é repetido com dois objetos diretos de bases diferentes: o primeiro é constituído do substantivo “coisa” precedido do artigo “a”; o segundo é constituído do pronome demonstrativo “o” seguido da oração subordinada adjetiva “que está errado”. Ambos objetos diretos são seguidos de adjuntos adverbiais temporais “no momento certo” e “no momento preciso”. Confirme:

A conversação não é apenas dizer a coisa certa no momento certo, mas não dizer o que está errado no momento preciso.

A alternativa (E) é a correta, pois há duas orações coordenadas entre si com sujeito constituído de substantivo precedido de artigo definido (“O amor” e “a honra”). Ambas orações apresentam o verbo de ligação “é” e o predicativo é constituído de adjetivo comparativo (“mais precioso que a vida”, “mais preciosa que o dinheiro”).

Assim, há um paralelismo sintático perfeito. Confirme:

O amor é mais precioso que a vida, e a honra é mais preciosa que o dinheiro.

Gabarito: E

 

  1. (FGV / TCE PA Auditor de Controle Externo 2024)

As frases abaixo mostram uma comparação. Assinale a opção em que a comparação não é explicada.

(A) Ideias são como crianças. As nossas são sempre maravilhosas.

(B) As bibliotecas são como as farmácias: muitos venenos e poucos remédios.

(C) A leitura, como a comida, não alimenta se não digerida.

(D) Os discursos são como as orações copiadas dos textos religiosos.

(E) Os talheres são como o papel higiênico: só ficam limpos se não forem usados.

Comentário: Na alternativa (A), há a comparação entre “ideias” e “crianças”. A explicação reside na oração seguinte, a qual afirma que, assim como as crianças, nossas ideias são sempre vistas por nós como maravilhosas. Para confirmar, poderíamos até reajustar os períodos com a conjunção “pois”. Compare:

Ideias são como crianças. As nossas são sempre maravilhosas.

Ideias são como crianças, pois nossas são sempre maravilhosas.

Na alternativa (B), há a comparação entre “bibliotecas” e “farmácias”. O sinal de dois-pontos evidencia que o termo “muitos venenos e poucos remédios” é um aposto explicativo. Veja:

As bibliotecas são como as farmácias: muitos venenos e poucos remédios.

Na alternativa (C), há comparação entre “leitura” e “comida”, e a explicação está no segmento “não alimenta se não digerida”. Veja de forma mais evidente por meio da conjunção “pois”:

A leitura, como a comida, não alimenta se não digerida.

A leitura é como a comida, pois não alimenta se não digerida.

A alternativa (D) é a que deve ser marcada, pois houve apenas a comparação entre “os discursos” e “as orações copiadas dos textos religiosos”. Note que não há qualquer segmento explicativo:

Os discursos são como as orações copiadas dos textos religiosos.

Na alternativa (E), há a comparação entre “talheres” e “papel higiênico”. O sinal de dois-pontos evidencia que a oração “só ficam limpos se não forem usados” é explicativa, tanto assim que podemos trocar o sinal de dois-pontos pela conjunção “pois”. Compare:

Os talheres são como o papel higiênico: só ficam limpos se não forem usados.

Os talheres são como o papel higiênico, pois só ficam limpos se não forem usados.

Gabarito: D

 

  1. (FGV / TCE PA Auditor de Controle Externo 2024)

As frases abaixo são construídas contando com a duplicidade de sentido de um termo, à exceção de uma. Assinale-a.

(A) Livro raro é aquele devolvido depois de emprestado.

(B) Eu, quando tenho de enviar uma mensagem, não escrevo um livro: vou aos Correios.

(C) Como dizia o esquartejador, vamos por partes.

(D) Os homens de poucas palavras são os melhores.

(E) A única pessoa que escuta os dois lados de uma discussão é o sujeito do apartamento vizinho.

Comentário: A questão parece pedir a alternativa que não apresenta ambiguidade. Mas, na realidade, ao observarmos as alternativas, notamos que a questão apresenta 4 alternativas com palavras que têm um sentido original comum, mas, pelo contexto, está sendo empregada em sentido diferente.

Na alternativa (A), o adjetivo “raro”, originalmente, significa algo que é incomum, difícil de encontrar ou valioso devido à sua escassez. Por exemplo, um “livro raro” pode ser uma edição especial ou antiga, a que poucas pessoas têm acesso.

Na frase, “raro” é usado de maneira figurativa e irônica. O autor brinca com o fato de que é incomum que as pessoas devolvam livros depois de emprestá-los. Aqui, “raro” não se refere ao valor ou à dificuldade de encontrar o livro em si, mas ao fato de que é raro (incomum) que alguém devolva um livro que pegou emprestado.

Na alternativa (B), a palavra “livro” pode referir-se a uma obra escrita ou, de forma figurada, a um texto muito longo. A frase aproveita essa duplicidade de sentidos ao sugerir que, quando a pessoa precisa enviar uma mensagem, ela prefere ser breve e objetiva, em vez de escrever um texto longo e detalhado (que é comparado metaforicamente a “escrever um livro”). Em vez de escrever um livro, o que tomaria muito tempo, a pessoa “vai aos Correios”, que é uma maneira figurada de dizer que ela faz algo mais direto ou prático para se comunicar.

Na alternativa (C), a duplicidade de sentido está na expressão “vamos por partes”. Essa frase pode ser interpretada literalmente, referindo-se à ação do esquartejador, cortar literalmente, ou figuradamente, como uma sugestão de resolver um problema de maneira organizada, dividindo-o em etapas.

A alternativa (D) é a que não apresenta ambiguidade, pois a frase faz uma afirmação direta sobre homens de poucas palavras, sem explorar um jogo de palavras ou significados duplos.

Na alternativa (E), há ambiguidade, pois há um jogo de palavras com “escutar os dois lados”. No sentido figurado, que é o mais usado, refere-se à imparcialidade de considerar diferentes pontos de vista; no literal, refere-se à habilidade física de ouvir. O humor da frase surge da interpretação literal, em que o vizinho escuta ambos os lados da discussão devido à proximidade física.

Gabarito: D

 

  1. (FGV / TCE PA Auditor de Controle Externo 2024)

Assinale a opção em que a frase inicial, introduzida pela conjunção “se”, não apresenta valor de condição.

(A) Se a voz do povo é a voz de Deus, começo a pressupor que Deus é um sujeito muito calado.

(B) Se os homens são tão maus com o auxílio da religião, como seriam sem ela?

(C) Se os homens tivessem verdadeiramente convicção de sua fé, seriam todos santos.

(D) Se quiserdes saber o que Deus pensa do dinheiro, é só olhar a quem Ele o dá.

(E) Se existe Deus, por que há coisas como a fome e os horários políticos na televisão?

Comentário: Na alternativa (A), há relação de condição factual e resultado. A frase sugere que, caso a voz do povo seja realmente considerada a voz de Deus, então é possível concluir que Deus é muito calado, supostamente porque a população não se manifesta, não busca seus direitos. Confirme:

Se a voz do povo é a voz de Deus, começo a pressupor que Deus é um sujeito muito calado.

A alternativa (B) é a que não apresenta valor de condição. Como há uma estrutura parecida com a da alternativa (E), vamos apontar as diferenças das duas mais adiante, com uma explicação mais didática.

Na alternativa (C), há uma relação de condição hipotética e resultado. A frase afirma que, caso os homens tivessem verdadeira convicção de sua fé, o resultado seria que todos seriam santos. Confirme:

Se os homens tivessem verdadeiramente convicção de sua fé, seriam todos santos.

Na alternativa (D), há uma relação de condição hipotética e resultado, pois entendemos que, se a pessoa quiser saber algo sobre o pensamento de Deus, o resultado será obtido ao observar quem Ele favorece. Confirme:

Se quiserdes saber o que Deus pensa do dinheiro, é só olhar a quem Ele o dá.

Na alternativa (E), há uma relação de condição e resultado.

As alternativas (B) e (E) apresentam uma estrutura semelhante, pois há oração subordinada iniciada com a conjunção “se” e a oração principal é uma pergunta.

Vamos observar primeiramente a alternativa (E).

Nela se percebe um questionamento da existência de Deus, porque, se ele existisse mesmo, não deveria haver coisas como a fome e, de uma forma bem-humorada, os horários políticos na televisão.

Assim, percebe-se que a pergunta é retórica e é feita justamente para provocar a reflexão sobre a existência de Deus. A pergunta não induz uma resposta direta.

Para deixar mais claro, poderíamos reconstruir essa relação de condição e resultado com a transformação dessa pergunta retórica numa afirmação já gerada dessa condição. Compare:

Se existe Deus, por que há coisas como a fome e os horários políticos na televisão?

Se existe Deus, não deveria haver coisas como a fome e os horários políticos na televisão.

Percebeu agora que o questionamento é retórico e conseguimos desenvolvê-lo numa afirmação resultante da condição?

Agora, vamos à alternativa (B), a qual também apresenta questionamento.

Note que há uma relação de condição hipotética. O resultado (“como seriam”) se dá pela condição expressa no adjunto adverbial condicional “sem ela”, e não pela oração subordinada “Se os homens são tão maus com o auxílio da religião”.

Assim, tal oração subordinada não é a condição para a pergunta. Ela é a base de raciocínio que fica subentendida no adjunto adverbial condicional “sem ela”. Vamos a algumas formas para deixar isso bem claro:

Já que os homens são tão maus com o auxílio da religião, como seriam sem a religião?

Como seriam os homens sem a religião, já que eles são tão maus com o auxílio dela?

Se os homens são tão maus com o auxílio da religião, como seriam sem ela?

Agora ficou mais fácil notar que a condição não está na oração subordinada, mas no adjunto adverbial de condição “sem ela”.

Isso confirma a alternativa (B) como o gabarito desta questão.

Gabarito: B

 

  1. (FGV / TCE PA Auditor de Controle Externo 2024)

Assinale a frase em que o termo sublinhado mostra valor interrogativo.

(A) Não sei como é a alma de um criminoso, mas a alma do homem bom, honesto, é um inferno.

(B) Se quem ama o vinho e o amor vai para o inferno, o paraíso deve estar vazio.

(C) Onde há humanos há moscas e deuses.

(D) Uma sociedade sem religião é como um navio sem bússola.

(E) Não é lícito confiar quando os deuses são contrários.

Comentário: As palavras grifadas “como”, “quem”, “onde”, “quando” podem fazer parte de frases interrogativas diretas ou indiretas.

Numa frase interrogativa direta, deve haver finalização com ponto de interrogação, mas isso não ocorreu em nenhuma alternativa.

Numa frase interrogativa indireta, a palavra “quem” pode ser um pronome interrogativo, quando a oração principal transmitir dúvida, por meio do verbo “saber” ou sinônimo, como, por exemplo:

Eu não sei quem está aí.

O mesmo ocorre com os vocábulos “como”, “onde”, “quando”, que passam a advérbios interrogativos, como nos exemplos:

Eu não sei como ela está.

Eu não sei onde ela está.

Eu não sei quando ela vem.

Assim, notamos que a alternativa (A) é a correta, pois “como” é um advérbio interrogativo de modo, dentro de uma típica frase interrogativa indireta, constituída da oração principal, que expressa dúvida, por meio do verbo “saber” e da oração “como é a alma de um criminoso”, que é subordinada substantiva objetiva direta, cujo conectivo não é conjunção integrante, mas o advérbio interrogativo de modo “como”.

Sempre que há uma frase interrogativa indireta, pode-se transpô-la em direta:

Como é a alma de um criminoso?

Gabarito: A

 

  1. (FGV / TCE PA Auditor de Controle Externo 2024)

Assinale a opção que apresenta o texto que deve ser classificado como descritivo.

(A) A escola de samba entrou na avenida, passou diante dos jurados e, quando saiu na zona de dispersão, dava a impressão de ter certeza da vitória.

(B) Os jurados estavam sentados numa espécie de plataforma que se debruçava sobre a passarela do desfile, mostrando sempre muita atenção ao que se desenrolava à sua frente.

(C) As escolas de samba continuam sendo uma grande atração do carnaval carioca e é a razão principal da presença de turistas na cidade do Rio.

(D) O mestre-sala exibiu toda a sua categoria de sambista, fez os cumprimentos necessários aos jurados, agradeceu os aplausos do público e continuou sua caminhada.

(E) A bateria de uma escola de samba é uma atração à parte, atraindo o interesse do público em geral, já que ela se encarrega de dar o ritmo necessário ao samba.

Comentário: Para identificar qual das alternativas apresenta um texto de natureza descritiva, é importante entender que um texto descritivo tem como principal característica a apresentação de detalhes que visam retratar uma cena, objeto, pessoa ou ambiente, com o objetivo de criar uma imagem mental clara no leitor. O foco está nas características, qualidades e estados, sem que haja progressão temporal ou uma sequência de ações que mova a narrativa adiante.

Na alternativa (A), a frase apresenta uma sequência de ações realizadas pela escola de samba. O foco está na ação (entrar, passar, sair), o que caracteriza um texto narrativo, e não descritivo. Confirme:

 A escola de samba entrou na avenida, passou diante dos jurados e, quando saiu na zona de dispersão, dava a impressão de ter certeza da vitória.

A alternativa (B) é a correta, pois há uma descrição da posição dos jurados e da plataforma onde estavam, além da atenção que eles demonstravam. A frase não narra uma ação, mas sim descreve um cenário e o comportamento dos jurados, o que é característico de um texto descritivo. Confirme:

Os jurados estavam sentados numa espécie de plataforma que se debruçava sobre a passarela do desfile, mostrando sempre muita atenção ao que se desenrolava à sua frente.

Na alternativa (C), a frase faz uma afirmação sobre a importância das escolas de samba no carnaval carioca e sua atração para turistas. É uma frase dissertativa e transmite uma opinião, não descrevendo uma cena ou objeto. Confirme:

As escolas de samba continuam sendo uma grande atração do carnaval carioca e é a razão principal da presença de turistas na cidade do Rio.

Na alternativa (D), há novamente uma sequência de ações (exibir, fazer, agradecer, continuar). Portanto, é um texto narrativo, e não descritivo. Confirme:

O mestre-sala exibiu toda a sua categoria de sambista, fez os cumprimentos necessários aos jurados, agradeceu os aplausos do público e continuou sua caminhada.

Na alternativa (E), a frase também faz uma afirmação sobre a importância da bateria de uma escola de samba, explicando seu papel no contexto do desfile. É uma frase dissertativa e transmite uma opinião, não descrevendo uma cena ou objeto. Confirme:

A bateria de uma escola de samba é uma atração à parte, atraindo o interesse do público em geral, já que ela se encarrega de dar o ritmo necessário ao samba.

Gabarito: B

 

  1. (FGV / TCE PA Auditor de Controle Externo 2024)

Observe o trecho descritivo abaixo, que tem por objeto um personagem de uma cidade interiorana:

’Seu Paulo’ era um mineiro já de alguma idade, que já havia trabalhado em São Paulo como motorista, mas agora era um faz-tudo em Lavras. Tinha bom humor, gostava muito de conversar e, na minha pequena propriedade, fazia as pequenas tarefas agrícolas diárias, como limpar o terreno, botar água nas plantas e tirar pragas que surgissem na grama.

Essa pequena descrição

(A) procura identificar o personagem por meio de seus traços físicos.

(B) destaca sobretudo os traços psíquicos do personagem.

(C) mostra traços físicos e psíquicos do personagem.

(D) descreve o personagem em diversas épocas, procurando valorizá-lo.

(E)   indica somente características sociais do personagem descrito, mostrando-o como símbolo do interiorano.

Comentário: Para resolver essa questão, é necessário analisar o trecho descritivo e identificar o tipo de características que são enfatizadas na descrição do personagem “Seu Paulo”.

A alternativa (A) está errada, pois o trecho não menciona características físicas detalhadas. Apenas é mencionado que “Seu Paulo” já tinha “alguma idade”, o que não é suficiente para considerar uma descrição física. As características físicas de uma pessoa envolveriam sua altura, cor de cabelo, tipo físico, feições, etc., o que não ocorreu no texto.

A alternativa (B) é a correta, pois esse trecho foca nas características psicológicas e comportamentais de “Seu Paulo”, como seu bom humor e gosto por conversar, além de descrever suas atividades diárias, que são tarefas agrícolas. Confirme:

’Seu Paulo’ era um mineiro já de alguma idade, que já havia trabalhado em São Paulo como motorista, mas agora era um faz-tudo em Lavras. Tinha bom humor, gostava muito de conversar e, na minha pequena propriedade, fazia as pequenas tarefas agrícolas diárias, como limpar o terreno, botar água nas plantas e tirar pragas que surgissem na grama.

A alternativa (C) está errada, pois, como vimos na alternativa (A), o trecho não menciona características físicas.

A alternativa (D) está errada, pois o texto menciona o passado de “Seu Paulo” como motorista em São Paulo, mas foca principalmente em sua vida atual em Lavras. Não há uma narrativa detalhada que aborde diversas épocas ou tente valorizar o personagem por esse viés.

A alternativa (E) está errada, pois, embora o trecho mostre “Seu Paulo” como um faz-tudo em Lavras, o foco não é exclusivamente social, mas também abrange aspectos de sua personalidade e atividades diárias.

Gabarito: B

 

  1. (FGV / TCE PA Auditor de Controle Externo 2024)

Observe o pequeno texto narrativo a seguir:

Passeava despreocupadamente pelas ruas do meu bairro e passei diante de uma loja da loteria esportiva e me lembrei de que havia um alto prêmio acumulado. Fiquei tentado em jogar, mas não podia gastar aquele dinheiro no momento e desisti. Um pouco mais adiante, porém, arrependi-me e voltei para a loja.

Sobre a estruturação desse texto narrativo, assinale a afirmação inadequada.

(A) Há uma situação inicial que mostra o passeio despreocupado do narrador.

(B) Ocorre um fato motivador de uma modificação na situação inicial, que é o fato de passar pela loja de loteria e lembrar-se do prêmio acumulado.

(C) Há uma discussão interior do personagem que corresponde à trama narrativa e a um problema a ser resolvido.

(D) Desistir de jogar corresponde a uma solução temporária do conflito interior do narrador.

(E) Arrepender-se equivale ao final da narrativa, em que o conflito do texto é resolvido.

Comentário: O texto narrativo descreve uma sequência de eventos simples.

Quanto à estrutura, há uma situação inicial, em que o narrador está passeando despreocupadamente pelas ruas do bairro.

Em seguida, há um fato motivador (complicação), em que o narrador passa por uma loja de loteria, lembra-se do prêmio acumulado e sente-se tentado a jogar.

Em seguida, há um conflito, uma discussão interior, pois o narrador pondera sobre a possibilidade de jogar, mas decide não gastar o dinheiro no momento.

Posteriormente, o narrador continua o passeio, mas se arrepende de não ter jogado e decide voltar para a loja.

Como fecho, o arrependimento leva o narrador a retornar à loja de loteria, sugerindo que o conflito interior foi resolvido ao tomar essa decisão.

A alternativa (A) está adequada, pois a situação inicial (“Passeava despreocupadamente pelas ruas do meu bairro”) é, de fato, o passeio despreocupado do narrador pelas ruas do bairro.

A alternativa (B) está adequada, pois realmente há o fato motivador, que introduz o conflito, é o momento em que o narrador passa pela loja de loteria e lembra-se do prêmio acumulado: “e passei diante de uma loja da loteria esportiva e me lembrei de que havia um alto prêmio acumulado”.

A alternativa (C) está adequada, pois realmente o narrador enfrenta uma discussão interior sobre gastar ou não o dinheiro para tentar ganhar o prêmio, o que corresponde ao conflito central da narrativa: “Fiquei tentado em jogar, mas não podia gastar aquele dinheiro no momento e desisti”.

A alternativa (D) está adequada, pois o narrador inicialmente desiste de jogar, o que pode ser visto como uma solução temporária para o conflito. No entanto, o arrependimento posterior mostra que o conflito não estava completamente resolvido: “Fiquei tentado em jogar, mas não podia gastar aquele dinheiro no momento e desisti. Um pouco mais adiante, porém, arrependi-me e voltei para a loja.”.

A alternativa (E) é a inadequada, pois o arrependimento do narrador não representa o final da narrativa ou a resolução do conflito; ele apenas leva a um novo desdobramento, que é a decisão de voltar para a loja, onde o conflito interior do narrador é finalmente resolvido: “Um pouco mais adiante, porém, arrependi-me e voltei para a loja.

Logo, o fim da narrativa está no momento em que ele volta para a loja e joga.

Gabarito: E

 

  1. (FGV / TCE PA Auditor de Controle Externo 2024)

Assinale a oração adversativa que estabelece entre os segmentos indicados uma relação de real oposição.

(A) A palavra é dom de todos, mas a sabedoria cabe a poucos.

(B) Há muito o que saber, mas pouco que viver.

(C) O que os homens realmente querem não é conhecimento, mas certezas.

(D) Esteja pronto para escutar, mas lento para dar a resposta.

(E) Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende.

Comentário: Uma oração coordenada adversativa é aquela que estabelece uma relação de contraste ou oposição entre duas ideias. Geralmente, é introduzida por conjunções como “mas”, “porém”, “contudo”, “entretanto”, “todavia”, entre outras.

A característica principal da oração adversativa é que as ideias contrastadas têm sentidos opostos ou, pelo menos, apresentam algum tipo de divergência significativa.

Mas a questão pede o sentido de oposição, contrário.

Na alternativa (A), ocorre contraste, pois houve apenas a generalização de que a palavra é dom de todos e em seguida a restrição de que a sabedoria cabe a poucos. Note que essas palavras não são contrárias, opostas.

Na alternativa (B), não há uma relação de oposição no sentido de que essas duas ideias sejam contrárias, mas sim uma comparação entre a quantidade de conhecimento disponível e o tempo limitado de vida. Essa comparação é feita para destacar a diferença entre saber e viver.

Na alternativa (C), há contraste entre “conhecimento” e “certezas”. Embora “conhecimento” e “certezas” sejam diferentes, a oposição não é tão direta, pois as duas ideias podem coexistir; não há uma oposição completa, mas sim uma distinção de valor ou prioridade.

Na alternativa (D), não há oposição direta. Estar pronto não é contrário ou oposto de ser lento, da mesma que forma escutar não é oposto de dar a resposta.

A alternativa (E) é a correta, pois a frase estabelece uma clara oposição entre “quem sempre ensina” e “quem de repente aprende“, já que a frase desafia a concepção tradicional de um mestre como alguém que está constantemente em posição de ensinar, ao propor que o verdadeiro mestre é aquele que, em vez de apenas ensinar, também está aberto a aprender.

Gabarito: E

 

  1. (FGV / TCE PA Auditor de Controle Externo 2024)

Leia a frase abaixo com atenção:

Ninguém fica velho apenas por viver, mas por perder o interesse em viver.

Assinale a afirmativa correta o significado ou a estruturação dessa frase.

(A) A relação entre os segmentos da frase não é de oposição, mas de diferença.

(B) O adjetivo “velho”, no contexto da frase, tem alto valor pejorativo.

(C) O segundo segmento da frase retifica algo dito erradamente no primeiro segmento.

(D) O termo “fica velho” pode ser adequadamente substituído por “envelheceu”.

(E) O emprego de “apenas” mostra uma visão negativa do ato de viver.

Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois oposição significa ideias contrárias. Note que a segunda causa “por perder o interesse em viver” não é contrária, oposta à anterior: por viver.

Assim, houve apenas um contraste, uma diferença, entre ficar velho por viver e ficar velho por perder o interesse em viver.

A alternativa (B) está errada, pois o adjetivo “velho” não carrega um valor pejorativo, negativo. A frase está focada na ideia de envelhecimento como um estado de espírito ou condição emocional, e não em uma crítica ou desvalorização explícita da velhice.

A alternativa (C) está errada, pois o segundo segmento da frase não corrige ou retifica o primeiro; em vez disso, ele aprofunda a ideia, acrescentando uma explicação mais completa sobre a causa do envelhecimento. Não há uma correção de erro, mas uma complementação que diferencia as causas de “ficar velho”.

A alternativa (D) está errada, pois a expressão “fica velho” é empregada em sentido figurativo e sugere que a velhice é mais uma questão de estado mental, de comportamento, da perda de interesse em viver (conforme se percebe no segundo segmento da frase).  Por isso, foi afirmado que ninguém fica velho apenas por viver, mas por perder o interesse em viver.

A troca por “envelheceu” daria ao trecho o sentido literal, que é o processo natural de envelhecimento, o que altera o sentido original da frase e implicaria incoerência na frase. A própria frase defende que ficar velho não é envelhecer, isto é, não é apenas pelo longo tempo de vida.

A alternativa (E) está errada, pois o uso de “apenas” não carrega uma visão negativa do ato de viver, mas sim relativiza a ideia de que viver por si só não é suficiente para “ficar velho”. A frase sugere que envelhecer está mais relacionado à perda do interesse em viver do que ao simples ato de viver.

Gabarito: A

Prova Português Resolvida da Polícia Civil Santa Catarina 2024 Psicólogo Policial Civil

Neste artigo, vamos comentar a prova Português da Polícia Civil Santa Catarina 2024 Psicólogo Policial Civil.

Neste artigo, comentei a prova 2, tipo verde:

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1. (FGV / PCSC Psicólogo Policial Civil 2024)

Assinale a frase que mostra problemas de correção com o emprego do acento grave indicativo da crase.

(A)  Os sábios dizem que a vossa luz se apagará um dia, disseram os vagalumes às estrelas. Estas, porém, não responderam nada.

(B)  Fique atento à tartaruga; ela faz progresso apenas quando estica o pescoço.

(C)  Se achares três reais leva-os à polícia; se achares três mil reais, leva-os a um banco.

(D)  Às vezes, só uma mudança de ponto de vista é suficiente para transformar uma obrigação numa interessante oportunidade.

(E)   Dinheiro é igual à táxi: quando você mais precisa, ele não aparece.

Comentário: A alternativa (A) está correta, pois “disseram” rege a preposição “a” e o substantivo “estrelas” está precedido do artigo “as”, por isso há crase.

A alternativa (B) está correta, pois “atento” rege a preposição “a” e o substantivo “tartaruga” está precedido do artigo “a”, por isso há crase.

A alternativa (C) está correta, pois “leva” rege a preposição “a” e o substantivo “polícia” está precedido do artigo “a”, por isso há crase.

A alternativa (D) está correta, pois cabe crase na locução adverbial de base feminina “Às vezes”.

A alternativa (E) é a errada, pois o substantivo masculino “táxi” não admite ser precedido do artigo feminino “a”. Assim, cabe apenas a preposição “a” exigida pelo adjetivo “igual”.

Gabarito: E

 

2. (FGV / PCSC Psicólogo Policial Civil 2024)

O célebre cientista Lineu disse certa vez:

“A natureza é um imenso dicionário!”

A comparação entre a natureza e o dicionário se justifica por duas marcas, que são:

(A) a quantidade e a variedade.

(B) a dificuldade e a necessidade.

(C) a necessidade e a precariedade.

(D) a precariedade e a quantidade.

(E) a variedade e a dificuldade.

Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois um dicionário é conhecido pela grande quantidade e variedade de palavras e definições que ele contém, assim como a natureza é conhecida pela sua imensa diversidade de espécies, ecossistemas e fenômenos naturais.

Essa comparação faz sentido e reflete as características compartilhadas entre um dicionário e a natureza.

A alternativa (B) está errada, pois, embora um dicionário possa ser necessário para entender as palavras e a natureza seja essencial para a vida, a comparação direta envolvendo “dificuldade” não é claramente justificada. Além disso, a “dificuldade” não é uma característica intrínseca de um dicionário ou da natureza.

A alternativa (C) está errada, pois precariedade não é uma característica associada a um dicionário ou à natureza de maneira geral. Embora ambos possam ser necessários (dicionários para compreensão da linguagem, natureza para a vida), a precariedade não se encaixa na comparação da frase.

A alternativa (D) está errada, pois, como vimos, precariedade não é uma característica relevante na comparação da frase. Como vimos anteriormente, quantidade é uma marca na comparação dessa frase.

A alternativa (E) está errada, pois, como vimos, cabe “variedade”, mas não cabe “dificuldade”.

Gabarito: A

 

3. (FGV / PCSC Psicólogo Policial Civil 2024)

Muitas frases são construídas tendo por base outras frases famosas; entre as que estão abaixo, assinale aquela que está isenta dessa intertextualidade.

(A) Repolho não pensa. Logo, não existe.

(B) O céu é o pão de cada dia dos olhos.

(C) A Terra é o provável paraíso perdido.

(D) Antes um pássaro a voar que dois na mão.

(E) A mosca é o termômetro da higiene.

Comentário: Na alternativa (A), há intertextualidade, pois a frase “Repolho não pensa. Logo, não existe.” apresenta uma variação do famoso pensamento de René Descartes “Penso, logo existo”. Neste contexto, a ideia é invertida para um contexto humorístico.

Na alternativa (B), há intertextualidade, pois a frase “O céu é o pão de cada dia dos olhos.” apresenta uma reinterpretação da expressão bíblica “o pão nosso de cada dia“, que é usada na oração do Pai Nosso. A frase associa o céu a algo diariamente necessário ou apreciado, semelhante ao pão.

Na alternativa (C), há intertextualidade, pois a frase “A Terra é o provável paraíso perdido.” remete ao título da obra épica “Paraíso Perdido” de John Milton, mas a coloca em um contexto moderno, referindo-se à Terra.

Na alternativa (D), há intertextualidade, pois a frase “Antes um pássaro a voar que dois na mão.” apresenta uma variação do provérbio “Mais vale um pássaro na mão do que dois voando“, mas com uma interpretação oposta, valorizando a liberdade em vez da posse segura.

A alternativa (E) é a que devemos marcar, pois a frase “A mosca é o termômetro da higiene.” não apresenta variação direta de nenhuma frase famosa e não apresenta nenhuma expressão dessa frase que seja variação ou faça alusão a alguma expressão famosa. Assim, não há intertextualidade.

Gabarito: E

 

4. (FGV / PCSC Psicólogo Policial Civil 2024)

Assinale a frase em que a locução sublinhada foi corretamente substituída por um só vocábulo.

(A) O manancial desaprova quase sempre o itinerário do rio. / pluvial.

(B) A felicidade ou a infelicidade dos homens depende tanto de seus humores quanto de sua sorte. / masculina.

(C) Basta um minuto para fazer um herói; mas é necessária uma vida inteira para fazer um homem de bem. / benevolente.

(D) Nas situações de crise lembra-te de que deves conservar tranquila a tua cabeça. / críticas.

(E) A liberdade do outro amplia a minha. / altruísta.

Comentário: A alternativa (A) está errada, pois a locução adjetiva “do rio” pode ser substituída pelo adjetivo de mesmo sentido “fluvial”. O adjetivo “pluvial” é relativo à chuva.

A alternativa (B) está errada, pois a locução adjetiva “dos homens”, neste contexto, é o mesmo que “dos seres humanos” e pode ser substituída pelo adjetivo de mesmo sentido “humanas”. O adjetivo “masculina” relaciona-se à restrição ao gênero masculino, isto é, sem mulheres neste grupo.

A alternativa (C) está errada, pois a locução adjetiva “de bem” pode ser substituída pelo adjetivo de mesmo sentido “íntegro”. Esse adjetivo transmite a ideia de alguém que é moralmente correto, honesto e possui princípios éticos sólidos, o que está em consonância com o sentido de homem “de bem”.

Já o adjetivo “benevolente” tem o mesmo sentido da locução adjetiva “de boa vontade”, pois tal locução transmite uma ideia similar de bondade, generosidade e disposição para fazer o bem, características associadas à benevolência.

A alternativa (D) é a correta, pois “situações de crise” é o mesmo que “situações críticas”.

A alternativa (E) está errada, pois a locução adjetiva “do outro”, neste contexto, é o mesmo que “outrem”. O adjetivo “altruísta” se refere a um nobre sentimento. A pessoa altruísta se doa para o próximo sem esperar nada em troca.

Gabarito: D

 

5. (FGV / PCSC Psicólogo Policial Civil 2024)

Observe a seguinte frase:

Os deuses fizeram o campo mais esplendidamente e melhor que tudo.”

Assinale a opção correta sobre as propostas de mudanças nessa frase.

(A) Se reescrevêssemos essa frase, iniciando-a pelo substantivo “campo”, sua forma adequada seria: “O campo, os deuses o fizeram mais esplendidamente e melhor que tudo.”

(B) Se colocarmos “campo” no plural, a forma do vocábulo “melhor” deve modificar-se para “melhores”.

(C) O vocábulo “melhor” poderia ser corretamente substituído por “mais bom”.

(D) A forma verbal “fizeram” poderia ser substituída convenientemente pela forma “construíram” de sentido mais específico.

(E) Se trocarmos “mais esplendidamente” por “da forma mais esplêndida”, o vocábulo “mais” muda de classe gramatical.

Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois a reescrita apenas apresenta enfaticamente o objeto direto com o pronome “o” como objeto direto pleonástico. Compare:

Os deuses fizeram o campo mais esplendidamente e melhor que tudo.

O campo, os deuses o fizeram mais esplendidamente e melhor que tudo.

A alternativa (B) está errada, pois, na frase “Os deuses fizeram o campo mais esplendidamente e melhor que tudo.”, os elementos comparativos de superioridade “mais esplendidamente e melhor que tudo” são constituídos dos advérbios “mais”, “esplendidamente” e “melhor”.

Como sabemos que advérbios não se flexionam no plural, a afirmação está errada.

A alternativa (C) está errada, pois só cabe a forma comparativa de superioridade sintética do advérbio “bem”, que é “melhor”. Note que não há adjetivo “bom”.

A alternativa (D) está errada, pois a forma “construíram” não tem sentido mais específico que “fizeram”.

A alternativa (E) está errada, pois o vocábulo “mais”, em “mais esplendidamente”, é advérbio de intensidade que modifica o advérbio “esplendidamente”. Em “da forma mais esplêndida”, o advérbio de intensidade “mais” modifica o adjetivo “esplêndida”.

Assim, não há mudança de classe gramatical. Permanece como advérbio.

Gabarito: A

 

6. (FGV / PCSC Psicólogo Policial Civil 2024)

As opções abaixo mostram textos compostos de dois segmentos, separados por uma barra inclinada.

Assinale a relação lógica entre esses segmentos que está corretamente indicada.

(A) A cidade não é uma selva de concreto; / é um zoológico humano. – Relação de comparação.

(B) Não acuses a natureza. / Ela fez a parte dela. – Relação de explicação.

(C) Há boas razões para proteger a Terra. / É o modo mais seguro de prolongar a lucratividade. – Relação de conclusão.

(D) O sol não ganharia nada em beleza / se aparecesse somente uma vez ao ano. – Relação de concessão.

(E) Vamos deixar a natureza seguir seu caminho; / ela entende do negócio melhor do que nós. – Relação de causa e consequência.

Comentário: A alternativa (A) está errada, pois, embora cada oração se estruture com base em metáfora (comparação), a relação entre essas orações é de contraste, pois a primeira oração nega, e a segunda afirma. Assim, a primeira metáfora de que a cidade é “selva de concreto” é rejeitada em favor de outra: a cidade é um zoológico humano.

Dessa forma, não há comparação entre as orações, mas contraste, oposição.

A alternativa (B) é a correta, pois a segunda oração explica ou justifica a primeira. A instrução para não acusar a natureza é apoiada pela explicação de que a natureza já cumpriu seu papel. Veja com a inserção de um conectivo adequado:

Não acuses a natureza, pois ela fez a parte dela.

A alternativa (C) está errada, pois a segunda frase é uma explicação ou justificativa das boas razões para proteger a Terra, isto é: prolonga a lucratividade. Assim, não cabe conclusão na segunda frase. Veja com a inserção de um conectivo adequado:

Há boas razões para proteger a Terra, pois é o modo mais seguro de prolongar a lucratividade.

A alternativa (D) está errada, pois a segunda oração transmite claramente o valor de condição, por meio da conjunção “se”, e não de concessão.

O sol não ganharia nada em beleza se aparecesse somente uma vez ao ano.

A alternativa (E) está errada, pois a segunda oração fornece um fundamento ou justificativa para a sugestão feita na primeira oração. Assim, não cabe consequência na segunda oração. Veja com a inserção de um conectivo adequado:

Vamos deixar a natureza seguir seu caminho, pois ela entende do negócio melhor do que nós.

Gabarito: B

 

7. (FGV / PCSC Psicólogo Policial Civil 2024)

Observe, sob o ponto de vista argumentativo, a seguinte frase: “A cidade não é uma selva de concreto; é um zoológico humano.”

A afirmativa correta sobre a estruturação argumentativa dessa frase é:

(A) a tese do texto é a de que a cidade não é uma selva de concreto.

(B) o argumento que apoia a tese se baseia no bom-senso.

(C) a tese do texto é apresentada sem qualquer argumento que a suporte.

(D) a argumentação do texto se utiliza do método dedutivo.

(E) o argumentador apela para a intimidação do leitor.

Comentário: Normalmente, quando uma frase inicia por negação, quer-se negar algo comumente falado e em seguida há o pensamento do autor.

Assim, a frase “A cidade não é uma selva de concreto; é um zoológico humano” é estruturada de forma a criar um contraste direto entre duas visões diferentes da cidade.

Primeiro, ela refuta a ideia comum da cidade como uma “selva de concreto” e depois propõe uma perspectiva alternativa, comparando-a a um “zoológico humano”.

Note que a frase não oferece argumentos racionais ou evidências para apoiar sua visão. Em vez disso, ela procura provocar reflexão no leitor, incentivando-o a repensar as maneiras comuns de ver a cidade.

Agora, vamos às alternativas.

A alternativa (A) está errada, pois a frase começa negando que a cidade seja uma “selva de concreto”, como comumente se fala, mas a tese vai além disso: ela propõe uma visão alternativa da cidade como um “zoológico humano”.

A alternativa (B) está errada, pois o texto apresenta a tese. Não apresenta argumento. Além disso, não há elemento no texto que se possa julgar basear-se no bom-senso. Para isso, haveria necessidade de uma ampliação com outra frase que fornecesse, por exemplo, uma analogia mais detalhada e uma explicação concreta para a comparação feita entre a cidade e um zoológico humano. Mas isso é só uma possibilidade. O que importa é que não houve argumento na frase.

A alternativa (C) é a correta, pois realmente a tese do texto é apresentada sem qualquer argumento que a suporte. A frase apresenta uma afirmação metafórica, mas não oferece argumentos concretos ou evidências para apoiar a visão de que a cidade é um “zoológico humano”.

Como comentado anteriormente, a frase procura provocar reflexão no leitor, incentivando-o a repensar as maneiras comuns de ver a cidade, e não um argumento.

A alternativa (D) está errada, pois o método dedutivo envolveria uma lógica de premissas gerais levando a uma conclusão específica. A frase, por outro lado, é uma afirmação metafórica e não segue uma estrutura dedutiva.

A alternativa (E) está errada, pois não há elementos na frase que sugiram uma tentativa de intimidação. A frase é uma afirmação metafórica que busca provocar reflexão, e não intimidar.

Gabarito: C

 

8. (FGV / PCSC Psicólogo Policial Civil 2024)

Todas as frases abaixo foram retiradas de um dicionário de citações e quatro delas apresentam erros relacionados à norma culta da língua portuguesa.

Assinale a única frase correta.

(A) Só se pode vencer a natureza obedecendo-a.

(B) Os rios são caminhos que marcham por si só.

(C) Todas as especulações são cinzas, meu amigo, mas a árvore de ouro da vida é eternamente verde.

(D) Destaca-se e viverás.

(E) Toda a vida é sonho e os sonhos, sonhos são.

Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo “obedecendo” é transitivo indireto e não admite o pronome átono “a” como objeto indireto. Veja a correção:

Só se pode vencer a natureza obedecendo-lhe.

A alternativa (B) está errada, pois o adjetivo “só” deve concordar com o seu referente plural “caminhos”. Veja a correção:

Os rios são caminhos que marcham por si sós.

A alternativa (C) está errada, pois “cinza” faz contraste com “verde”. Assim, tais palavras estão relacionadas à cor. O adjetivo “verde” se flexiona normalmente no plural quando o referente é plural: camisa verde, camisas verdes.

Porém, o substantivo que se relaciona à cor não deve flexionar-se. Assim, o correto é o emprego de “cinza” no singular. Veja a correção:

Todas as especulações são cinza, meu amigo, mas a árvore de ouro da vida é eternamente verde.

A alternativa (D) está errada, pois, pela conjugação do segundo verbo (“viverás”) na segunda pessoa do singular, notamos que o primeiro também deve ser conjugado nesta pessoa: “Destaca”. Porém, o pronome átono “se” não acompanhou tal pessoa. Assim, para ficar correto, deve-se estruturar da seguinte forma:

Destaca-te e viverás.

A alternativa (E) foi dada como a correta.

É certo que não cabe vírgula entre o sujeito e o predicativo de uma oração. Na oração “e os sonhos, sonhos são”, o termo “os sonhos” é o sujeito e o termo “sonhos” é o predicativo do sujeito. Note que “são” é verbo de ligação.

Mas note que a palavra “sonho” se repete neste pequeno período. Ocorre três vezes num segmento de pequena extensão. Isso nos dá sinal de estilo, de ênfase.

Assim, devemos analisar a pontuação também como expressividade, estilo, ênfase.

Como notamos que as demais alternativas apresentam erros gramaticais incontestáveis, notamos que cabe a vírgula por estilo, simplesmente para enfatizar a repetição do substantivo “sonhos” na última oração. Veja:

Toda a vida é sonho e os sonhos, sonhos são.

Gabarito: E

 

9. (FGV / PCSC Psicólogo Policial Civil 2024)

Em todos os fragmentos textuais abaixo há processos de retomada dos termos sublinhados; assinale a frase em que o processo é realizado por uma classe gramatical diferente das demais.

(A) Não acuses a natureza. Ela já fez a parte dela.

(B) Graças a Deus o sol já se pôs, e não tenho mais de sair para aproveitá-lo.

(C) Considerai como crescem os lírios do campo; eles não trabalham nem fiam.

(D) Os moradores dos campos são melhores que os das cidades.

(E) Quando um homem não observa a natureza, sempre crê poder melhorá-la.

Comentário: Note que, nas alternativas (A), (B), (C) e (E), os pronomes pessoais “Ela”, “-lo”, “eles”, “-la” retomam seus antecedentes sublinhados.

Assim, o processo de retomada ocorreu com o emprego de pronomes pessoais.

Porém, na alternativa (D), o processo de retomada não ocorreu com pronome pessoal.

Na realidade, o artigo “os” faz subentender o substantivo plural “moradores”. Assim, ocorreu a elipse.

Por isso, a alternativa (D) é a que deve ser marcada.

Um detalhe importante: há quem entenda que “os” também pode ser percebido como pronome demonstrativo reduzido “os”, o qual tem o mesmo valor de “aqueles”. Veja:

Os moradores dos campos são melhores que os das cidades.

Os moradores dos campos são melhores que aqueles das cidades.

Assim, também o processo ocorreria por emprego de pronome. Por isso mesmo, a banca deixou as demais alternativas com retomada por pronome pessoal, para evitar recurso ou anulação da questão.

Entendendo como artigo (neste caso, seria elipse do substantivo) ou como pronome demonstrativo, o emprego de “os” é diferente do das demais alternativas.

Gabarito: D

 

10. (FGV / PCSC Psicólogo Policial Civil 2024)

As frases a seguir mostram a modificação de uma forma reduzida para uma forma de oração desenvolvida; assinale a opção em que essa modificação foi feita de forma adequada.

(A)  Há boas razões para proteger a Terra. / Há boas razões para que protegêssemos a Terra.

(B)  Quando um homem não observa a natureza, sempre crê poder melhorá-la. / Quando um homem não observa a natureza, sempre crê que possa melhorá-la.

(C)  É impossível ensinar um gato a não pegar passarinhos. / É impossível ensinar um gato a que não pegasse passarinhos.

(D)  Sirvo-me de animais para instruir os homens. / Sirvo-me de animais para a instrução dos homens.

(E)   A natureza não nos permitiu conhecer o limite das coisas. / A natureza não nos permitiu que conheçamos o limite das coisas.

Comentário: A questão pede a modificação de uma forma reduzida para uma forma de oração desenvolvida.

Uma oração desenvolvida deve ser iniciada por uma conjunção ou pronome relativo (se for oração adjetiva) e deve conter verbo conjugado em modo e tempo verbal.

Assim, além de verificar se há oração desenvolvida, quando esse verbo sair da forma infinitiva, o seu tempo verbal deve combinar com o do verbo da oração principal.

A alternativa (A) está errada, pois o pretérito imperfeito do subjuntivo “protegêssemos” não combina com o presente do indicativo “Há”. Assim, para haver tal combinação, devemos passar o verbo para o presente do subjuntivo “protejamos”. Veja:

boas razões para que protejamos a Terra.

A alternativa (B) é a correta, pois a oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo “poder melhorá-la” passou a desenvolvida, tendo em vista que foi inserida a conjunção integrante “que” e o verbo auxiliar deixou de ser infinitivo e passou a ser presente do subjuntivo, combinando com o verbo da oração principal “crê”. Confirme:

Quando um homem não observa a natureza, sempre crê que possa melhorá-la.

Neste caso, como é algo que se crê, isto é, não é certeza, mas possibilidade, é ideal que o tempo verbal seja o presente do subjuntivo “possa”.

A alternativa (C) está errada, pois o pretérito imperfeito do subjuntivo “pegasse” não combina com o presente do indicativo “É“. Assim, para haver tal combinação, devemos passar o verbo para o presente do subjuntivo “pegue”. Veja:

É impossível ensinar um gato a que não pegue passarinhos.

A alternativa (D) está errada, pois houve uma nominalização, isto é, a transformação de uma oração (para instruir os homens) em termo da oração (para a instrução dos homens). Assim, não atende ao comando da questão.

A alternativa (E) está errada, pois o presente do subjuntivo “conheçamos” não combina com o pretérito perfeito do indicativo “permitiu”. Assim, para haver tal combinação, devemos passar o verbo para o pretérito imperfeito do subjuntivo “conhecêssemos”. Veja:

A natureza não nos permitiu que conhecêssemos o limite das coisas.

Gabarito: B

 

Prova comentada Português – Prefeitura de BH 2024 Auditor de Controle Interno

Veja a Prova Resolvida Português FGV Prefeitura de Belo Horizonte 2024 Auditor de Controle Interno.

Não vi possibilidades de recurso contra o gabarito desta prova!

Vamos á resolução da prova!

 

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Agora, veja a prova resolvida!

 

1. (FGV / Prefeitura Belo Horizonte-MG Auditor de Controle Interno 2024)

As frases a seguir mostram termos sublinhados que retomam termos anteriores. Assinale a frase em que o tipo de retomada está corretamente identificado.

(A)  Luís Filipe acaba de comprar três esferográficas, dois lápis e folhas de papel pautado. Ele necessita desses artigos para suas anotações arqueológicas. / Sinônimo.

(B)  Cristiane comprou recentemente novos patins. Os seus velhos já não cabiam mais. / Hiperônimo.

(C)  Desde alguns anos, nos foram indicados vários produtos para substituírem a aspirina. Entretanto esse medicamento permanece eficaz em muitas circunstâncias. / Grupo nominal.

(D)  A mulher ocupa mais e mais seu lugar em nossa sociedade. Não é raro ver mulheres ocupando cargos de chefia. / Repetição de termos com flexão diferente.

Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o substantivo “artigos” tem um sentido geral (hiperônimo) e engloba os itens “três esferográficas”, “dois lápis” e “folhas de papel pautado” (hipônimos), os quais têm valores específicos. Assim, a retomada desses itens pelo substantivo “artigos” empregou o recurso do hiperônimo (nome geral que retoma nome específico), e não sinônimo.

A alternativa (B) está errada, pois o termo “Os seus velhos” retoma o substantivo “patins” e o faz ficar subentendido. Assim, o recurso de coesão empregado envolve a elipse do substantivo “patins” e o acúmulo de palavras, o qual também pode ser entendido como grupo nominal. Assim, não cabe hiperônimo.

A alternativa (C) está errada, pois “medicamento” tem sentido geral (hiperônimo) e retomou o substantivo de sentido específico “aspirina” (hipônimo). Assim, o recurso empregado foi hiperônimo, e não grupo nominal.

A alternativa (D) é a correta, pois “mulheres” repete o substantivo retomado, porém no plural. Assim, realmente o recurso de coesão foi a repetição de termos com flexão diferente.

Gabarito: D

 

2. (FGV / Prefeitura Belo Horizonte-MG Auditor de Controle Interno 2024)

Todas as frases abaixo mostram um grupo nominal formado por substantivo + adjetivo. Assinale a frase em que a troca de posição entre os dois modifica o sentido do grupo.

(A)  A agricultura fomenta a sensatez, sensatez de excelente índole.

(B)  Nenhum pássaro voa alto demais se voa com as próprias asas.

(C)  O trabalho do lavrador é o trabalho natural do homem, o único que acalma as paixões e vigoriza o corpo.

(D)  Lembrai-vos que as mais belas coisas do mundo são as mais inúteis: lírios e pavões, por exemplo.

Comentário: Na alternativa (A), a troca de posição entre substantivo e adjetivo não muda o sentido, pois mantém a mesma ideia de qualidade ou natureza positiva da “sensatez”. Confirme:

A agricultura fomenta a sensatez, sensatez de excelente índole.

A agricultura fomenta a sensatez, sensatez de índole excelente.

A alternativa (B) é a que devemos marcar, pois, na frase original, “próprias asas” enfatiza a ideia de autonomia e capacidade inerente do pássaro. Porém, com a troca “asas próprias”, o adjetivo “próprias” se posicionou após o substantivo “asas” e com isso passou a ter o sentido de que as asas são adequadas ou apropriadas. Isso significa que o adjetivo está enfatizando que as asas, além de serem pertencentes ao pássaro, também são adequadas, apropriadas ou suficientes para a tarefa de voar bem alto. O uso de “próprias” após o substantivo, neste contexto, transmite a ideia de que o pássaro tem tudo o que é necessário, de forma inerente e natural, para alcançar grandes alturas. Confirme:

Nenhum pássaro voa alto demais se voa com as próprias asas.

Nenhum pássaro voa alto demais se voa com as asas próprias.

Nenhum pássaro voa alto demais se voa com as asas adequadas.

Nenhum pássaro voa alto demais se voa com as asas apropriadas.

Na alternativa (C), a inversão para “natural trabalho” não altera fundamentalmente o sentido. Continua indicando que o trabalho do lavrador está de acordo com a natureza humana:

O trabalho do lavrador é o trabalho natural do homem, o único que acalma as paixões e vigoriza o corpo.

O trabalho do lavrador é o natural trabalho do homem, o único que acalma as paixões e vigoriza o corpo.

Na alternativa (D), se invertermos a posição do adjetivo e substantivo para formar “coisas mais belas” (note que o advérbio “mais” acompanha o adjetivo “belas”), o sentido da frase se mantém. A ênfase continua sendo que as coisas que são extremamente belas tendem a ser inúteis, como os lírios e pavões mencionados.

Lembrai-vos que as mais belas coisas do mundo são as mais inúteis: lírios e pavões, por exemplo.

Lembrai-vos que as coisas mais belas do mundo são as mais inúteis: lírios e pavões, por exemplo.

Gabarito: B

 

3. (FGV / Prefeitura Belo Horizonte-MG Auditor de Controle Interno 2024)

Assinale a opção que mostra a frase em que o emprego do pronome sublinhado está inadequado.

(A)     É uma coisa terrível para um intelectual quando ele encara uma ideia como uma realidade.

(B)     Uma ideia não é responsável por pessoas que acreditam nela.

(C)     A principal função do educador é cuidar para que ele não confunda o bem com a passividade e o mal com a atividade.

(D)     Se você quiser civilizar alguém, comece pela avó dele.

Comentário: A alternativa (A) está correta, pois o pronome “ele” é usado para se referir ao substantivo “intelectual”. O uso é adequado porque está claro a quem o pronome se refere e está em concordância com o substantivo a que se refere tanto em gênero quanto em número. Confirme:

É uma coisa terrível para um intelectual quando ele encara uma ideia como uma realidade.

A alternativa (B) está correta, pois, na contração “nela”, o pronome “ela” refere-se claramente a “uma ideia”. O uso é apropriado, pois há concordância em gênero e número, e a referência está clara.

Uma ideia não é responsável por pessoas que acreditam nela.

A alternativa (C) está correta, pois o pronome “ele” se refere ao substantivo “educador”. Este uso é correto, pois o pronome está em concordância com o antecedente “educador” e a referência é clara.

A principal função do educador é cuidar para que ele não confunda o bem com a passividade e o mal com a atividade.

A alternativa (D) é a inadequada, pois, na contração “dele”, o pronome “ele” é usado para se referir ao pronome “alguém”. A inadequação surge porque o pronome “alguém” é indefinido e não especifica o gênero.

Assim, usar “dele” pode ser considerado inadequado, pois presume o gênero masculino para um antecedente que é neutro em relação ao gênero. Seria mais apropriado usar uma forma que não especifique o gênero, como “dessa pessoa” ou “dele ou dela”, para manter a neutralidade.

Se você quiser civilizar alguém, comece pela avó dele.

Se você quiser civilizar alguém, comece pela avó dessa pessoa.

Se você quiser civilizar alguém, comece pela avó dele ou dela.

Gabarito: D

 

4. (FGV / Prefeitura Belo Horizonte-MG Auditor de Controle Interno 2024)

Assinale a frase que se apresenta inteiramente coerente.

(A)  Não me lembro do que ele morreu. Só me lembro que não era nada sério.

(B)  Minha certidão de nascimento é velha, mas não a minha idade.

(C)  Casa, comida e diamantes – isso é essencial, o resto é supérfluo.

(D)  A única maneira de conter esta onda de suicídios é fazer com que seja um crime punido com pena de morte.

Comentário: A questão trabalha o que chamamos de incoerência aparente, o que é muito comum em nossa fala do dia a dia. Muitas vezes, examinando as frases, encontramos uma incoerência, a qual é inserida por motivo de ênfase e queremos com isso transmitir uma ideia adjacente.

Na alternativa (A), há incoerência, pois foi afirmado que a causa da morte não era nada sério. Porém, se houve morte, é fato que algum problema sério houve. Tanto assim que levou alguém à morte. Houve o chamado paradoxo, isto é, uma contradição e ela reforça que houve incoerência.

Mas note que há uma intenção por trás dessa incoerência aparente. Leia novamente:

Não me lembro do que ele morreu. Só me lembro que não era nada sério.

Essa incoerência sugere que alguém achou que o problema não era sério até saber da morte da pessoa.

Na alternativa (B), há incoerência, pois a idade de uma pessoa aumenta com o passar do tempo, assim como a “idade” de uma certidão de nascimento. A tentativa de separar a idade da pessoa da antiguidade do documento cria uma contradição, já que ambos envelhecem juntos.

Aqui também notamos uma intenção por trás dessa incoerência aparente. Leia novamente:

Minha certidão de nascimento é velha, mas não a minha idade.

Essa incoerência sugere que alguém não se sente com a idade que tem. Julga ter uma cabeça e atitude de pessoas mais jovens, diferentes da sua idade real.

A alternativa (C) é a que deve ser marcada, pois não apresenta nenhuma incoerência. Ela expressa a opinião de que “casa, comida e diamantes” são essenciais para a pessoa que está falando, enquanto tudo o mais é considerado supérfluo.

Embora possa parecer um pouco irônico ou humorístico (especialmente a inclusão de “diamantes” como essencial), a frase mantém a lógica interna e é consistente em si mesma.

Na alternativa (D), há incoerência, pois propor a pena de morte como punição para o suicídio é ilógico, já que o suicídio, por sua natureza, resulta na morte do indivíduo. Portanto, não faz sentido usar a morte como punição para alguém que já faleceu.

Aqui, a única ideia a ser entendida com essa incoerência é o humor.

A única maneira de conter esta onda de suicídios é fazer com que seja um crime punido com pena de morte.

Gabarito: C

 

5. (FGV / Prefeitura Belo Horizonte-MG Auditor de Controle Interno 2024)

As frases a seguir mostram uma comparação. Assinale a única frase em que a comparação feita não é seguida por uma explicação sobre ela.

(A) A vida é um circo gratuito: basta você prestar atenção.

(B) A alma humana é como a nuvem. Está sempre em movimento e mudando.

(C) A vida é bicicleta com câmbio de dez velocidades. A maioria de nós tem marchas que nunca usa.

(D) A maioria das pessoas são como os alfinetes: suas cabeças não são o mais importante.

Comentário: A alternativa (A) é a que deve ser marcada, pois a comparação da vida com um “circo gratuito” não é seguida por explicação.

A comparação inicial (“A vida é um circo gratuito”) usa uma metáfora para sugerir que a vida está cheia de espetáculos, cores, alegrias e talvez até caos, assim como um circo.

A oração subsequente (“basta você prestar atenção”) implica que, para experienciar e apreciar plenamente esses aspectos da vida, a única coisa necessária é a atenção.

Portanto, a segunda parte da frase serve mais como um conselho sobre como abordar a vida (prestando atenção) do que como uma explicação da comparação feita anteriormente.

Leia novamente a frase:

A vida é um circo gratuito: basta você prestar atenção.

A segunda oração é mais um aconselhamento. É como se o autor estivesse falando o seguinte: Se você ainda não acha que a vida é um circo gratuito, comece a prestar atenção nas coisas que nos rodeiam. Você vai conseguir notar.

Assim, notamos que a segunda oração não explica a comparação. Apenas aconselha que o interlocutor preste mais atenção.

Na alternativa (B), há comparação seguida de explicação dessa comparação. A comparação entre a “alma humana” e “a nuvem” é seguida por uma explicação direta: “Está sempre em movimento e mudando”. Essa explicação esclarece a comparação, mostrando como a alma humana é semelhante a uma nuvem em constante mudança. Confirme:

A alma humana é como a nuvem. Está sempre em movimento e mudando.

Na alternativa (C), há comparação seguida de explicação dessa comparação. A comparação da vida com uma “bicicleta com câmbio de dez velocidades” é explicada pela afirmação subsequente: “A maioria de nós tem marchas que nunca usa”. Isso esclarece a comparação, sugerindo que, assim como em uma bicicleta com muitas marchas, na vida, muitas vezes não utilizamos todas as nossas possibilidades ou recursos. Confirme:

A vida é bicicleta com câmbio de dez velocidades. A maioria de nós tem marchas que nunca usa.

Na alternativa (D), há comparação seguida de explicação dessa comparação. A comparação entre “pessoas” e “alfinetes” é seguida por uma explicação que esclarece o ponto de comparação: “suas cabeças não são o mais importante”. Isso esclarece a comparação, pois indica que, tanto para pessoas quanto para alfinetes, outras características (talvez a funcionalidade ou a ação) são mais importantes do que as “cabeças”. Confirme:

A maioria das pessoas são como os alfinetes: suas cabeças não são o mais importante.

Gabarito: A

 

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A origem do adjetivo “Descartável”: Uma jornada do jogo à sustentabilidade

Na sociedade contemporânea, o adjetivo “descartável” tornou-se comum, especialmente em debates sobre sustentabilidade e consumo.

Como substituir o copo descartável na empresa: dicas de ouro

Mas você já se perguntou de onde vem esse adjetivo tão presente no nosso dia a dia? Surpreendentemente, sua origem remonta ao mundo dos jogos de cartas.

O adjetivo "descartável" tem origem no substantivo "cartas"

A palavra “descartável” deriva do verbo “descartar”, que, por sua vez, tem suas raízes no substantivo “carta”. No jogo de cartas, descartar significa se desfazer de uma carta que não é útil para a estratégia do jogador. O verbo francês “écarter”, que significa “afastar” ou “rejeitar”, também influenciou a formação deste termo.

 

Com o tempo, o uso do termo evoluiu para além do contexto lúdico. “Descartar” passou a significar a ação de rejeitar ou remover algo considerado desnecessário ou sem valor em diversos contextos. Assim, o adjetivo “descartável” emergiu, inicialmente se referindo a objetos que eram usados uma única vez e depois descartados.

 

No século XX, a popularização de produtos descartáveis trouxe conveniência, mas também desafios ambientais significativos. Materiais como plástico e papel, amplamente usados em produtos descartáveis, contribuem para a poluição e os problemas de gestão de resíduos. A consciência crescente sobre esses impactos tem levado a uma reflexão sobre o uso e a produção de itens descartáveis.

 

O adjetivo “descartável”, embora simples em sua formação, carrega consigo uma história rica e uma relevância contemporânea significativa. De uma palavra usada em jogos de cartas a um termo que define um grande desafio ambiental, “descartável” reflete a evolução da linguagem, que neste caso foi do jogo à sustentabilidade.

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Regência nominal

A regência nominal é um aspecto fundamental da gramática portuguesa, que trata da relação de dependência entre substantivos, adjetivos ou advérbios e suas respectivas preposições.

O Que é Regência Nominal?

A regência nominal ocorre quando um nome (seja ele um substantivo, adjetivo ou advérbio) necessita de uma preposição específica para se relacionar com outro termo da oração. Essa relação é fixa e muitas vezes decorre do significado intrínseco do nome em questão.

Principais Nomes e Suas Preposições

Abaixo estão alguns dos exemplos mais comuns de regência nominal, com os nomes seguidos pelas preposições que comumente os acompanham:

Regência nominal

Confira as preposições relacionadas a alguns nomes:

 

Ab-rogação de:

A ab-rogação de leis antigas é necessária para a modernização do sistema jurídico.

Abstraído de, em:

Ele estava abstraído de suas obrigações habituais.

Ele estava abstraído em seus pensamentos, distante do mundo real.

Abundante de, em:

É uma área abundante de milho.

A selva é abundante em biodiversidade.

Abuso de, contra:

O abuso de poder é uma infração grave contra a ética profissional.

Há um abuso contra os direitos humanos naquela região.

Acareação de, com, entre:

A acareação das testemunhas foi decisiva.

A acareação com o suspeito trouxe novas evidências.

A acareação entre as testemunhas revelou a verdade do caso.

Acatado de, por, em:

As decisões do conselho são acatadas por todos na empresa.

O regulamento foi acatado em todas as filiais da empresa.

Acautelado contra:

É importante estar acautelado contra fraudes online.

Acessível a:

O novo museu é acessível a pessoas com mobilidade reduzida.

Acostumado a, com:

Estou acostumado com o clima quente da região.

Estou acostumado com a rotina agitada da cidade.

Adesão a:

Há uma crescente adesão à prática de exercícios físicos para a saúde.

Afável com, para com:

O professor é sempre afável com seus alunos.

Ele era sempre afável para com os convidados.

Aflito com, por:

Ele estava aflito com a notícia da doença do amigo.

Ele estava aflito por notícias da família.

Alheio a, de:

Muitas pessoas permanecem alheias às questões ambientais.

Mantenha-se alheio de fofocas e rumores.

Aliado a, com:

O país aliou-se a seus vizinhos para fortalecer a economia regional.

O país está aliado com nações vizinhas para promover o comércio.

Alusão a:

O autor faz alusão a obras clássicas em seu livro.

Ambicioso de:

Ele é ambicioso de sucesso e reconhecimento.

Análogo a:

Essa situação é análoga à que vivenciamos no passado.

Ansioso de, para, por:

Estava ansioso de encontrar uma solução.

Estou ansioso para o início das férias.

Estava ansioso por sua visita.

Aparentado com:

Ele é aparentado com uma família nobre.

Apologia de:

A apologia da violência é inaceitável em qualquer contexto.

Aproximação de, a, com, entre:

A aproximação de culturas diferentes é enriquecedora.

A aproximação à natureza traz benefícios para a saúde.

Há uma aproximação com novas tecnologias no ensino.

A aproximação entre as culturas é enriquecedora.

Apto a, para:

Ele está apto a assumir a liderança do projeto.

Ele está apto para a função que lhe foi designada.

Arguição a, de:

A arguição aos réus foi intensa.

A arguição dos alunos foi um momento de grande aprendizado.

Assíduo a, em:

Ele é assíduo aos treinos de futebol.

Ela é assídua em suas obrigações.

Atenção a, para:

Devemos prestar atenção à qualidade dos produtos que consumimos.

Ele chamou a atenção para o caso.

Atencioso (para) com

O médico é sempre atencioso com seus pacientes.

O atendente foi extremamente atencioso para com os clientes.

Atento a, em, para:

É preciso estar atento aos detalhes do contrato.

Estava atento no que poderia ganhar.

Está atento para o que pode acontecer.

Aversão a, por:

Tenho aversão a lugares muito movimentados.

Ele tem aversão por espaços fechados.

Ávido de, por:

O jovem é ávido de novas experiências.

Ela era ávida por conhecimento e aventuras.

 

Benéfico a:

Uma dieta balanceada é benéfica à saúde.

Benefício a:

O projeto trará benefícios à comunidade local.

Bom para:

Exercícios são bons para a saúde mental.

 

Capacidade de, para:

Ela tem capacidade de liderar grandes equipes.

A cisterna tem capacidade para 1.000 litros.

Capaz de, para:

É capaz de realizar tarefas complexas com facilidade.

A empresa é capaz para trabalhar com projetos.

Certeza de:

Tenho certeza de que fizemos a escolha certa.

Coerente com:

Seu argumento é coerente com os fatos apresentados.

Compatível com:

Este software é compatível com todos os sistemas operacionais.

Cuidadoso com:

Seja cuidadoso com suas palavras em situações delicadas.

Compaixão de, para com, por:

Ele tem compaixão dos pobres.

Sua compaixão para com os animais é admirável.

Mostrou grande compaixão pelos necessitados.

Compatível com:

Seu estilo de vida é compatível com suas crenças.

Concordância a, com, de, entre:

A concordância à proposta foi unânime.

Minhas ideias estão em concordância com as suas.

A concordância de opiniões é rara.

Existe uma concordância geral entre os especialistas sobre esse assunto.

Conforme a, com:

Eu quero uma sociedade mais conforme aos valores morais.

Suas ações são conformes com seus valores.

Constituído com, de, por:

O comitê é constituído com membros de diversas áreas.

O comitê é constituído de membros de diversas áreas.

A equipe foi constituída por profissionais qualificados.

Constante de, em:

Sua presença é constante de dedicação e esforço.

Ele é constante na luta por seus objetivos.

Contemporâneo de:

Picasso foi contemporâneo de Salvador Dalí.

Contente com, de, em, por:

Estou contente com os resultados do exame.

Estou contente de ter participado do evento.

Estava contente por ter ajudado.

Estou contente em ter me manifestado no momento oportuno.

Contíguo a:

O edifício é contíguo ao parque municipal.

Cruel (para) com, para, em:

É inadmissível ser cruel com animais.

É inadmissível ser cruel para com animais.

Eram cruéis para os que os amavam.

Era cruel no ajuizar.

Cuidadoso com:

Ela é muito cuidadosa com suas finanças pessoais.

Cúmplice de, em:

Eles são cúmplices dos crimes cometidos.

Ele foi cúmplice em um esquema de corrupção.

Curioso de:

Sou curioso de histórias sobre viagens.

 

Desacostumado a, com: Estou desacostumado com o clima frio.

Desatento a:

Foi desatento às instruções do professor.

Descontente com:

Ele está descontente com as mudanças na empresa.

Desejoso de:

Estou desejoso de novas oportunidades de carreira.

Desfavorável a:

O clima é desfavorável à prática de esportes ao ar livre.

Desgostoso com, de: Ela está desgostosa com a situação atual.

Desleal a:

Foi desleal aos princípios da equipe.

Desprezo a, de, por: Ele demonstrou desprezo pelas regras do jogo.

Desrespeito a:

O desrespeito ao meio ambiente é uma questão urgente.

Devoção a, por, para, com: Sua devoção à família é admirável.

Devoto a, de: Ele é devoto de São Francisco.

Diferente de:

Sua opinião é diferente da minha.

Dificuldade com, de, em, para: Tenho dificuldade para entender matemática avançada.

Digno de:

Seu esforço é digno de reconhecimento.

Discordância com, de, sobre: Há uma grande discordância sobre os métodos utilizados.

Disposição para:

Ele tem disposição para aprender coisas novas.

Dotado de:

O artista é dotado de um talento incrível.

Dúvida de, sobre, em, acerca de:

Tenho dúvidas de regência.

Tenho dúvida sobre a eficácia desse método.

Ele não teve dúvida em dizer não.

Há dúvidas acerca da veracidade dos fatos.

 

Empenho de, em, por: Seu empenho no trabalho é exemplar.

Escasso de:

A região é escassa de recursos hídricos.

Estranho a:

Ele se sente estranho a esses costumes.

Essencial para:

Água é essencial para a vida.

 

Facilidade de, em, para: Ele tem facilidade em aprender idiomas.

Falho de, em: O sistema é falho em segurança.

Farto de:

Estou farto de promessas vazias.

Favorável a:

O clima é favorável ao cultivo de uvas.

Fiel a:

Ela é fiel a seus princípios.

 

Grato a:

Sou grato aos meus pais por tudo.

 

Hábil em:

Ela é hábil em negociações.

Habituado a:

Estou habituado a levantar cedo.

Hostil a, contra, para com: O ambiente era hostil aos novos funcionários.

 

Imbuído de, em: O escritor estava imbuído de inspiração para sua nova obra.

Impossibilidade de, em: Há uma impossibilidade de conciliar os dois compromissos.

Impotente para, contra: Sentiu-se impotente para resolver o problema.

Impróprio para:

Este filme é impróprio para menores.

Imune a, de: Ela é imune a esse tipo de crítica.

Inábil para:

Ele é inábil para lidar com conflitos.

Inacessível a:

A trilha é inacessível a veículos.

Incapacidade/incapaz de, para: Ele demonstrou incapacidade de compreender o projeto.

Inclinação a, para, por: Há uma inclinação dos jovens pela música eletrônica.

Incompatível com:

Seu estilo de vida é incompatível com o meu.

Indeciso em:

Ele está indeciso em escolher uma carreira.

Indiferente a:

Muitos estão indiferentes às questões ambientais.

Indulgente com, para com: A professora é indulgente com os erros dos alunos.

Inerente a:

A incerteza é inerente à vida.

Inofensivo a, para: O produto é inofensivo para o meio ambiente.

Inútil para:

Esse objeto é inútil para mim agora.

Isento de:

O produto é isento de impostos.

Invasão de:

Houve uma invasão de privacidade nesse caso.

Junto a, de: A escola fica junto ao parque.

 

Leal a:

Ele sempre foi leal a seus amigos.

 

Maior de:

Ele é o maior de todos.

Medo de, a: Tenho medo de altura.

 

Natural de:

Sou natural de São Paulo.

Necessário a:

A vacinação é necessária à saúde pública.

Necessidade de: Há uma necessidade de mudanças sociais.

Nocivo a:

O cigarro é nocivo à saúde.

 

Ódio a ou contra: Ele sente ódio contra a injustiça.

Odioso a ou para: A atitude dele foi odiosa para todos.

 

Posterior a:

O evento será posterior à reunião.

Preferência a, por: Tenho preferência por chocolates amargos.

Preferível a:

É preferível caminhar a usar o carro para curtas distâncias.

Propenso a, para: Alguns são propensos a alergias.

Propício a:

O clima é propício à prática de esportes ao ar livre.

Próprio de, para: A timidez é própria de algumas pessoas.

Próximo a, de: Minha casa é próxima ao supermercado.

 

Receio de:

Tenho receio de falar em público.

Recurso da, contra a decisão: Foi feito um recurso contra a decisão do tribunal.

Relação a, com, de, por, para com: Mantemos uma boa relação com os vizinhos.

Relacionado com:

O tema está relacionado com a economia global.

Respeito a, com, de, por, para: Tenho grande respeito pelos meus professores.

 

Satisfeito com, de, em, por: Estou satisfeito com meu novo emprego.

Sensível a: Ele é sensível a mudanças climáticas.

 

Único a, em, entre, sobre: Ele é o único especialista em neurociência na região.

Útil a, para: Este guia é útil para turistas.

 

Vazio de:

O apartamento está vazio de móveis.

Versado em:

Ela é versada em literatura clássica.

Visível a:

O cometa era visível a olho nu.

 

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Recursos Português Câmara dos Deputados

Vamos aos recursos contra questões da prova de Português da Câmara dos Deputados 2023.

Meus amigos, este artigo está em construção e vou atualizando á medida que eu for terminando a análise de cada prova.

Estou analisando as provas abaixo:

Analista Legislativo – Contador (tipo 1)
Analista Legislativo – Técnico em Material e Patrimônio (tipo 1)

 

Nessas provas, questão 15 pede o seguinte:

Questão 15:

As frases a seguir foram escritas sem qualquer sinal de pontuação. Assinale a frase que deveria incluir duas vírgulas obrigatoriamente.
(A) De tudo o que você diz em português as pessoas duvidam.
(B) Como dizia o esquartejador vamos por partes.
(C) A imprensa mente deturpa os fatos e agride o vernáculo.
(D) O presidente reina por quatro anos na América e o jornalismo por todo o sempre.
(E) Eu quando tenho de enviar uma mensagem não escrevo um livro vou aos Correios.

Comentário: Na alternativa (A), não cabe vírgula, pois há o sujeito “as pessoas”, o verbo transitivo indireto “duvidam” e o objeto indireto “De tudo o”, seguido da oração subordinada adjetiva restritiva “que você diz em português”. Confirme:

De tudo o que você diz em português as pessoas duvidam.

Na alternativa (B), há necessidade de uma vírgula para separar a oração subordinada adverbial de conformidade antecipada “Como dizia o esquartejador”. Veja:

Como dizia o esquartejador, vamos por partes.

Na alternativa (C), há necessidade de uma vírgula para separar a segunda da primeira oração coordenada. Veja:

A imprensa mente, deturpa os fatos e agride o vernáculo.

A alternativa (D) é a que deveria ser o gabarito, pois a conjunção “e” tem valor adversativo, pois há um contraste entre o presidente reinar por quatro anos e o jornalista por todo o sempre. Assim, a vírgula passa a ser obrigatória. Além disso, na última oração, há necessidade de vírgula vicária, a também chamada elipse verbal, pois o verbo “reina” fica subentendido. Veja:

O presidente reina por quatro anos na América, e o jornalismo, por todo o sempre.

A alternativa (E) foi dada como certa, porém ela não exige apenas duas vírgulas, mas três. As duas primeiras vírgulas devem isolar a oração subordinada adverbial temporal “quando tenho de enviar uma mensagem” e a terceira vírgula separa a última oração coordenada assindética “vou aos Correios” da anterior “Eu…não escrevo um livro”. Veja:

Eu, quando tenho de enviar uma mensagem, não escrevo um livro vou aos Correios.

Assim, não cabe a alternativa (E) – gabarito preliminar da banca FGV –, pois há necessidade de três vírgulas.

Dessa forma, há necessidade de mudança de gabarito para a alternativa (D), a qual exige duas vírgulas.

 

Analista Legislativo / Consultoria – Consultor Legislativo – todas as áreas

Questão 10:

Observe os elementos de coesão no texto a seguir, primeiro parágrafo do conto A Cartomante, de Machado de Assis.
“Hamlet observa a Horácio que há mais cousas no céu e na terra do que sonha a nossa filosofia. Era a mesma explicação que dava a bela Rita ao moço Camilo, numa sexta-feira de novembro de 1869, quando este ria dela, por ter ido na véspera consultar uma cartomante; a diferença é que o fazia por outras palavras.”

Assinale a opção que indica a explicação que faz uma observação apropriada sobre algum termo de coesão sublinhado no texto.
(A) a mesma explicação / coesão referencial por meio de sinônimo.
(B) que / coesão referencial por meio da utilização da repetição de um termo.
(C) quando / coesão referencial pela substituição de um termo anterior por conjunção temporal.
(D) este/dela / coesão referencial pela substituição de termos por pronomes demonstrativos empregados corretamente.
(E) fazia / coesão referencial por meio de reiteração de termos idênticos.

Comentário: A alternativa (A) está errada, pois “a mesma explicação” não é sinônimo da expressão empregada anteriormente.

A alternativa (B) está errada, pois o pronome relativo “que” não repete um termo, ele retoma um termo. Repetir é usar o mesmo elemento.

A alternativa (C) está errada, pois “quando” está sendo empregado como pronome relativo, e não como conjunção temporal.

A alternativa (D) foi dada como certa, mas há um erro de nomenclatura colossal. O pronome “este” realmente é demonstrativo, porém “ela” (dela) é  pronome pessoal oblíquo tônico.

A alternativa (E) está errada, pois “fazia” é o recurso do verbo vicário, isto é, é empregado para retomar ação anterior e evitar a repetição desnecessária de verbo.

Assim, deve-se entrar com recurso pedindo a anulação da questão.

 

Analista Legislativo – Assistente Social (e outros)

Questão 4:

Sobre o tema “Nada pior para a saúde que as informações leigas” há uma série de observações, cada uma delas seguida de recomendações médicas autorizadas.
Assinale a opção em que há uma adequação lógica entre a observação e a recomendação.
(A) O resultado de um exame realizado hoje pode não servir para o futuro. / Para você ser melhor tratado, seu médico pode necessitar dos resultados de diversos exames.
(B) Se um medicamento é bom para você, ele será forçosamente bom para outra pessoa. / Os soníferos podem ser eficazes, mas eles apresentam o perigo da dependência.
(C) Uma boa consulta médica termina sempre por uma receita. / Uma atividade física regular adaptada à sua idade é necessária para a manutenção de sua saúde.
(D) Fazer uma batelada de exames não significa necessariamente melhor tratamento médico. / Tenha confiança em seu médico, pois, se for necessário, ele pedirá ajuda de especialistas.
(E) A melhor maneira de cuidar-se é tomar o maior número de medicamentos possível. / Explique bem a seu médico os problemas que você tem e respeite as prescrições médicas.

Comentário: A banca deu como gabarito a alternativa (A), mas não há relação lógica entre “O resultado de um exame realizado hoje pode não servir para o futuro” (isto é, há relação temporal) e “seu médico pode necessitar dos resultados de diversos exames”. Para ser lógico, deveria ter sido feita a referência a exames mais atuais, e não diversos.

Diversos dá uma ideia de variedade de exames, mas a frase anterior menciona que o resultado de um exame realizado hoje pode não servir para o futuro.

Assim, a relação é temporal, e não de diversidade de exames.

Dessa forma, pede-se a anulação da questão.

 

Bom, pessoal, das questões avaliadas das quatro provas, percebi essas possibilidades de recurso.

Qualquer necessidade, fale com minha equipe no whatsapp .

 

 

Espero ter contribuído com o seu aprendizado!

Grande abraço!

 

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Prova e gabarito comentado de Português PC SP 2023 Investigador

A busca pela aprovação em concursos públicos é um desafio que exige dedicação, preparo e, acima de tudo, domínio das disciplinas que compõem o certame. Entre elas, a prova de português assume papel crucial, sendo um verdadeiro termômetro do nível de comunicação e interpretação dos candidatos. No contexto específico do concurso da Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), a prova de português emerge como um ponto-chave, demandando dos concorrentes não apenas conhecimentos gramaticais, mas também habilidades analíticas e argumentativas.
Neste artigo, exploraremos os desafios e nuances enfrentados pelos candidatos nesta etapa crucial, destacando aspectos relevantes e estratégias que podem contribuir para o sucesso na busca pela tão almejada vaga na PCSC.

 

Segue a prova e o gabarito comentado de Português PC SP 2023 Investigador

Você pode baixar a prova original em PDF abaixo:

PC-SP – Caderno de Investigador

Leia o poema, para responder às questões de números 17 a 20.

 

Sei que fazer o inconexo aclara as loucuras.

Sou formado em desencontros.

A sensatez me absurda.

Os delírios verbais me terapeutam.

Posso dar alegria ao esgoto (palavra aceita tudo).

(E sei de Baudelaire que passou muitos meses tenso

porque não encontrava um título para os seus poemas. Um título que harmonizasse os seus conflitos.

Até que apareceu Flores do mal. A beleza e a dor.

Essa antítese o acalmou.)

As antíteses congraçam.

(Manoel de Barros, Livro sobre nada.)

  1. (VUNESP / PC SP Investigador de Polícia 2023)

Um dos recursos de que se vale o eu lírico para produzir efeitos de sentido poéticos consiste em

(A)  tratar a poesia como projeto de contestação da linguagem, por meio do emprego de termos em desuso na língua.

(B)  declinar de seu ofício de poeta, ao se identificar com a dificuldade de Baudelaire de criar antíteses.

(C)  propor ao leitor uma releitura do conceito de poesia, empregando verbos e adjetivos fora de contexto.

(D)  expressar sua subjetividade por meio de referências à dificuldade do ofício de ser poeta, de modo a dar-lhe ares de importância.

(E)   apresentar recriações, tais como a conjugação de substantivos, as quais ele chama de delírios verbais.

Comentário: A alternativa (A) está errada, pois essa poesia não transmite contestação, nem palavras em desuso na língua. Pelo contrário, o eu lírico cria novas palavras e expressões que não existem na língua comum.

A alternativa (B) está errada, pois não há nenhum vestígio no texto que indique ou sugira que o poeta tivesse declinado de seu ofício, que tivesse desistido de fazer poesia. Na verdade, ele utiliza a experiência de Baudelaire como exemplo para expressar como as antíteses o acalmam.

A alternativa (C) está errada, pois o eu lírico não propõe uma releitura do conceito de poesia empregando verbos e adjetivos fora de contexto. Pelo contrário, ele utiliza recursos estilísticos para produzir efeitos de sentido poéticos. Assim, tais palavras estão, sim, contextualizadas.

A alternativa (D) está errada. É fato que o eu lírico expressou sua subjetividade, e isso é notado por meio de suas impressões em primeira pessoa do singular. Porém, não há nenhuma indicação no texto de que ele tenha feito isso com a intenção mostrar uma suposta dificuldade do ofício de ser poeta, de modo a dar-lhe ares de importância. Na realidade, ele afirma que os delírios verbais o terapeutam.

A alternativa (E) é a correta, pois realmente o texto apresenta recriações, tais como a conjugação de substantivos (“absurda”, “terapeutam”), as quais ele chama de delírios verbais. Esses delírios verbais são uma forma de criar novas palavras e expressões que não existem na língua comum, o que contribui para a originalidade e a criatividade da poesia moderna.

Gabarito: E

 

  1. (VUNESP / PC SP Investigador de Polícia 2023)

Os dois últimos versos – Essa antítese o acalmou.) / As antíteses congraçam. – expressam a ideia, desenvolvida no poema, de que a criação poética consiste em

(A) conceber novas formas de abordar os temas, priorizando a clareza das ideias.

(B) desafiar a coerência e produzir efeitos estéticos a partir de expressões inusitadas.

(C) conciliar as expectativas do leitor com o máximo de criatividade da linguagem.

(D) imitar poetas consagrados, para também alcançar reconhecimento.

(E) traduzir a subjetividade em dados reconhecíveis da realidade do leitor.

Comentário: A antítese é uma figura de linguagem que consiste na aproximação de palavras ou expressões de sentido oposto, como “beleza e dor” mencionado no poema.

Essa técnica é utilizada para produzir efeitos estéticos e criar novas formas de expressão que desafiam a coerência e a lógica da linguagem comum, como se observa nos versos:

“Sei que fazer o inconexo aclara as loucuras”, “Sou formado em desencontros”, “A sensatez me absurda”, “Os delírios verbais me terapeutam”, “As antíteses congraçam”.

Dessa forma, entendemos que a intenção da utilização da antítese é subverter a lógica. Por isso, a alternativa (B) é a correta: desafiar a coerência e produzir efeitos estéticos a partir de expressões inusitadas.

Dessa forma, percebemos que a antítese no texto não tem a intenção de transmitir clareza das ideias ou conciliar as expectativas do leitor, tampouco imitar poetas consagrados, nem transmitir dados reconhecíveis da realidade do leitor.

Por isso, as demais alternativas estão erradas.

Gabarito: B

 

  1. (VUNESP / PC SP Investigador de Polícia 2023)

As palavras “sensatez” (3º verso) e “congraçam” (11º verso) têm, respectivamente, como sinônimo:

(A) resolução e animam.

(B) prudência e monopolizam.

(C) reserva e destroem.

(D) comedimento e conciliam.

(E) submissão e desgraçam.

Comentário: No contexto do poema, “sensatez” refere-se à qualidade de ser sensato, prudente, enquanto “congraçam” sugere a ideia de conciliar, harmonizar. Portanto, “comedimento” e “conciliam” são termos que se aproximam dos significados dessas palavras no contexto apresentado e a alternativa (D) é a correta.

Gabarito: D

 

  1. (VUNESP / PC SP Investigador de Polícia 2023)

O pronome “o” em – Essa antítese o acalmou – representa o complemento do verbo, tal como ocorre com a expressão destacada na passagem:

(A) … não encontrava um título para os seus poemas.

(B) Os delírios verbais me terapeutam.

(C) Até que apareceu Flores do mal.

(D) Sou formado em desencontros.

(E) … passou muitos meses tenso…

Comentário: O complemento do verbo é o objeto direto ou objeto indireto.

A alternativa (A) é a correta, pois “encontrava” é verbo transitivo direto e “um título” é o objeto direto.

Na alternativa (B), o termo “Os delírios verbais” é o sujeito.

Na alternativa (C), o termo “Flores do mal” é o sujeito.

Na alternativa (D), o termo “em desencontros” é o complemento nominal do adjetivo “formado”.

Na alternativa (E), o termo “muitos meses” é o adjunto adverbial de tempo.

Gabarito: A

 

Leia o texto, para responder às questões de números 21 a 25.

A igualação e a desigualdade

            A ditadura da sociedade de consumo exerce um totalitarismo simétrico ao de sua irmã gêmea, a ditadura da organização desigual do mundo.

A maquinaria da igualação compulsiva atua contra a mais bela energia do gênero humano, que se reconhece em suas diferenças e através delas se vincula. O melhor que o mundo tem está nos muitos mundos que o mundo contém, as diferentes músicas da vida, suas dores e cores: as mil e uma maneiras de viver e de falar, crer e criar, comer, trabalhar, dançar, brincar, amar, sofrer e festejar que temos descoberto ao longo de milhares e milhares de anos.

A igualação, que nos uniformiza e nos apalerma, não pode ser medida. Não há computador capaz de registrar os crimes cotidianos que a indústria da cultura de massas comete contra o arco-íris humano e o humano direito à identidade. Mas seus demolidores progressos saltam aos olhos. O tempo vai se esvaziando de história e o espaço já não reconhece a assombrosa diversidade de suas partes. Através dos meios massivos de comunicação, os donos do mundo nos comunicam a obrigação que temos todos de nos contemplar num único espelho, que reflete os valores da cultura de consumo.

Quem não tem não é: quem não tem carro, não usa sapato de marca ou perfume importado está fingindo existir.

(Eduardo Galeano, De pernas pro ar: a escola do mundo ao avesso)

  1. (VUNESP / PC SP Investigador de Polícia 2023)

É correto afirmar que o autor assume a tese de que, na sociedade de consumo,

(A) existe uma desconstrução do sentido de vida social solidária.

(B) propõe-se uma nova perspectiva de vida, fundada na fruição do momento.

(C) há uma estandardização que descaracteriza as individualidades.

(D) vive-se uma realidade projetada para preservar valores pessoais.

(E) propaga-se a igualdade como forma de manter o senso de coletividade.

Comentário: O texto aborda a tese de que, na sociedade de consumo, há uma estandardização que descaracteriza as individualidades. Por isso, a alternativa (C) é a correta.

O autor argumenta que a maquinaria da igualação compulsiva atua contra a mais bela energia do gênero humano, que se reconhece em suas diferenças e através delas se vincula (2º parágrafo). Este trecho ressalta a ideia de que a igualação compulsiva vai contra a beleza da diversidade humana.

Ainda no mesmo parágrafo, ele afirma que o melhor que o mundo tem está nos muitos mundos que o mundo contém, as diferentes músicas da vida, suas dores e cores, as mil e uma maneiras de viver e de falar, crer e criar, comer, trabalhar, dançar, brincar, amar, sofrer e festejar que temos descoberto ao longo de milhares e milhares de anos.

No entanto, no terceiro parágrafo, é afirmado que a igualação, que nos uniformiza e nos apalerma, não pode ser medida. Através dos meios massivos de comunicação, os donos do mundo nos comunicam a obrigação que temos todos de nos contemplar num único espelho, que reflete os valores da cultura de consumo. Este ponto do texto nos sugere que a cultura de massas atua prejudicando a diversidade e a identidade humanas e como os meios de comunicação influenciam a obrigatoriedade de se conformar a um único padrão, refletindo os valores da cultura de consumo.

Portanto, confirmamos que esses trechos sustentam a ideia de que a sociedade de consumo busca a estandardização, prejudicando as individualidades.

A alternativa (A) está errada, pois o texto não aborda diretamente uma desconstrução do sentido de vida social solidária. Na realidade, a crítica principal é voltada para a uniformização e estandardização promovidas pela sociedade de consumo.

A alternativa (B) está errada, pois o texto não sugere uma nova perspectiva de vida baseada na fruição do momento. Pelo contrário, destaca as perdas decorrentes da uniformização e da ditadura da sociedade de consumo.

A alternativa (D) está errada, pois o texto não afirma que se vive uma realidade projetada para preservar valores pessoais. Pelo contrário, ele argumenta que a maquinaria da igualação compulsiva atua contra a mais bela energia do gênero humano, que se reconhece em suas diferenças e através delas se vincula.

A alternativa (E) está errada, pois a igualdade mencionada no texto é criticada como uma imposição uniformizadora que prejudica a diversidade e a individualidade. Portanto, a igualdade aqui não é vista como algo positivo para manter o senso de coletividade, mas como uma força homogeneizadora.

Gabarito: C

 

  1. (VUNESP / PC SP Investigador de Polícia 2023)

De acordo com o texto, a chamada “ditadura da sociedade de consumo” tem expressão

(A) em populações que prestigiam as atividades que produzem mais bem-estar.

(B) em aspirações direcionadas à posse de bens, forma de simulação do estar no mundo.

(C) nas possibilidades de ascensão por meio do esvaziamento do domínio do outro.

(D) em delitos comuns contra a humanidade praticados no dia a dia pelos indivíduos.

(E) no progresso que a comunicação de massa é capaz de propiciar à população mundial.

Comentário: O texto destaca como a sociedade de consumo impõe uma igualação compulsiva, promovendo a uniformização das pessoas com base na posse de bens materiais. A ideia é que a posse desses bens é muitas vezes utilizada como uma forma de simulação do “estar no mundo”, refletindo os valores da cultura de consumo.

Assim, a chamada “ditadura da sociedade de consumo” tem expressão em aspirações direcionadas à posse de bens, forma de simulação do estar no mundo.

Por isso, a alternativa (B) é a correta.

A alternativa (A) está errada, pois o texto não enfatiza a população que prestigia atividades que produzem bem-estar, mas sim critica a imposição de valores da cultura de consumo, especialmente relacionados à posse de bens materiais.

A alternativa (C) está errada, pois o texto não aborda diretamente a ascensão por meio do esvaziamento do domínio do outro. Ele não enfatiza diretamente a competição entre um e outro. A crítica está centrada na imposição de valores uniformizadores pela sociedade de consumo.

A alternativa (D) está errada, pois não há elementos no texto que sugira que a ditadura da sociedade de consumo se manifesta em delitos comuns praticados pelos indivíduos no dia a dia. A crítica está voltada para a imposição de valores e a perda da diversidade cultural.

A alternativa (E) está errada, pois o texto não elogia, não destaca o progresso à população mundial da comunicação de massa, mas sim como essa comunicação de massa é utilizada para impor valores específicos da cultura de consumo, uniformizando as pessoas.

Gabarito: B

 

  1. (VUNESP / PC SP Investigador de Polícia 2023)

Observe o emprego de dois-pontos e da vírgula na passagem:

Quem não tem não é: quem não tem carro, não usa sapato de marca ou perfume importado está fingindo existir.

É correto afirmar que os dois-pontos sinalizam a introdução de

(A) uma enumeração que detalha a afirmação “Quem não tem não é”, enquanto a vírgula está empregada para isolar o vocativo.

(B) informações que exemplificam as ideias de “ter” e “ser”, enquanto a vírgula está empregada para separar orações vinculadas a um mesmo sujeito.

(C) uma sequência de itens que complementam a oração anterior, enquanto a vírgula está empregada para isolar o aposto.

(D) afirmações que contradizem o que consta na afirmação anterior, enquanto a vírgula está empregada para separar orações com sujeitos independentes.

(E) dados para detalhar a afirmação precedente, enquanto a vírgula está empregada para destacar a oposição de ideias em sequência.

Comentário: Vamos explorar primeiramente o emprego da vírgula.

O verbo “está” tem como sujeito as orações “quem não tem carro” e “não usa sapato de marca ou perfume importado”.

Assim, entendemos que quem está fingindo existir é quem não tem carro, quem não usa sapato de marca ou quem não usa perfume importado.

Assim, notamos que a vírgula separou as duas orações que apresentam a mesma função sintática. Assim, ocorre enumeração.

Dessa forma, eliminamos a alternativa (A), pois não há vocativo, a alternativa (C), pois não há aposto, a alternativa (D), pois não são sujeitos independentes e a alternativa (E), pois não há oposição de ideias.

Assim, a alternativa (B) é a correta, pois as orações possuem o mesmo sujeito: “quem”.

Portanto, conseguimos perceber que o sinal de dois-pontos sinaliza a introdução de informações que exemplificam as ideias de “ter” e “ser”. É como se subentendêssemos a expressão “por exemplo”. Compare:

Quem não tem não é: quem não tem carro, não usa sapato de marca ou perfume importado está fingindo existir.

Quem não tem não é, por exemplo: quem não tem carro, não usa sapato de marca ou perfume importado está fingindo existir.

Gabarito: B

 

  1. (VUNESP / PC SP Investigador de Polícia 2023)

Assinale a alternativa em que o trecho destacado pode ser substituído pelo que está entre colchetes, segundo a norma-padrão de emprego do sinal indicativo de crase.

(A) A maquinaria da igualação compulsiva atua contra a mais bela energia do gênero humano… [contrariamente à toda bela energia]

(B) Não há computador capaz de registrar os crimes cotidianos… [hábil à registrar os crimes cotidianos]

(C) … num único espelho, que reflete os valores da cultura… [dá visibilidade à certos valores da cultura]

(D) … comete contra o arco-íris humano e o humano direito à identidade. [direito à alguma identidade]

(E) A ditadura da sociedade de consumo exerce um totalitarismo simétrico ao de sua irmã gêmea… [proporcional àquele de sua irmã gêmea]

Comentário: A alternativa (A) está errada, pois não cabe artigo “a” diante do pronome indefinido “toda”, por isso não cabe crase.

A alternativa (B) está errada, pois não cabe artigo “a” diante de verbo (“registrar”), por isso não cabe crase.

A alternativa (C) está errada, pois não cabe artigo “a” diante de palavra masculina plural (“valores”), por isso não cabe crase.

A alternativa (D) está errada, pois não cabe artigo “a” diante do pronome indefinido “alguma”, por isso não cabe crase.

A alternativa (E) é a correta, pois “proporcional” rege a preposição “a” e o pronome demonstrativo “aquele” é iniciado com a vogal “a”. Assim, cabe crase.

Gabarito: E

 

  1. (VUNESP / PC SP Investigador de Polícia 2023)

A nova redação dada à passagem – O melhor que o mundo tem está nos muitos mundos que o mundo contém… – está de acordo com a norma-padrão de emprego de tempos e modos verbais em:

(A) Seria desejável que o melhor que o mundo tiver esteja nos muitos mundos que o mundo conter.

(B) Era desejável que o melhor que o mundo tivesse estava nos muitos mundos que o mundo conterá.

(C) Será desejável que o melhor que o mundo teve estava nos muitos mundos que o mundo contivesse.

(D) É desejável que o melhor que o mundo tenha esteja nos muitos mundos que o mundo contiver.

(E) Será desejável que o melhor que o mundo tem estará nos muitos mundos que o mundo conter.

Comentário: Na frase do texto “O melhor que o mundo tem está nos muitos mundos que o mundo contém, todos os verbos estão no presente do indicativo.

A alternativa (A) está errada, pois o futuro do pretérito do indicativo (“seria”) não combina com o futuro do subjuntivo (“tiver”), nem com o presente do subjuntivo (“esteja”).

A alternativa (B) está errada, pois o pretérito imperfeito do indicativo (“Era”) não combina com o futuro do presente do indicativo (“conterá”).

A alternativa (C) está errada, pois o futuro do presente do indicativo (“Será”) não combina com o pretérito perfeito do indicativo (“teve”), nem com o pretérito imperfeito do indicativo (“estava”), nem com o pretérito imperfeito do subjuntivo (“contivesse”).

A alternativa (D) é a correta, pois o presente do indicativo “É” combina com o presente do subjuntivo (“tenha” e “esteja”) e com o futuro do subjuntivo “contiver”. Veja:

É desejável que o melhor que o mundo tenha esteja nos muitos mundos que o mundo contiver.

A alternativa (E) está errada, pois o futuro do presente do indicativo “Será” não combina com o infinitivo “conter”, mas com o futuro do subjuntivo “contiver”.

Gabarito: D

 

  1. (VUNESP / PC SP Investigador de Polícia 2023)

Observe a charge.

Valendo-se do recurso à linguagem visual figurada, a charge é uma alegoria das relações humanas, representando,

(A) criticamente, a coisificação do ser manipulado pelo exercício da força e do poder.

(B) analiticamente, o contexto da sociedade contemporânea, em suas vicissitudes.

(C) objetivamente, a possibilidade de rompimento das amarras que cercam o homem.

(D) imparcialmente, a legitimação do jugo do forte sobre o desfavorecido da sorte.

(E) simbolicamente, a insurreição do frágil à imposição da mão soberana do opressor.

Comentário: Observe a imagem e os personagens:

Fica claro que o personagem da esquerda tem relação de poder sobre o da direita. Note que o da esquerda é mais alto, está numa cadeira maior e acolchoada. Além disso, ele está de posse  de cordéis de marionete, que manipula o outro, o qual se encontra numa cadeira de pior qualidade, está numa posição mais baixa e de postura subserviente.

Dessa forma, entendemos que a charge trata, criticamente, da coisificação do ser manipulado pelo exercício da força e do poder.

Por isso, a alternativa (A) é a correta.

A alternativa (B) está errada, pois não representa, analiticamente, o contexto da sociedade contemporânea, em suas vicissitudes, mas a relação de poder de um sobre o outro.

A alternativa (C) está errada, pois não há vestígio na imagem que demonstre uma possibilidade de rompimento das amarras que cercam o homem.

A alternativa (D) está errada, pois a charge critica a manipulação de poder. Ela não é imparcial. Também não a legitima o jugo do forte sobre o desfavorecido da sorte. É o contrário.

A alternativa (C) está errada, pois não há vestígio na imagem que demonstre uma insurreição do frágil à imposição da mão soberana do opressor.

Gabarito: A

 

Leia o texto, para responder às questões de números 27 a 34.

A fuga da autoridade adulta

            Eu estava falando em uma conferência em Nova Iorque durante o verão de 2016 quando descobri o termo “adultar”. Tomava um drinque em um bar quando vi um jovem na casa dos 30 usando uma camiseta que dizia “Chega de adultar por hoje”. Depois, entrevistei uma mulher cuja camiseta transmitia uma mensagem simples: “Adultar é cruel!”.

Caso você não esteja familiarizado com a palavra, adaptada do inglês “adulting”, adultar é definido como “a prática de se comportar do modo característico de um adulto responsável, especialmente na realização de tarefas mundanas, mas necessárias”. A palavra é usada para transmitir uma conotação negativa em relação às responsabilidades associadas à vida adulta. E sugere que, dada a oportunidade, qualquer mulher ou homem sensato na casa dos 30 preferiria não adultar, e evitar o papel de um adulto.

A tendência de retratar a vida adulta como uma conquista excepcionalmente difícil que precisa ser ensinada coexiste com uma sensação palpável de desencanto com o status de adulto. Em tudo além do nome a vida adulta se tornou desestabilizada, a ponto de ter se tornado alvo de escárnio e, para muitos, uma identidade indesejada. Não surpreende que adultar seja uma atividade que muitos indivíduos biologicamente maduros só estejam preparados para desempenhar em tempo parcial.

O corolário da idealização do adultamento em regime parcial é o desmantelamento da autoridade adulta. O impacto corrosivo da perda da autoridade adulta no desenvolvimento dos jovens foi uma grande preocupação para a filósofa política Hannah Arendt. Escrevendo nos anos 1950, Arendt chamou atenção para o “colapso gradual da única forma de autoridade” que existiu em “todas as sociedades conhecidas historicamente: a autoridade dos pais sobre filhos, dos professores sobre os alunos e, em geral, dos mais velhos sobre os mais novos”. Setenta anos depois, a desautorização da vida adulta se tornou amplamente celebrada na cultura popular ocidental. Em vez de se preocupar com as consequências da erosão da autoridade adulta, esse desenvolvimento é visto como positivo por partes da mídia, que acreditam que pessoas crescidas têm muito pouco a ensinar às crianças.

(Frank Furedi, revistaoeste.com. 24.07.2020. Adaptado)

 

  1. (VUNESP / PC SP Investigador de Polícia 2023)

É correto afirmar que o texto aborda criticamente

(A) a adesão da população jovem ao enfrentamento da autoridade das gerações precedentes.

(B) a incerteza acerca do futuro da geração atual diante da crise da autoridade parental.

(C) a recusa da geração dos anos 1950 em se sujeitar aos ditames do amadurecimento.

(D) o impacto, nas novas gerações, da crise de identidade própria da infância e da adolescência.

(E) a tendência ao adiamento da maturidade e das responsabilidades a ela vinculadas.

Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o texto não aborda a adesão da população jovem a um suposto enfrentamento da autoridade das gerações precedentes. Na realidade, o texto destaca a preocupação com o desmantelamento da autoridade adulta.

A alternativa (B) está errada, pois tangencia a informação do texto. Embora o texto discuta a crise da autoridade parental, não se concentra na incerteza acerca do futuro da geração atual. A ênfase está na crítica à tendência de adiamento da maturidade.

A alternativa (C) está errada, pois o texto não aborda uma suposta recusa da geração dos anos 1950 em se sujeitar aos ditames do amadurecimento. Pelo contrário, destaca a preocupação da filósofa Hannah Arendt com o colapso gradual da autoridade adulta.

A alternativa (D) está errada, pois tangencia a informação do texto. Embora o texto sugira um possível colapso gradual da autoridade nas relações entre gerações, não aborda diretamente a crise de identidade própria da infância e adolescência. A ênfase está na crítica à perda da autoridade adulta.

A alternativa (E) é a correta, pois o autor expressa preocupação em relação à tendência contemporânea de adiar ou resistir ao adultamento, associado à realização de tarefas mundanas e responsabilidades típicas da vida adulta. A crítica se estende à perda da autoridade adulta.

Primeiramente, o texto introduz o conceito de “adultar”, referindo-se às responsabilidades associadas à vida adulta: “Adultar é definido como ‘a prática de se comportar do modo característico de um adulto responsável, especialmente na realização de tarefas mundanas, mas necessárias’.”.

Em seguida, há uma crítica à percepção contemporânea de que a vida adulta é excepcionalmente difícil e desencantadora, contribuindo para a resistência ao “adultamento”: “A tendência de retratar a vida adulta como uma conquista excepcionalmente difícil que precisa ser ensinada coexiste com uma sensação palpável de desencanto com o status de adulto.”

O texto prossegue relacionando a idealização do “adultamento” parcial ao desmantelamento da autoridade adulta, sugerindo uma conexão entre o adiamento da maturidade e a perda de autoridade: “O corolário da idealização do adultamento em regime parcial é o desmantelamento da autoridade adulta.”

Depois destaca como a desautorização da vida adulta é celebrada na cultura popular, reforçando a ideia da tendência contemporânea ao adiamento da maturidade: “A desautorização da vida adulta se tornou amplamente celebrada na cultura popular ocidental.”

Assim, esses trechos sustentam a crítica do autor à tendência de adiar a maturidade e as responsabilidades associadas.

Gabarito: E

 

  1. (VUNESP / PC SP Investigador de Polícia 2023)

O trecho no início do segundo parágrafo – Caso você não esteja familiarizado com a palavra adaptada do inglês “adulting”, adultar é definido como… – consiste em

(A)     um modo polido que o autor encontrou para expor o tema, descartando a hipótese de se tratar de novidade para seu leitor.

(B)     uma atitude profissional do autor para esclarecer um assunto que sabidamente é desconhecido do público leitor da revista.

(C)     um recurso do autor para apresentar a informação de modo cortês, sem aparentar superioridade em relação ao leitor.

(D)    uma estratégia do autor para trazer a informação, embora reconheça que o assunto não é novidade para o leitor.

(E)     uma forma pouco adequada de introduzir uma nova informação para o leitor, haja vista que está explícito que este já a conhece.

Comentário: O autor inicia o texto informando que descobriu o termo “adultar”. Assim, notamos que não é uma palavra usual, comum na língua. Dessa forma, ele a apresenta, com o cuidado de demonstrar que algum leitor pode desconhecer a palavra, como ele também não conhecia.

Assim, a alternativa (C) é a correta: um recurso do autor para apresentar a informação de modo cortês, sem aparentar superioridade em relação ao leitor.

A oração condicional “Caso você não esteja familiarizado com a palavra” demonstra que o autor não tem certeza se o leitor conhece ou não a palavra. Por isso, não cabe a ideia de que seria um assunto que sabidamente fosse desconhecido ou conhecido do público leitor da revista, como sugerem as afirmações das alternativas (A), (B), (D) e (E).

Gabarito: C

 

  1. (VUNESP / PC SP Investigador de Polícia 2023)

Assinale a alternativa em que há analogia de sentido entre a palavra destacada e as que a seguem.

(A) Escárnio – escarnecer e esbulho.

(B) Adultar – adulterar e adultério.

(C) Autoridade – alteridade e autoritarismo.

(D) Cruel – cru e crueza.

(E) Homem – homérico e homicídio.

Comentário: A alternativa (A) está errada, pois “escárnio” é aquilo que é objeto de desdém, ironia ou sarcasmo. O verbo “escarnecer” é a ação relativa ao significado desse substantivo.

Porém, “esbulho” tem outro sentido: significa retirar de uma pessoa algo que está em sua posse ou é sua propriedade.

A alternativa (B) está errada, pois o próprio texto tratou do verbo “adultar” como a prática de se comportar do modo característico de um adulto responsável, especialmente na realização de tarefas mundanas, mas necessárias. Já adulterar significa modificar, alterar algo. E adultério é a infidelidade estabelecida por relação carnal com outro(a) parceiro(a) que não o(a) companheiro(a) habitual.

A alternativa (C) está errada, pois autoridade é quem tem o direito ou poder de ordenar, de decidir, de atuar, de se fazer obedecer. Autoritarismo é aquele que age com absoluta autoridade. Já alteridade é a natureza ou condição do que é outro, do que é distinto.

A alternativa (D) é a correta, pois “cruel” é característica de quem gosta de fazer o mal, atormentar, maltratar; impiedoso. Cru é aquilo que não teve cozimento suficiente. Seu segundo sentido é aquele que não tem piedade; cruel, feroz. Crueza é propriedade do que é natural, rude. Também é característica ou estado de cru, não preparado ou não cozido. Por extensão, tem o sentido de crueldade; castigo terrível.

A alternativa (E) está errada, pois “homem” se refere à espécie humana, à humanidade ou ao indivíduo do sexo masculino. Já homérico é aquilo que tem o caráter extraordinário, fantástico, desmedido das cenas épicas presumivelmente descritas por Homero. Homicídio é a destruição, voluntária ou involuntária da vida de um ser humano; assassínio, assassinato.

Gabarito: D

 

  1. (VUNESP / PC SP Investigador de Polícia 2023)

Considere os trechos:

Em tudo, além do nome, a vida adulta se tornou desestabilizada, a ponto de ter se tornado alvo de escárnio e, para muitos, uma identidade indesejada. (3º parágrafo)

Em vez de se preocupar com as consequências da erosão da autoridade adulta, esse desenvolvimento é visto como positivo por partes da mídia… (4º parágrafo)

É correto afirmar que as expressões destacadas estabelecem, correta e respectivamente, relações de sentido, de

(A) condição e modo.

(B) consequência e substituição.

(C) adição e comparação.

(D) concessão e ressalva.

(E) meio e causa.

Comentário: A locução prepositiva “a ponto de” transmite valor de consequência. Pelo contexto, entendemos que a vida adulta se tornou desestabilizada e isso levou a ter se tornado alvo de escárnio e, para muitos, uma identidade indesejada.

A locução prepositiva “Em vez de” transmite o valor de substituição de algo, isto é, no lugar de se preocupar com as consequências da erosão da autoridade adulta, esse desenvolvimento é visto como positivo por partes da mídia.

Assim, a alternativa (B) é a correta.

Gabarito: B

 

  1. (VUNESP / PC SP Investigador de Polícia 2023)

Assinale a alternativa que, de acordo com a norma-padrão de regência, dá sequência ao enunciado:

Qualquer homem ou mulher

(A) assistiria feliz o fim da autoridade da qual nunca depositou confiança.

(B) visaria menos deveres e obrigações dos quais se preocupar.

(C) consentiria de permanecer adolescente, sem deveres aos quais assumir.

(D) aspiraria a não adultar para evitar obrigações a que se prender.

(E) preferiria não adultar do que assumir deveres nos quais todos estão sujeitos.

Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo “assistir”, no sentido de ver, é transitivo indireto e rege a preposição “a”. O substantivo “confiança” rege a preposição “em”, e não “de”, diante do pronome relativo.

Qualquer homem ou mulher assistiria feliz ao fim da autoridade na qual nunca depositou confiança.

A alternativa (B) está errada, pois o verbo “visar”, no sentido de desejar, ter por objetivo, é transitivo indireto e rege a preposição “a”. O verbo pronominal “se preocupar” rege a preposição “com”.

Qualquer homem ou mulher visaria menos a deveres e obrigações com os quais se preocupar.

A alternativa (C) está errada, pois o verbo “consentir” é transitivo direto e não admite preposição. O verbo “assumir” é transitivo direto e não rege preposição “a” diante do pronome relativo.

Qualquer homem ou mulher consentiria permanecer adolescente, sem deveres os quais assumir.

A alternativa (D) é a correta, pois o verbo “aspirar”, no sentido de desejar, ter por objetivo, é transitivo indireto e rege a preposição “a”. Note que “se prender” rege a preposição “a” diante do pronome relativo “que”.

Qualquer homem ou mulher aspiraria a não adultar para evitar obrigações a que se prender.

A alternativa (E) está errada, pois o verbo “preferir” é transitivo direto e indireto e rege a preposição “a”. Além disso, “sujeitos” rege a preposição “a”, e não “em” diante do pronome relativo. Veja a correção:

Qualquer homem ou mulher preferiria não adultar a assumir deveres aos quais todos estão sujeitos.

Gabarito: D

 

  1. (VUNESP / PC SP Investigador de Polícia 2023)

A passagem em que a palavra destacada está empregada em sentido próprio é:

(A) … uma atividade que muitos indivíduos biologicamente maduros só estejam preparados para desempenhar em tempo parcial. (3º parágrafo)

(B) … do modo característico de um adulto responsável, especialmente na realização de tarefas mundanas, mas necessárias… (2º parágrafo)

(C) O impacto corrosivo da perda da autoridade adulta foi uma grande preocupação para a filósofa política Hannah Arendt. (4º parágrafo)

(D) Em tudo além do nome a vida adulta se tornou desestabilizada, a ponto de ter se tornado alvo de escárnio… (3º parágrafo)

(E) Em vez de se preocupar com as consequências da erosão da autoridade adulta, esse desenvolvimento é visto como positivo… (4º parágrafo)

Comentário: A palavra é empregada em sentido próprio quando transmite o significado original da palavra, normalmente associado ao primeiro significado que aparece na definição do dicionário, isto é, em seu sentido literal.

Na alternativa (A), a palavra “maduros” está sendo empregada em sentido figurado. O sentido literal dessa palavra é a característica em que se encontra o fruto que, tendo atingido seu completo desenvolvimento, pode ser comido, colhido ou semeado.

Por extensão de sentido, figurado, há uma comparação do pleno desenvolvimento do vegetal com o ser humano. Assim, o ser humano maduro é aquele que já atingiu seu pleno desenvolvimento, isto é, uma pessoa adulta.

No texto, a autora deixa subentender dois tipos de amadurecimento humano: o biológico e o comportamental. Assim, com a expressão “biologicamente maduros”, ela se refere à idade adulta, com o pleno desenvolvimento do corpo, mas não necessariamente com o comprometimento comportamental do adulto:

Não surpreende que adultar seja uma atividade que muitos indivíduos biologicamente maduros só estejam preparados para desempenhar em tempo parcial.

A alternativa (B) é a correta, pois o adjetivo “mundanas” está sendo empregado em sentido próprio, ou seja, de maneira literal. Neste contexto, mundanas são tarefas quotidianas e comuns, aquelas que fazem parte da vida quotidiana e que não possuem um carácter extraordinário ou excepcional. Ao usar “mundanas”, a frase destaca a natureza ordinária e a necessidade dessas atividades, ressaltando que são tarefas comuns que fazem parte da responsabilidade de um adulto.

Na alternativa (C), a palavra “corrosivo” é utilizada em sentido figurado, pois não se refere à corrosão química, mas sim ao efeito negativo que a perda da autoridade adulta pode ter sobre a sociedade.

Na alternativa (D), a palavra “alvo” está sendo empregada em sentido figurado porque não se refere literalmente a um objeto físico que pode ser atingido ou mirado. Em vez disso, neste contexto, “alvo” é utilizado metaforicamente para indicar que a vida adulta se tornou o foco ou objeto de escândalo, ou seja, é alvo de zombarias e críticas por parte de outras pessoas.

Na alternativa (E), a palavra “erosão” está sendo empregada em sentido figurado porque não se refere literalmente ao desgaste físico causado por processos naturais, como ocorre com a erosão do solo.

Neste contexto, “erosão” é utilizada metaforicamente para descrever um desgaste gradual ou uma diminuição gradual da autoridade adulta. A palavra é escolhida para transmitir a ideia de que, ao longo do tempo, a autoridade está praticando ou sendo erodida, assim como o solo é erodido pela ação do vento ou da água. Portanto, “erosão” é usado aqui como uma figura de linguagem para ilustrar a perda progressiva da autoridade adulta, conferindo um sentido mais simbólico e abstrato à situação.

Gabarito: B

 

  1. (VUNESP / PC SP Investigador de Polícia 2023)

Na passagem – A tendência de retratar a vida adulta como uma conquista excepcionalmente difícil… (3º parágrafo) –, excepcionalmente pertence à mesma classe de palavras que o vocábulo destacado em

(A) … partes da mídia, que acreditam que pessoas crescidas têm muito pouco a ensinar às crianças. (4º parágrafo)

(B) … “a prática de se comportar do modo característico de um adulto responsável, especialmente na realização de tarefas mundanas, mas necessárias”. (2º parágrafo)

(C) A palavra é usada para transmitir uma conotação negativa em relação às responsabilidades associadas à vida adulta. (2º parágrafo)

(D) … a desautorização da vida adulta se tornou amplamente celebrada na cultura popular ocidental. (4º parágrafo)

(E) … muitos indivíduos biologicamente maduros só estejam preparados para desempenhar em tempo parcial. (3º parágrafo)

Comentário: O vocábulo “excepcionalmente é um advérbio, pois modifica o adjetivo “difícil”.

A alternativa (A) é a correta, pois “muito” é advérbio que modifica outro advérbio: “pouco”.

Note que “necessárias” é adjetivo, “responsabilidades” é substantivo, “celebrada” é adjetivo e “desempenhar” é verbo.

Gabarito: A

 

  1. (VUNESP / PC SP Investigador de Polícia 2023)

Assinale a alternativa em que a frase está em conformidade com a norma-padrão de concordância e colocação dos pronomes átonos.

(A)     Poderia-se dizer que a vida adulta, hoje, representa um problema para os que não a enfrenta com maturidade.

(B)     Já vão fazer décadas que a ideia de as pessoas adultarem estão se firmando nas sociedades ocidentais.

(C)     Percebe-se que, em 2020, já havia setenta anos desde que Hannah Arendt mostrou-se preocupada com as formas de autoridade que entraram em colapso.

(D)    Foi constatado inúmeras formas de desautorização, até mesmo das que se via nos anos 1950 e às quais Hannah Arendt se referiu.

(E)     Existe sempre e em todos os tempos desafios à autoridade, em suas diversas manifestações, haja vista o que passa-se entre pais e filhos.

Comentário: A alternativa (A) está errada, pois não cabe ênclise a verbo no futuro do pretérito do indicativo, mas mesóclise.

Além disso, o pronome relativo “que” ocupa a função de sujeito e retoma o pronome demonstrativo plural “os”, por isso o verbo deve flexionar-se no plural. Veja a correção:

Poder-se-ia dizer que a vida adulta, hoje, representa um problema para os que não a enfrentam com maturidade.

A alternativa (B) está errada, pois o verbo “fazer”, no sentido de tempo decorrido, não tem sujeito, por isso não se flexiona no plural e não deixa o seu verbo auxiliar se flexionar também.

Além disso, o sujeito singular “a ideia” força o verbo “estão” no singular.

A linguagem culta prevê que deve haver próclise em oração subordinada desenvolvida, por isso o pronome “se” deve posicionar-se antes de “está”. Veja a correção:

vai fazer décadas que a ideia de as pessoas adultarem se está firmando nas sociedades ocidentais.

A alternativa (C) é a correta. O verbo “Percebe” é transitivo direto, o pronome “se” é apassivador e o sujeito paciente é toda a oração “que, em 2020, já havia setenta anos”. Assim, tal verbo deve permanecer no singular.

O verbo “havia” encontra-se no sentido de tempo decorrido, por isso não tem sujeito e está flexionado no singular.

Além disso, o verbo “mostrou” está flexionado no singular para concordar com o sujeito “Hannah Arendt”.

Por fim, o pronome relativo “que” retoma o substantivo plural “formas” e está na função de sujeito, por isso o verbo “entraram” está flexionado no plural.

Há um detalhe de uma regra de colocação pronominal que a banca normalmente ignora: não cabe ênclise em oração subordinada desenvolvida. Note que a oração “desde que Hannah Arendt mostrou-se preocupada com as formas de autoridade” é subordinada adverbial temporal desenvolvida. Assim, o ideal seria a próclise: se mostrou.

Porém, como falei, esta é uma colocação pronominal que a banca normalmente ignora e, observando os erros das demais alternativas, sobra efetivamente esta como a correta.

A alternativa (D) está errada, pois o sujeito plural “inúmeras formas de desautorização” força a locução verbal da voz passiva ao plural e feminino “Foram constatadas”.

Como o pronome relativo “que” retoma o pronome demonstrativo plural “as” e se encontra na função de sujeito, o verbo “via” deve flexionar-se no plural.

Foram constatadas inúmeras formas de desautorização, até mesmo das que se viam nos anos 1950 e às quais Hannah Arendt se referiu.

A alternativa (E) está errada, pois o verbo “Existir” é intransitivo e deve concordar com o sujeito plural “desafios”. Além disso, o pronome “se” deve posicionar-se antes do verbo “passa”, porque o pronome “que” o atrai.

Existem sempre e em todos os tempos desafios à autoridade, em suas diversas manifestações, haja vista o que se passa entre pais e filhos.

Gabarito: C

 

  1. (VUNESP / PC SP Investigador de Polícia 2023)

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas da seguinte afirmação:

Na passagem – Tomava um drinque em um bar quando vi um jovem na casa dos 30 usando uma camiseta que dizia “Chega de adultar por hoje”. Depois, entrevistei uma mulher cuja camiseta transmitia uma mensagem simples: “Adultar é cruel!”. – a palavra “que” é um pronome _____________ na função de _____________–; a palavra “simples” é um _____________ na função de_____________.

(A) relativo … adjunto adnominal … adjetivo … predicativo

(B) pessoal … adjunto adnominal … adverbio … adjunto adverbial

(C) demonstrativo … predicativo … substantivo … objeto direto

(D) demonstrativo … objeto direto … advérbio … adjunto adverbial

(E) relativo … sujeito … adjetivo … adjunto adnominal

Comentário: A palavra “que” retoma “camiseta” e pode ser substituída por “a qual”. Assim, é pronome relativo. Tal pronome é sujeito do verbo “dizia”.

Assim, já sabemos que a alternativa (E) é a correta.

A palavra “simples” é um adjetivo, o qual cumpre a função de adjunto adnominal, pois o núcleo do objeto direto é “mensagem”.

Gabarito: E

 

  1. (VUNESP / PC SP Investigador de Polícia 2023)

Assinale a alternativa cujo enunciado está redigido de acordo com a norma-padrão de ortografia e acentuação.

(A)     Antes de reinvindicar o direito ao lazer, é necessário empenhar-se na consecução de objetivos que convem não negligenciar.

(B)     É certa a existência de deveres pré-existentes à condição de adulto; e não faz sentido os indivíduos se degladiarem, querendo fugir deles.

(C)     Muitos consideram um previlégio chegar à maturidade podendo exercer plenamente as atividades e vencer os desafios que vem ao seu encontro.

(D)    A beneficência é uma das formas de prover o bem-estar comum, propiciando ao indivíduo as muitas recompensas que dela advêm.

(E)     Para todos que se vêem às voltas com a maturidade, é imprecindível a assunção das responsabilidades a ela inerentes.

Comentário: A alternativa (D) é a correta, pois a grafia de todas as palavras está de acordo com a norma culta. Note que “beneficência” tem acento por ser palavra paroxítona terminada em ditongo oral.

Note que a palavra composto sem elemento intercalado “bem-estar” apresenta hífen.

Note que, como o verbo “advêm” se refere ao plural “recompensas”, recebe acento circunflexo – regra do acento diferencial. Confirme:

A beneficência é uma das formas de prover o bem-estar comum, propiciando ao indivíduo as muitas recompensas que dela advêm.

Agora, veja a correção das palavras em negrito:

Antes de reivindicar o direito ao lazer, é necessário empenhar-se na consecução de objetivos que convém não negligenciar.

(Observe acima que o verbo “convém” é intransitivo e seu sujeito é a oração “negligenciar”. Por isso deve permanecer no singular)

É certa a existência de deveres preexistentes à condição de adulto; e não faz sentido os indivíduos se digladiarem, querendo fugir deles.

Muitos consideram um privilégio chegar à maturidade podendo exercer plenamente as atividades e vencer os desafios que vêm ao seu encontro.

Para todos que se veem às voltas com a maturidade, é imprescindível a assunção das responsabilidades a ela inerentes.

Gabarito: D

 

 

Espero ter contribuído com o seu aprendizado!

Grande abraço!

 

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Terraplenagem ou Terraplanagem?

“Terraplenagem” e “terraplanagem” são palavras que apresentam o mesmo significado e referem-se ao conjunto de técnicas empregadas para modelar o terreno, geralmente em obras de engenharia civil.

Você já se deparou com a dúvida:

Terraplenagem ou Terraplanagem?

Terraplanar ou terraplenar?

Terraplena ou terrapleno

 

A Língua Portuguesa é rica em suas nuances, e uma questão que frequentemente gera dúvidas diz respeito à grafia dessas palavras.

No contexto da construção civil, as palavras “terraplenagem” e “terraplanagem” são frequentemente utilizadas, suscitando questionamentos sobre sua correta escrita.

Neste artigo, esclarecemos que ambas as formas são aceitas, representando uma variação gráfica que não exige a correção do termo.

 

Entendendo a variação gráfica:

“Terraplenagem” e “terraplanagem” são palavras que apresentam o mesmo significado e referem-se ao conjunto de técnicas empregadas para modelar o terreno, geralmente em obras de engenharia civil.

A variação gráfica dessas palavras não altera o seu significado, sendo, portanto, uma questão de preferência no momento da escrita.

 

Aceitação na Língua Portuguesa:

Ambas as formas são corretas e aceitas nos mais respeitáveis ​​dicionários da Língua Portuguesa e no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP). Há apenas variação gráfica.

 

Uso comum nos meios técnicos:

Profissionais da área e especialistas em construção civil frequentemente utilizam ambas as formas indistintamente.

Assim, a escolha entre “terraplenagem” e “terraplanagem” é apenas de uma preferência pessoal.

 

Qual a origem das palavras “terraplanagem” e “terraplenagem”?

Segundo o Dicionário Aurélio, as palavras “terraplanagem” e “terraplenagem” têm mesma origem (do italiano terrapieno). Ocorre apenas a variação gráfica e é acrescentado o sufixo “-agem”.

Ambas as palavras estão relacionadas às práticas de modificação do terreno, com o objetivo de adequá-lo a determinados usos, como construção de estradas, edificações, entre outros.

 

Definindo:

Consultando os mais respeitáveis dicionários, observa-se o significado das palavras abaixo:

Terraplenagem ou Terraplanagem: S.F.: processo de nivelamento e ajuste do terreno, muitas vezes envolvendo movimentação de terra para criar uma superfície mais plana e adequada para a construção.

Terraplanar ou terraplenar: V.T.D: executar a terraplenagem (variação: terraplanagem).

Terraplena ou terrapleno: S.F.: terreno resultante da terraplanagem. Terreno aplainado.

 

Conclusão:

Em resumo, a dúvida entre “terraplenagem” e “terraplanagem” é uma questão de variação gráfica e não representa um erro gráfico.

Ambas as formas são corretas, amplamente aceitas e utilizadas em meios técnicos. A escolha entre elas fica à escolha do redator, que pode optar por considerar mais adequado à sua preferência pessoal.

Portanto, ao redigir textos relacionados à engenharia civil, fique à vontade para utilizar “terraplenagem” ou “terraplanagem” conforme sua conveniência.

 

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Semana Nacional de Redação – Material

16/10 – Aula 1

Material: Baixe aqui!

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17/10 – Aula 2

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Aula 10/10 Quinta com Terror / Concurso Correios / Questões IBFC

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Aula 10/09 Prova Português TJ SP Escrevente 2024

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Aula 05/09 Acentuação gráfica IBFC

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Aula 29/08 Significado de palavras banca VUNESP

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Prova 1 CEBRASPE Câmara de Maceió Apoio Administrativo

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Acesso a aula abaixo:

 

Aula 22/08 Quinta com Terror – Questões de pronomes

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